foto Pedro CruzVia Marcha do Vapor, fiquei a saber que os os pescadores ameaçam "agir judicialmente", caso não haja obras nos armazéns e casas de banho que dão lhes apoio no porto de pesca da Figueira da Foz, sito no Cabedelo.
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, disse à agência Lusa que os pescadores guardam os seus aprestos "em armazéns podres e sem portas, as instalações elétricas são deficitárias, as casas de banho estão partidas e os ratos comem as redes".
Ainda de acordo com José Festas, "o escandaloso desta situação, é que os pescadores pagam rendas, que rondam os 200 euros, por armazéns que não têm condições”.
Os pescadores pretendem chamar a atenção do ministro das Obras Públicas para este caso, que apelidam de "vergonha nacional".
José Festas "exige" que o Governo "tome medidas em relação à administração do porto da Figueira da Foz, que não está a zelar pelos interesses dos homens do mar".
"O ministro, que é uma pessoa de bem, tem que tomar uma posição acerca deste assunto", disse ainda José Festas, lamentando o facto de os pescadores andarem "há um ano nesta luta".
O também armador alega ainda que os pescadores, "apesar das dificuldades económicas que atravessam, não se importam de pagar rendas, mas os espaços têm que ter condições".
Contactado pela Agência Lusa, Luís Cacho, presidente do conselho de administração do porto da Figueira da Foz, disse estar a par da situação e avançou que "estão previstas obras para aquela área" onde estão instalados os armazéns.
"Estão a ser feitas outras intervenções naquela zona marítima e os pescadores têm de entender que não podemos fazer as obras todas em simultâneo. Estão em causa verbas muito elevadas", disse.
Luís Cacho lamentou, no entanto, esta posição dos pescadores, uma vez que "usaram os armazéns nos últimos 10 ou 20 anos e nunca se queixaram. Só agora, nestes últimos meses, começaram a reclamar".
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