Passos pôs-se ao fresco...
E a pedido do Presidente da República, que invocou razões de segurança, as comemorações do 5 de outubro não terão lugar, como habitualmente, nos Paços do Concelho da câmara de Lisboa.
O Pátio da Galé [que tem sido palco dos desfiles da Moda Lisboa] é o local escolhido para os discursos por ser mais "resguardado" e por ser um pátio interior que pemitirá controlar todas as entradas, ao contrário do que aconteceria na praça aberta dos Paços do Concelho. A solução terá sido consensualizada com António Costa, presidente da Câmara de Lisboa.
Os discursos da festa da República estarão, assim, reservados aos convidados oficiais. Apenas as honras militares e o hastear da bandeira terão lugar em espaço aberto e público. Fonte da autarquia desvalorizou, porém, a questão da segurança, dizendo que a opção pelo Pátio da Galé se deveu exclusivamente ao conforto dos convidados da cerimónia.
No ano passado, disse a mesma fonte, "as pessoas foram sujeitas a um calor insuportável na Praça do Município e, tendo em conta as cerimónias do 10 de Julho, optou-se, com o acordo da Presidência, transferir para o Pátio Galé a parte dos discursos, mantendo-se as honras militares e o hastear da bandeira nos paços do concelho".
Via DN
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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