Todos vivem com um medo tremendo de que não gostem deles.
Todos.
Incluindo os que escrevem.
Sobretudo, todos os que escrevem.
Apesar do que estudaram e leram para escrever.
Apesar do que valem por terem lido e estudado.
Apesar do que conseguem por terem adquirido conhecimento.
Apesar do que valem e realizam, a auto-estima, nos momentos cruciais, por vezes, vacila.
O valor do que escrevem por terem lido e estudado, tem um tempo muito curto.
Mas, por vezes, acontece o dia da surpresa...
Para ficar a saber do que se trata é necessário clicar na imagem.
Em tempo.
Fica o agradecimento devido ao Capitão João Pereira Mano e ao dr. Jorge Mendes.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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