segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Com todo o respeito que tenho pelo dr. Arnaut...

"Quando apareceram os fumos de corrupção, mesmo dentro dos próprios partidos, pensei: «Devo ficar aqui a lutar contra o meu próprio partido, ou devo desertar da luta?». Ponderei isso, profunda e dolorosamente. Não tenho vocação para lutar contra o meu próprio partido. Gosto de lutar contra os meus adversários, que aliás respeito, gosto desse combate democrático. Mas eu não tinha capacidade de adaptação à intriga e a essas coisas. Um homem, realmente, não pode estar no meio das chamas sem se queimar. As chamas acabam por chamuscá-lo. Então, sacudi o pó dos sapatos e vim-me embora. Mas continuei a desenvolver a minha actividade política do ponto de vista ético e cívico, até criticando o Partido Socialista quando era caso disso."
 -  António Arnaut,  um dos fundadores do Partido Socialista

Desistir nunca levou a nada...
É preciso lutar dia a dia, todos os dias, contra a corrupção, mesmo que ela esteja no Partido Socialista... 
A eventual corrupção dentro do PS, é tão nefasta como a eventual corrupção dentro do PSD, do CDS, do PCP, do BE, ou até a eventual corrupção dentro da minha família... 
Não há excepção: corrupção é corrupção. Ponto final.
A corrupção não é uma invenção portuguesa, mas a impunidade, quando toca aos "nossos", continua a ser uma coisa muito nossa. 
Essa luta, deveria ser um desiderato primordial de todos os portugueses.
Poderia até faltar-nos o ar, mas a maratona é para se chegar ao fim dela... 
Ninguém deveria desistir! 
Quando andamos por aqui por amor à camisola,  o prémio é, simplesmente, o amanhecer de mais um dia. 
Para mim, um prémio belíssimo! 
Como disse Bertolt Brecht, "há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis."

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