Via jornal O FIGUEIRENSE, tomei conhecimento que o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) questionou ontem, em comunicado, o preenchimento de lugares dirigentes na autarquia da Figueira da Foz com alegadas motivações partidárias e familiares.
Embora Licínio Azedo, coordenador do STAL/Coimbra recuse identificar os familiares de autarcas camarários ("Não estão em causa as pessoas, mas sim as políticas e a autarquia sabe a quem nos estamos a referir"), segundo dados recolhidos pela Lusa, em causa no comunicado do STAL está a chefe de divisão da gestão urbanística, funcionária camarária há cerca de 20 anos e irmã do presidente da Câmara, o socialista João Ataíde e o o indigitado chefe de serviço de Contabilidade, Joaquim Tavares, que trabalha na autarquia há 35 anos e é irmão do vereador António Tavares.
Sobre o assunto, que eu saiba António Tavares, nada disse publicamente. Já João Atáide, comentou à Lusa: "já estava preparado para esse tipo de insinuações que não têm qualquer fundamento. Mantive distância em relação ao recrutamento, não tive qualquer tipo de interferência. A minha irmã faz parte do pessoal camarário há mais de 20 anos, seria uma injustiça estar a exigir um sacrifício a pessoas reconhecidas pela sua competência".
Recusou, igualmente, qualquer nomeação com caráter partidário: "Desconheço, em absoluto, a filiação partidária da maioria, sei que há uma chefe de divisão que até é do PSD"!..
João Ataíde manifestou a intenção de convocar os dirigentes do STAL para uma reunião, no sentido de os esclarecer sobre os procedimentos de preenchimento de lugares dirigentes e "repor a verdade sobre as insinuações".
Vamos ficar a aguardar então pelo esclarecimento que nos traga a verdade… Seja ela qualquer for.
É que com as declarações à Lusa o senhor presidente já esqueceu o silêncio e nas nas guerras verbais, o silêncio pode ser uma arma de destruição maciça.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário