Os políticos, na Figueira, em Lisboa, no Porto, em Coimbra, na
Vila de S. Pedro ou na Conchichina, gostam de órgãos de informação amestrados.
Por isso mesmo, não gostam de blogues. Odeiam-nos, mesmo.
O que os políticos
odeiam nos blogues, não são os disparates que às vezes publicamos…
O que eles receiam, mesmo, é a opinião livre, aquilo a que eles não estão
nada habituados…
Aos anos, e tenho de recuar aos idos princípios dos anos 80 do século passado (do século passado...) – vejam lá o cota que
eu sou, ainda nem havia blogues!... –
que eu sei o que a casa gasta aqui pela Figueira...
(Sabe do que eu estou a falar doutor Joaquim de Sousa –
estou a referir-me ao Barca Nova - ou
quer que lhe faça um desenho?... Ironicamente, ou talvez não, Santana Lopes, muitos anos depois, fez
o mesmo ao Linha do Oeste…)
Bom adiante…
Para os políticos, liberdade é: “os outros pensarem como eles..”
Claro que os blogues vieram atrapalhar um pouco a vida dos
políticos.
Mas não só: a vida dos jornalistas, também já teve melhores
dias.
O valor do silêncio está como a bolsa: em baixa.
Antes dos blogues, os jornalistas podiam calar-se.
E, o silêncio, tinha um preço.
Agora, porém, na era dos blogues, o silêncio dos jornalistas
já não é tão valioso...
Temos pena…
A Figueira, com todo o respeito e compreensão que possamos ter pela difícil vida dos jornalistas locais,
é um exemplo disso - e evidente...
No jornalismo figueirense, tem de se obedecer ao
politicamente correcto.
E quem mijar fora do penico tá tramado…
Contudo, eu, pessoalmente, embora nunca tivesse navegado
nessas águas, na qualidade de cidadão e ex-jornalista, até compreendo: o jornalista figueirense, paga renda, água, luz, tem filhos, gosta de andar
de carro, comer fora, etc.
Só há uma coisa que ainda me intriga: a importância que os
políticos – e não só -, aqui na
Figueira, continuam a dar aos blogues…
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