terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"? (2)

Haja decisão!


"Antes de podermos começar a responder à pergunta que nos é colocada esta semana, é necessário considerar algumas outras:- faz sentido sequer pensar em despender energias a considerar a questão?- é sustentável (económica e ambientalmente) uma oferta de voos comerciais na região centro?- existe uma região centro?
Como me parece que poderemos responder afirmativamente a estas questões prévias, valerá a pena colocar mais algumas:- o fracasso atual económico de Beja pode ser considerado para uma decisão neste caso?- um aeroporto na região centro inviabiliza o do Montijo?- é possível abrir a Base Aérea de Monte Real à aviação civil? - ainda que a resposta à questão anterior seja afirmativa, é preferível, quer economicamente quer por razões de segurança, construir um aeroporto de raiz?- optando por uma das duas possibilidades anteriores, o investimento será sobretudo público ou privado? 
Nacional ou internacional?- a localização deve ter em conta sobretudo razões turísticas? Ou comerciais? Ou outra(s)?
Ora, à luz da informação que temos hoje, defendo a opção Monte Real (sim, a coabitação pista civil/militar existe pela Europa e pelo Mundo fora - por exemplo Bruxelas, por onde passam todos os decisores políticos comunitários), porque é a mais económica, sustentável e estratégica, tendo em conta os diferentes players envolvidos.
Embora telegraficamente, opção mais económica porque, ao contrário de Beja, os previstos €20 milhões nem necessitariam de vir do orçamento de Estado (pelo menos diretamente), uma vez que, quer empresários da região quer algumas autarquias já os admitiram assegurar, para além de ser necessário considerar os enormes e crescentes benefícios para o desenvolvimento do turismo (só o religioso representa 8 milhões de visitantes anuais), da indústria, do comércio e dos serviços desta região.
Mais sustentável porque é a solução que representa menor impacto ambiental -  não destrói nenhuma reserva ecológica nacional e a pista já lá está. Estrategicamente melhor porque é a que geograficamente apresenta um melhor denominador comum, tendo em conta todos os interesses envolvidos."

Via Diário as Beiras

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