quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Debates...

Passos, é mais vivaço do que muitos julgam: no Verão de 2013 deu o chamado "abraço de urso" em Portas, que o deixou atado de pés e mãos até ao presente. 
Passos, vivaço e esperto como é, tirou proveito dessa circunstância, para, numa jogada inteligente, reduzir agora os debates a um que possa ser levado minimamente a sério: o dele com Costa
Portas, ficou a falar sozinho e  a esbracejar pelos seus solitários minutos de fama que, decerto, alguma televisão "da corda" não deixará de lhe conceder. 
Costa, entretanto, depois da carta absurda e analfabeta que os chefes do PaF endereçaram aos portugueses, tem andado entretido para, diz ele, "cativar os indecisos".
E assim estamos chegados aqui, a pouco mais de um mês de saber o quanto vamos ficar mais pobres, com a bênção e ajuda da comunidade internacional. Mais pobres, a maioria de nós, no imediato e  ainda mais miseráveis, alguns de nós, num futuro bem próximo.

Nos últimos quatro anos houve um aumento brutal na dívida publica a juros que um país,  como o nosso, jamais poderá pagar. Nem sequer os juros, quanto mais o capital. 
Batemos  no fundo. Tal, ficou a dever-se, no essencial,  aos inúteis, oportunistas e incompetentes que transformaram este país, eternamente atrasado e rural, num oásis para as construtoras civis, banca e um punhado de amigos - os chamados mamões do regime - a quem foram vendidas a preço de saldo empresas estratégicas como a Galp, Edp, Portugal Telecom, CTT, TAP, (neste momento, está em curso a privatização acelarada  da CP Carga e EMEF),  em nome da livre concorrência e do benefício que a privatização traria aos consumidores. 
Estamos a ver...

E o que é ouvimos na rua: não vou votar mais. Não merece a pena!..
É musica para os ouvidos da direita. Esta malta que se abstém - que já é a maioria - vai legitimar,  uma vez mais, os mesmos manhosos de sempre no poder.
Como era fácil de prever e por aqui alertámos em devido tempo, Sócrates haveria de deixar, como deixou, o país mais pobre, mais endividado, mais desiludido, mais desmoralizado e mais atrasado do que já estava. 
Como os credores fizeram o cerco e exigiram o seu dinheiro, estes que vieram a seguir, andam há quatro anos a tomar medidas draconianas que tornaram as nossas vidas num inferno. 
Como as sondagens apontam vamos ter mais do mesmo. Depois de 4 de outubro, como é fácil de antecipar, virá mais descontentamento.
Quantos mais expressarem, pelo voto ou pela abstenção, o seu apoio aos candidatos do centrão, menos autoridade moral terão para protestar quando lhe começarem a alargar o esfíncter.
Preparem a vaselina, pois a partir de 4 de outubro, vai ser  a sangue frio.

2 comentários:

Unknown disse...

Não podemos de ter "vergonha" de apelar ao voto em quem pode mudar isto....

A Arte de Furtar disse...

Esta malta aprendeu depressa e bem.
Reparem: Estão a decorrer as candidaturas aos fundos para os agricultores; vão sair os resultados das candidaturas aos fundos comunitários(autarquias etc); as Misericórdias acabaram de receber milhões....etc.
Organismos como a Cáritas (exemplo) que realizam um notável trabalho e denunciaram de forma corajosa as práticas anti sociais do lambreta Soares, estão em silêncio.
Os colégios e o grupo GPS esfregam as mãos.
Nas vésperas das eleições vai havermuitos milhões para distribuir. É conveniente não armar confusão...

As pessoas estão desanimadas mas atentas. O caso do Metro do Porto é um escândalo de oportunismo.
Mas tudo isto como se irá reflectir no boletim de voto?
O centrão já está a ganhar nas legislativas e a direita vai tomar chá com Maria Presépio Belém.
Ou quem me convença do contrário quando leio as posições do futuro deputado Ascenso Simões sobre escolha do presidente da República.
Quantos do PPD/CDS concordam e só estão com vergonha de o dizer (agora)?