quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Pedro Santana Lopes e a arte de ser aplaudido por uma plateia de indivíduos que acaba de fazer de parvos

Foto: Luis Barra@Expresso
"Santana Lopes já foi derrotado internamente vezes demais para se poder dar ao luxo de dispensar apoios, mesmo os mais fanáticos, a apresentação do candidato em Santarém trouxe consigo um detalhe revelador, que nos diz muito sobre o alinhamento com as práticas do regime passista, sobre até onde Santana está disposto a ir e sobre a facilidade com que se manipulam militantes por aquelas bandas. Isto para não falar nos sapos que a horda passista, na fila da frente, está disposta a engolir.
Disse então Santana, sedento por mostrar que vale mais que Rio, que “Quando o partido precisa de mim, regra geral, estou presente. Não estou presente só quando eu preciso do partido”, o que é curioso se considerarmos que ainda recentemente o partido precisou dele para as Autárquicas, em resultado das quais o PSD de Passos se desmoronou, e Santana, que era a primeira escolha para Lisboa, não disse presente. E a desculpa de estar comprometido com o projecto na Santa Casa da Misericórdia, como é óbvio, já não cola. Se tal justificação fosse mais do que uma desculpa esfarrapada de ocasião, Santana não teria agora abandonado as funções de provedor para se lançar na luta pela liderança do seu partido. Portanto foi mais ao contrário: Santana só deu o ar da sua graça agora que precisa do partido para atingir os seus objectivos pessoais, não na hora de maior sufoco, quando o partido precisou de uma candidatura sólida para câmara da capital.
O acima descrito é tão óbvio que só o mais alheado ou paranóico militante não percebe."

Via Aventar

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