A primeira coisa que me ocorre sobre as eleições autárquicas, é que a palavra “autárquicas” é difícil de pronunciar...
Pensemos um pouco sobre as autárquicas, sobretudo porque os eleitos nas cidades, vilas e aldeias são quem está mais próximo dos eleitores. E estes querem resultados. O voto é um contrato público sobre o bem comum.
Nas autárquicas escolhe-se com facilidade um "homem providencial", aquele que "mostra obra".
As eleições autárquicas, tornaram-se numa questão de homens carismáticos, algo que diz muito sobre o caminho da política nos nossos dias.
Já não são as ideias que vencem: é a sua percepção.
Talvez por isso as próximas autárquicas nos vão dizer tanto sobre o futuro político, social e económico da Figueira e do seu concelho.
Numa democracia saudável, a meu ver, quanto maior é o grau de proximidade da eleição, menor deveria ser a abstenção.
Por exemplo, a eleição da Junta de Freguesia deveria ser muito mais participada do que a eleição para o parlamento europeu.
O nosso problema é a incapacidade de pensar localmente, e de nos envolvermos localmente.
Depois, os políticos também não ajudam.
Em ano de eleições autárquicas multiplicam-se os concursos públicos de ideias para «intervenções», «requalificações», e «valorizações» de todo o tipo de equipamentos e espaços públicos.
Não é uma denúncia, não é uma queixa, apenas uma constatação.
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