Foto de Pedro Cruz
Neste dia de ressaca, com Sócrates desaparecido, mas ainda certamente desejado, o melhor é falar da Cova-Gala. Até porque, não é matéria lá muito acessível...
Vamos a isso.
Só em meios muito restritos e fechados é possível discutir a minha Terra.
E sem discussão alargada e participada, as coisas ficam menos claras.
Certamente, que a maioria dos covagalenese gostaria de saber o que se passa, realmente, com a sua Terra.
Creio que a maioria desejaria deixar uma Cova-Gala melhor para os seus filhos. Uma Terra onde se possa passear junto ao mar, uma Terra onde se possa amar o mar e ensiná-lo aos mais novos.
E creio, também, que a maioria já percebeu que este é um momento decisivo para a Cova-Gala e para o seu desenvolvimento, planeado e harmonioso, ao serviço dos habitantes, e não ao serviço dos interesses do betão... Que, aliás, já existem e se desenvolveram anarquicamente há alguns anos, sempre a pensaram no seu umbigo, enquanto vão apregoado o bem público.
Basta, pois, desta política local casuística. Basta de vistas curtas. Basta de colocar primeiro interesses pessoais à frente dos interesses da nossa Terra.
Este é o momento certo para a mudança. A Terra precisa de respirar ar puro.
A classe política local dominante nos últimos anos, quase todos naturais da Cova-Gala, ou já cá residentes há alguns anos, tem de perceber que o desenvolvimento da Terra está acima do seu estatuto, dos seus pequenos poderes ou dos seus interesses pessoais.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Caralho, Tonito, só tu é que podes ter opinião?
Se for como a tua, pode-se publicar, não sendo, não publicas.
És um democrata do caralho, pá.
Mas isso não era coisa que eu já não soubesse.
Moderniza-te pá, levanta os olhos do chão e vê o que está à tua volta.
Isto é opinião....!!!!!!?????.....
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