Os problemas monetários de Cavaco, iam-nos fazendo esquecer que estamos entregues a ministros como Álvaro Santos Pereira…
Em discurso directo, algumas realidades, por Miguel Sousa Tavares, no Expresso desta semana.
«O seu pacto, Álvaro, assenta em duas verdades que você conhece por ouvir dizer: que os trabalhadores portugueses são todos descartáveis e que as nossas empresas só serão competitivas se puderem pagar-lhes o mínimo, explorá-los o máximo e despedi-los à vontade. (…) Você que tanto quis castigar os maus trabalhadores, não lhe ocorreu um parágrafo sobre os empresários desonestos e irresponsáveis. (…)
Tenho pena de si, Álvaro. Acha que os empresários lhe vão agradecer? Desiluda-se: os bons não precisam do seu pacto nem acreditam nele e os maus vão exigir o que falta: um fisco como na Holanda, horários de trabalho como na China, obras públicas como sempre. Em troca, e se você não fugir de volta para o Canadá depois desta aventura pátria, terão um lugar à sua espera – lá, onde sempre se fazem grandes negócios a coberto das incertezas do risco e da competição e ao abrigo de todos os governos. Mas, entretanto, Álvaro, você iniciou uma guerra civil e há duas coisas que eu não sei: se a vai ganhar e se merece ganhá-la.»
Não menosprezemos o Álvaro. Pode, porventura, parecer um pouco bronco e tonto, mas é perigoso!..
E Vítor Gaspar ainda mais…
1 comentário:
Sinceramente se não lesse não acreditava.
Que será que lhe deu? Ao Sousa Tavares claro?
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