Não estou a ser irónico.
Não gosto, nem percebo, nada desta política que está a dar cabo da vida à maioria dos portugueses...
Por conseguinte, este não é um blogue desta política. Contudo, os acontecimentos políticos, na aldeia, na cidade, no país e no mundo, também desfilam diante do olhar de quem, dia após dia, alimenta este espaço...
E se são da importância daqueles que, nestes últimos 4 anos, têm abalado a aldeia, a cidade, o país e o mundo, é impossível ignorá-los!..
Creio, que a simplista, redutora, paupérrima e vulgar distinção esquerda/direita, não presta justiça aos diferentes posicionamentos de cada um de nós.
Tenho amigos que me acham capaz de “apoiar os xuxas”. Tenho outros, que me consideram um perigoso esquerdista, pior do que isso, um “empedernido comunista.” Embora eu não o saiba. Dizem...
Isso diverte-me. É para o lado que me viro melhor... Continuem, pois, a pensar o que quiserem...
Prefiro estar atento, tentar aprender todos os dias e lidar o melhor possível com todas essas “impressões”.
Agora, há coisas sobre as quais sou absolutamente claro. O meu pensamento sobre o anterior executivo figueirense liderado pelo eng. Duarte Silva é simples: dificilmente, politicamente falando, algo de pior poderia ter acontecido à nossa cidade. Foram 4 anos desastrosos, para o nosso presente e para o nosso futuro.
Estive atento, ouvi as notícias, li as declarações, falei com várias pessoas bem informadas sobre a vida na autarquia figueirense, cimentei a minha opinião. Enfim, preocupei-me.
Faz agora um ano, na Figueira, houve mudança de pessoas na gestão da autarquia.
Com a excepção de um dos vereadores eleitos pela maioria relativa que venceu as eleições, não conhecia ninguém pessoalmente.
Continuo a ter o comportamento que sempre tive na avaliação que faço dos actos políticos, dos políticos: os sentimentos pessoais continuam afastados da avaliação que faço da forma como a política está a ser feita no mundo, no meu país, na minha cidade ou na minha aldeia.
Quem me conhece sabe isso. E sabe também que, apesar de já ter atravessado muitas dificuldades na vida, nunca pedi, não aceitei e não devo nada a nenhum político. De qualquer quadrante. Da esquerda à direita.
Eu sei que este é o caminho mais difícil. Mas, é o meu. O que escolhi há muitos anos. Numa decisão estritamente pessoal, que não aconselho, nem deixo de aconselhar, a ninguém.
Os políticos que o mundo, o país, a cidade e a aldeia escolhem para governar, podem ser, ou não, nossos Amigos. Têm é de ser competentes e governar bem...
Na política activa não possuo um Amigo.
Amigos pessoais, tenho alguns, não muitos, mas os que tenho são bons.
António Agostinho
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