quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Problemática da arte xávega hoje em discussão em Lisboa

foto sacada daqui
A comissão mista para o acompanhamento da arte xávega reúne-se, hoje, em Lisboa.
Esta reunião, para José Vieira,  presidente da Associação Portuguesa de Xávega,  com sede na Praia de Mira, tem na apreciação do relatório preliminar como o ponto mais importante  da agenda.  Entre outras propostas, o dirigente vai tentar focar a questão importantíssima de não serem englobados nas quotas gerais, pois na sua opinião “esta problemática está mais do que explicada.”
Este é um ponto vital para a xávega, pois se não for rapidamente  aplicada, poderá representar a  morte imediata desta secular arte de pesca.
A venda directa ao público é outra reivindicação da associação.
A este respeito, José Vieira defende  que “os compradores (intermediários) continuam a pagar um valor irrisório pelo peixe, o que torna injusta a remuneração do trabalho dos pescadores”. No fundo, os armadores desta arte piscatória ancestral reclamam da Comissão Europeia, via Governo português, um regime de excepção, o que não tem sido fácil de fazer entender  aos  decisores de Bruxelas, pois estes,  concentrados na gestão dos stocks de peixe, têm-se mostrado poucos sensíveis às reclamações dos pescadores de arte xávega.
Para Raul Almeida, presidente da Câmara de Mira, “se Bruxelas não tiver em conta as especificidades da arte xávega, a comunidade piscatória da Praia de Mira , a maior do litoral Centro, será severamente afetada”, o que, em última análise, seria uma questão grave, pois  “se a arte xávega acabasse, teríamos um grave problema social”.

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