Li ontem, sem surpresa, que “à segunda tentativa, o executivo PS da Figueira da Foz, com maioria relativa, viu aprovado o Plano de Saneamento Financeiro.
Contudo, não se livrou das críticas da oposição (PSD e Figueira 100%), que o viabilizou ontem, através da abstenção.”
Quer dizer: o eng. Daniel e o administrador Miguel, tiveram de quebrar o tabu e revelar a posição oficial da Figueira 100% e do PSD local sobre o Plano de Saneamento Financeiro.
Não lhes sobrando outras alternativas, que não fosse viabilizar o dito cujo plano, ficou patente que este tabu nem estatuto tinha para habilitar o eng. Daniel e o administrador Miguel a concorrerem à Casa dos Segredos!...
Na confrangedora situação em que se encontra a Figueira da Foz, a todos os níveis – social, político, económico, financeiro, mas, sobretudo, de solidariedade e de carácter – sufoca verificar a teimosia que os líderes da oposição – agora, estas, no passado recente, o actual poder - têm para o harakiri político, mesmo quando os executivos políticos estão moribundos, como foi o caso do anterior, liderado pelo eng. Duarte Silva e o actual, liderado pelo dr. Ataíde.
Creio que, na Figueira ninguém acredita, mas, porventura, o eng. Daniel, ou o administrador Miguel, acreditam poder ser, daqui a 3 anos, excelente alternativa a Ataíde. E para que isso aconteça, é necessário que, pelo menos, nos próximos tempos, não percam base de apoio.
Ora, quanto a mim, o eng. Daniel e o administrador Miguel, optaram por uma situação que lhes vai complicar a vida quando se quiserem apresentar como alternativa a Ataíde.
Vejamos: fizeram birra, em vez de negociar, viraram costas em vez de ajudar a enfrentar a realidade herdada, em que o partido (na altura) do eng. Daniel e do administrador Miguel, tantas culpas possue no cartório. Depois, espernearam, fizeram ruído, mas acabaram por permitir a aprovação de um Plano de que disseram cobras e lagartos.
Ao absterem-se, entraram em contradição com tudo o que tinham dito e deixaram passar um Plano que consideram mau, percorrendo o perigoso e traiçoeiro trilho do “mal menor”.
Uma coisa já deu para perceber: com este executivo não vamos lá; com estas oposições, ainda muito menos!..
A Figueira, está entregue à bicharada!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário