António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 2 de março de 2013
"Desilusão e revolta" saem hoje à rua
É hoje.
É o dia de colocar cá fora a Grândola que há em nós.
É o dia de continuar a acreditar que, apesar de sermos um Povo anestesiado, um dia pode ser.
E é por isso que, hoje, saio à rua.
Porque, apesar das desilusões, quero continuar a acreditar que o meu País pode acordar do sono mais profundo e deixar de encolher os ombros em resignação.
Outra vez.
Porque quero continuar a acreditar e, pelo menos hoje, esquecer o desencanto.
É por isso que, hoje, lá estarei.
Para continuar a acreditar que um dia pode ser.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário