quarta-feira, 4 de março de 2020

Da série, "procura-se cooperação para piscinas"... (2)

"Sinergia", uma crónica de Teotónio Cavaco. 

 "A autarquia deve chegar a acordo com o Ginásio para a construção da piscina municipal? A construção de uma piscina municipal coberta na zona urbana da Figueira da Foz é seguramente um assunto tão antigo quanto consensual, o que parece um contrassenso, mas a verdade é que, ao longo dos anos, não foi possível congregar simultaneamente as vontades certas para suprir esta necessidade da população da sede do concelho.
Assim, nesta fase do processo, concordo que a autarquia deve chegar a um acordo de princípio com o Ginásio Clube Figueirense para a construção da nova piscina, visto que este já tem, desde 2004, por cedência camarária, um terreno para o efeito, bem como o know how resultante da exploração da existente (recentemente remodelada e ampliada), há quase cinquenta anos.
Importa no entanto considerar os custos envolvidos, quer relativos à construção do edifício, quer à sua exploração, mas, uma vez mais, ainda não foi apresentado um estudo que permita, racionalmente, fazer as escolhas prévias necessárias (por exemplo, quantas piscinas internas terá o complexo?, de que medidas?), as quais determinarão em consequência o seu modelo de exploração (completamente privado?, concessão?; se sim, por quanto tempo?).
Portanto, o facto de o Ginásio Clube Figueirense já ter um projeto de nova piscina, de ter o terreno e de ter o know how coloca-o seguramente numa posição privilegiada para que haja um entendimento com a Câmara Municipal, até numa perspetiva de poupança de recursos e de sinergias futuras, mas às respostas às questões acima colocadas há a somar outras: quem vai pagar a construção da nova piscina?, em que proporções?, que contrapartidas haverá pela prestação de serviço público?, em que áreas?"

Via Diário as Beiras

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