terça-feira, 25 de novembro de 2014

O problema é transferido sempre para sul... (II)


João Ataíde, conforme se pode ler, manifestou, na reunião do executivo de ontem, a sua preocupação em relação ao relatório efectuado pelo grupo de trabalho (composto por peritos em erosão costeira), que analisou a situação da costa portuguesa depois das intempéries do início deste ano, que causaram prejuízos elevados em várias regiões, nomeadamente no concelho da Figueira, especialmente a sul desta nossa barra, «por poder colocar em causa a viabilidade do porto comercial».
Registe-se a preocupação do presidente Ataíde de ontem. Vocês vão ver, que um dia, lá para Outubro de 2016, quando estivermos próximos das próximas autárquicas, a preocupação ainda vão ser as pessoas...
Recorde-se e registe-se, mais uma vez, que o prolongamento em 400 metros do molhe norte, obra considerada fundamental pela tutela e comunidade portuária, visou permitir a melhoria das condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz. 
Recorde-se e registe-se o que aconteceu o ano passado nesta nossa barra, onde morreram 6 pessoas em acidentes.
Mas, será que alguém se preocupa verdadeiramente com as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE tiveram - e estão a ter - na zona costeira na margem a sul do Mondego.
Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores, e estas tragédias tocam-me profundamente, até porque tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
Tal como o velho e experiente Manuel Luís Pata, pergunto-me... 
"Quantos falam do mar, sem o conhecer?"

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