Como disse no final de Fevereiro deste ano a SEDES, “sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.”
Mas, o que é grave, o que pesa, o que incomoda, é que este mal-estar imenso que a todos atinge e condiciona, veio para ficar.
Os portugueses não acreditam no Estado e na lei.
Vive-se em descrença.
Entretanto, a criminalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança entre os cidadãos...
Historicamente, é admirável o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia. Totalmente desfazado do tempo actual, composto de ambição e ganância, é nesse velho homem do mar, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma. A realidade, é a realidade: a forma como os outros olham para nós, é lá com eles.
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2 comentários:
Já parece o que escreveu o Eça de Queirós...em outros tempos...
Incrível, hein!?
Outro beijo
Claro que é mais que um difuso mal-estar. Isto para quem está atento, acordado, porque para muitos, anestesiados, embrulhados e embrutecidos, isto está uma coisa boa.
E uma coisa muito boa está para quem se governa com este estado mau em que uns pagam e outros, esses, recebem.
Qualquer dia até na praia temos vigilantes, não para nos salvar a vida em caso de perigo, mas para nos tramar de alguma maneira.
É vigilância a mais, creio eu, que já de lá venho.
Chip no carro? Ainda agora começou. Qualquer dia metem-nos um no pescoço.
Primeiro levaram os do outro quarteirão e eu não me importei. Depois levaram o meu vizinho e eu não me importei. Agora querem levar-me a mim.
Já é tarde...
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