... "apenas virilidade verbal!.."
O texto, delicioso, escrito pelo jornalista Carlos Rodrigues Lima, está hoje no DN. Vale a pena lê-lo, na totalidade. Vamos então a só mais um naco, para aguçar a curiosidade...
"Ministério Público quis levar a julgamento cabo da GNR que usou expressão junto de superior, mas Relação de Lisboa ilibou-o.
E para fundamentar tal decisão, os desembargadores fazem uma extensa análise da expressão "prò c..." que, no fundo, era o que estava em causa no autos. Concluíram que há contextos em que a utilização da expressão não é ofensiva, mas sim um modo de verbalizar estados de alma. Um pouco de história: "Para uns a palavra 'c...' vem do latim caraculu que significava pequena estaca, enquanto que, para outros, este termo surge utilizado pelos portugueses nos tempos das grandes navegações para, nas artes de marinhagem, designar o topo do mastro principal das naus, ou seja, um pau grande."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Caralho era como se chamava a cesta da gávea, no mastro mais alto da caravelas portuguesas.
Servia como vigia, para se avistar terra, e para castigos. Dois ou três dias lá em cima, quem para lá fosse de castigo vinha enjoado e mansinho. Daí a expressão "vai para o c...". O que quer dizer que quem fosse para lá não chateava.
http://aldeiaolmpica.blogspot.com/2009/07/o-sitio-mais-alto.html
Apprender até morrer!...
Enviar um comentário