terça-feira, 4 de janeiro de 2022

O "mito" "dos 24 anos de que não quis falar", que fez estalar o verniz na política figueirinhas...

Passa-se os olhos pelo facebook e constata-se com um torpor estupefacto e entorpecido que, em pleno inverno, o verniz parece ter estalado no panorama político local.
Sobre o teor das postagens causadoras do terramoto político não me vou pronunciar. Por uma razão simples: não tenho acesso à postagem do Dr. Carlos Monteiro (em tempos fui bloqueado no facebook pelo anterior presidente de câmara por sucessão, não sei se por ser alguém que lidasse mal com a crítica, ou de quem dele divergisse politicamente, ou, apenas, por não gostar da minha cara...).
Não seria democrático, nem curial da minha parte, portanto, comentar com base apenas no que tive oportunidade de ler na postagem do Dr. Santana Lopes.
Todos sabemos que na classe política não há adoráveis criaturas, há é uma camada de verniz, mais ou menos espessa, que estala de vez em quando. Presumo que tenha sido o que aconteceu.
Fica a pergunta: o verniz nos próximos 4 anos vai estalar mais vezes?

Imagem sacada daqui
Neste momento, 3 meses depois da tomada de posse de Santana como autarca repetente na Figueira, já deve existir um frémito de inquietação das hostes Santanistas perante o eventual perigo da vaga de fundo Monteirista que, neste momento, já deve varrer a Figueira...
Santana Lopes sabe, desde a tomada de posse para este segundo mandato como presidente de câmara da Figueira da Foz, que o PS e a facção do PSD que foi a eleições o colocaram sob vigilância. É uma nova maneira de fazer oposição na Figueira, ou antes, um novo estilo, porém, tão legítimo como outros. 
Pode ser, mas não acredito, que Santana consiga cumprir os 4 anos de mandato.
Penso que mesmo Santana Lopes não está interessado em governar nestas condições. E vai esticar a corda. E vai motivar as oposições a levar a cabo uma qualquer acção contra si. Santana sabe que, nestas circunstâncias, tudo corre contra ele, desde a popularidade até às dificuldades e ao desgaste próprio da política. Por sua vez, a situação económica, financeira e social do município figueirense também não é tão brilhante como o PS apregoa. 
Não se trata apenas de dar uma alegria às bases da FAP. Nem só de se libertar da maioria relativa. Santana vai querer eleições, talvez no prazo máximo de 2 anos. E vai estar preparado. A sua oportunidade de ir a eleições intercalares, e ganhar, passa por ser olhado como vítima e objecto de ataques do PS Figueira.
Se for demitido à força, apresentar-se-à da maneira como sabe e gosta, com ar de vítima inocente, atraiçoado, ferido, impoluto, em lágrimas, mas a ranger os dentes e determinado. 
Perante isto, que fazer (além da postagem no facebook que eu não conheço) Dr. Carlos Monteiro?

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