Quando o básico não é tratado com competência, podem surgir problemas...
Isto acontece em todo o lado. Mas, acontece mais em cidades em que a prioridade é aposta em diversão, para além do que é razoável, normalmente contratada por ajuste directo, ou nas avenças anuais continuadas, a meu ver, muito discutíveis.
Gastam-se largos milhares de euros nisto, que depois faltam para o essencial.
Todas estas festas e carnavais também servem para que os munícipes ao votar se esqueçam do que ficou por fazer.
É o conhecido «pão e circo» do tempo dos Romanos, hoje apenas «circo» pela escassez de recursos.
No final, sobra a ausência de pensamento estratégico sobre o futuro do concelho e a definição de grandes objectivos para o médio e o longo prazos.
Na Figueira é cada vez mais visível a falta de massa crítica que, além das vitórias eleitorais, pense na qualidade de vida das pessoas.
O que não se estranha: a falta de massa crítica apresenta-se como natural, pois cada vez mais os candidatos autárquicos são qualificados apenas pelo cartão partidário.
A propósito deste regabofe (muito generalizado no país), era bom que os candidatos autárquicos se pronunciassem e os munícipes não se ficassem pela abstenção em valores obscenos: mais de 50%.
Até a erva cresce por todo o lado.
Enfim, a Figueira da Foz está muito bem entregue.
Parabéns aos que apoiam, elegeram (e, putativamente, vão eleger) estas equipas. Uma palavra também de reconhecimento aos chamados «influentes da aldeia» que têm andado com eles nas palminhas.
A minoria dos figueirenses, que têm chegado e sobrado para dar o poder absoluto, a gente que não sabe o que é ser socialista, mas que concorre com o símbolo da «mãozinha», também merece o meu respeito.
Pelos vistos - os últimos 40 anos é a provada disso mesmo - é assim e não podia ser de outra maneira.
Ámen.
Sem comentários:
Enviar um comentário