Não sou reformado
ou pensionista.
Neste momento, porém, os sinais que me chegam da sociedade
portuguesa, dizem-me que sou velho para voltar a procurar emprego, mas ainda
jovem para poder meter os papéis da
reforma, apesar de ter já uma carreira
contributiva para a Segurança Social de 41 (quarenta e um anos).
Somos muitos, muitos mesmo, nesta fase da vida - e também estamos a ficar indignados.
Alguns de nós não temos nada, portanto também não temos nada
a perder.
Resta-nos continuar a
lutar para não perdermos o que nos
resta.
Não estamos dispostos
a abdicar dos direitos pelos quais e para os quais descontámos toda
uma vida.
A situação política abriu a porta a todas as possibilidades e
a austeridade acabou com o que restava de silêncio envergonhado.
Eles somos nós.
Nós somos eles.
Resta-nos lutar juntos
- uns pelos outros, naturalmente.
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