sexta-feira, 29 de julho de 2022

Vasco Gonçalves: somos memória, é a partir dela que tudo construímos, é o nosso sustentáculo. Preservá-la não é sinónimo de saudosismo, mas uma atitude de sobrevivência.

"Não podemos somar bondade aos homens bons. Não podemos acrescentar coragem aos heróis. Não podemos somar mais dor às prisões e torturas sofridas por Mandela ou Cunhal. Não podemos somar bravura desinteressada a um Salgueiro Maia.
Não podemos, não porque nos falte a boa-vontade… mas sim por falta de talento, ou de valor.
Vasco Gonçalves pertence a essa galeria de seres humanos a cujos nomes já nada se pode acrescentar. Porque já foram inventados todos os insultos que era possível ele ter sofrido… da mesma forma que, do outro lado da barricada, nos faltam as palavras para mais e melhor o honrarmos." - Samuel, via Cantigueiro.

Vasco Gonçalves, e
ntre 18 de Junho de 1974 e 12 de Setembro de 1975, foi o Primeiro-Ministro de Portugal.
Foi um Homem que soube cumprir o seu destino e soube contribuir para melhorar o destino dos outros.
Vasco, o Companheiro Vasco, foi o único ocupante do Palácio de São Bento a quem o Povo tratava pelo nome próprio.
Os adversários e os inimigos vingaram-se, inventando o gonçalvismo – tentanto resumir num homem aquilo que para eles era a fonte de todos os medos, mas que mal ou bem nascia dos mais puros anseios de um povo que, pela primeira vez na história, tinha como chefe do Governo alguém  que o escutava e, mais importante, o compreendia.
Depois do 11 de Março de 1975, continua a ser o centro de todas as atenções: daqueles que o continuam a admirar e  daqueles que o continuam a temer.
Vasco, o Companheiro Vasco, foi um Homem sério que cumpriu sempre o seu dever para com o Povo Português.
Vou só lembrar duas ou três coisas: foi um Governo chefiado por Vasco Gonçalves, que criou em Portugal o subsídio de desemprego, o salário mínimo, o subsídio de férias e o subsídio de natal.
Neste momento, com a crise que vivemos, o subsídio de desemprego é o único e magro provento com que o trabalhador conta se perder o posto de trabalho. E recorde-se que esse subsídio é pago pelos seus  descontos enquanto trabalhador.
A medida da sua importância, nos dias que correm, pode ser avaliada, simultaneamente, em duas vertentes: é encarado naturalmente, como o ar que se respira, como se não tivesse história, por grande parte da população; e é alvo dos maiores ataques, no limite, visando liquidá-lo, por parte dos partidos da direita.
Vasco, o Companheiro Vasco, o primeiro - e até agora único - primeiro-ministro português que, no desempenho desse cargo, teve sempre como primeira prioridade, paralelamente à defesa da independência nacional, a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, ou seja, da imensa maioria dos portugueses.
ISTO VAI ACABAR MAL: "Direita repudia apoio de Carlos Moedas a uma homenagem a Vasco Gonçalves".

1 comentário:

Rogério Neves disse...

Nunca nenhum Primeiro Ministro teve a coragem de Vasco Gonçalves de trabalhar um dia para a Nação. O País aderiu em massivamente e depois a reação para derrubar essa jornada de trabalho inventou que o dinheiro tinha sido desviado pelo Ministro do Trabalho Costa Martins. Temos tido Primeiros MInistros que cortam Feriados, Subsidios de Férias e Natal congelam Contratação coletiva e fazem alianças não com quem trabalha e produz a riqueza deste país mas sim com a Confederações Patronais onde estão filiados os empresários que vigarizam os Bancos, pedem milhões e não pagam e ainda gozam com tudo isto. Estes sim foram os detratores de Vasco Gonçalves que criou o Subsidio de Desemprego, o Salario Minimo Nacional, e os Subsidios de Férias e Natal. Foi Vasco Gonçalves que nacionalizou a banca quando todos nos apercebemos que ela estava a ser descapitalizada e os banqueiros e afins a fugir para o Brasil. Se a banca continuasse nacionalizada alguma vez teria havido Salgados, Rendeiros, BPP e todos aqueles que conhecemos a levar bancos e depositantes à falência e obrigar os contribuintes a pagar esses desfalques.
Pode haver estatuas, ruas ou outra coisa qualquer, pode haver detratores deste Grande Homem mas nunca nenhum politico foi tão querido como o Companheiro Vasco e os principais artifices para a sua derrocada foram politicos e militantes de esquerda apoiados pela CIA e Carlucci quando viram e observaram o crescimento da esquerda em Portugal.
Esta é a grande verdade...