terça-feira, 4 de setembro de 2018

Já que querem a minha opinião sobre o GLIDING BARNACLES, fica o esclareciento do que penso sobre a política de atribuição de subsídios da Câmara Municipal da Figueira da Foz...

CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ: Reunião Ordinária de 30-08-2018
GLIDING BARNACLES – ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO MAIS SURF DA FIGUEIRA DA FOZ
- 5.ª EDIÇÃO DO GLIDING BARNACLES – RATIFICAÇÃO DO DESPACHO QUANTO AO APOIO FINANCEIRO NO VALOR DE 25.000,00 €, APOIO LOGÍSTICO NO VALOR DE 4.021,59 € - APROVAÇÃO DA ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS NO VALOR DE 6.119,29 €. 
Numa cidade onde falta o dinheiro para o essencial, por exemplo, para a limpeza, era o que faltava um cidadão livre, não poder ter e manifestar opinião sobre, digamos assim, uma iniciativa extravagante, levada a efeito, quase que exclusivamente, com o dinheiro, também dos meus impostos.
Estas brincadeiras, do meu ponto de vista, podem ser feitas. Nada tenho contra. Cada um faz o que quer e diverte-se como quer. Só que, do meu ponto de vista, não, de todo, maioritariamente às custas do contribuinte. 
Que o mesmo é dizer: de todos nós. 
Já agora: numa cidade onde falta o dinheiro para o básico, até quando continuará esta debanda de valores, esta tripa-forra, à custa de todos e em proveito de alguns, muito poucos?
"Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável" - (Séneca).
A crise do nosso concelho aí está, cada vez mais complexa, mais demorada e mais perigosa. Tenderá a agravar-se enquanto os “optimistas profissionais” não entenderem que o mal não é o pessimismo, mas o atraso; não é a desconfiança, mas os embustes; não é a descrença, mas a incompetência; não são os défices, mas a inviabilidade de viver à custa alheia; não é a falta de desenvolvimento, mas a falta de ideias que o bloqueia; não são os males do mundo, mas a incapacidade dos figueirenses para vencer os próprios. 
A democracia na Figueira, mais do que um engano, é já uma terrível desilusão.
O clientelismo partidário encontra um aliado decisivo nesta gestão camarária. 
É por aqui que se conquistam os votos suficientes. Sem votos não há “ocupação” do poder e sem esta “ocupação” não há distribuição de benefícios. 

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