sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Da série aeroporto na Região Centro: vamos continuar a "brincar aos aeroportos dos pequeninos"? (5)

 O aeroporto do consenso


 "Sou um acérrimo defensor de um aeroporto com fins comerciais na Região Centro. Para um figueirense esta é uma revindicação natural. Se a nossa cidade cresceu em termos turísticos no final do século XIX e princípio do século XX, essencialmente deveu-se à presença do meio de transporte turístico mais moderno da época na Figueira da Foz, o comboio. Hoje, o principal transporte turístico são os aviões comerciais. Assim, se ambicionamos continuar a ser uma referência turística, importa criar infraestruturas aeroportuárias próximas da Figueira da Foz. A adaptação da Base Aérea n.º5 seria certamente a melhor solução para o nosso concelho. A proximidade geográfica e a partilha das principais ligações (Linha do Oeste e A17 ) leva-nos a refletir que a solução mais eficaz para o nosso concelho seria o Aeroporto de Monte-Real.Porém, existem contradições significativas a esse desidrato. A primeira é a função estratégica da Base Aérea n.º 5 no território nacional. Se a nossa esquadra de F16 localiza-se em Monte Real, é devido à proximidade do mar e à centralidade da mesma no território nacional, dado que as principais funções dos nossos F16 é patrulhar o território marítimo e terrestre português. A segunda é a necessidade de servir não só o Centro Litoral, mas também o Centro Interior do país. Assim, é necessária uma alternativa que colmate também as assimetrias regionais. A proposta que a CIM Região de Coimbra nos propõem parece-me a mais coerente - a localização ente Soure e Pombal. Este local situa-se num eixo bastante significativo no que toca à centralidade no território nacional. Esta infraestrutura seria servida pela A1 e pela linha do Norte e ao mesmo tempo pelo IC8, que aproximaria o interior do futuro aeroporto. Estou certo que qualquer figueirense prefere a solução de Monte Real, porém uma infraestrutura aeroportuária deve ser pensada com o interesse nacional em primeiro lugar. É necessário alcançar um compromisso alargado com os vários municípios da região e ao mesmo tempo pensar as nossas infraestruturas de defesa nacional como fundamentais para a nossa soberania."

Via Diário as Beiras

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