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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Complexo Piscina Mar: o que vale é que não faltam investidores interessados!..

Será desta que o complexo da piscina-mar da Figueira da Foz vai ser remodelado e concessionado? - pergunta o jornalista.
João Ataíde, presidente da câmara, e a “sua” vereadora Ana Carvalho afiançaram, na última reunião de câmara, que não faltam investidores interessados.

Recuemos ano e meio e recordemos o que escreveu Rui Curado da Silva, na sua crónica de 25 de junho de 2015, no jornal AS BEIRAS.
"Desde 2010, a piscina deu cerca de 130 mil euros de prejuízo à câmara. Tal como outras instituições figueirenses, a piscina mar abandonou a filosofia para a qual foi pensada e projectada pelo seu arquitecto e foi lançada à voracidade de investimentos efémeros que assombraram a Figueira nos anos 90, com gestões erráticas, irresponsáveis e duvidosas. Dá a sensação que algumas das gestões destes espaços até se esforçaram para os levar à falência. É o capitalismo dos tempos modernos, que continua bem presente na Figueira.” 

Por essa altura, a Câmara Municipal da Figueira da Foz, tinha em mãos, um autêntico imbróglio para resolver.
A história, resumidamente, conta-se assim. A documentação pode ser consultada no seguinte link https://www.docdroid.net/npczeBX/ponto-2144-resoluo-contrato-piscina-mar.pdf.html
Uma empresa do Arq. Figueiredo foi a penúltima concessionária da piscina. Quando entregou as chaves da piscina, ao fim de mais de um ano, tinha quase todas as rendas por pagar. Mais: não só não pagou as rendas, como exigiu da Câmara Municipal uma indemnização pelos investimentos ali realizados, alegando a realização de benfeitorias e colocação de equipamento.
Face a isto, a Câmara Municipal procedeu a uma avaliação desse alegado investimento e quantificou-o num montante que o arquitecto não concordou. Veio ele próprio, depois,  dizer à Câmara Municipal quanto é que era o valor: cerca de 200/300 mil euros, determinados por mote próprio.
Como forma de se ver indemnizado, foi o próprio Arquitecto,  que através da troca dos e-maisl (que constam do processo da piscina) que indicou como deveria ser indemnizado: através dum contrato de ajuste directo para elaboração do projecto de remodelação da piscina, já que, segundo ele, só ele, é que estava em condições de o fazer por possuir os projectos originais do Arquitecto Isaías Cardoso!..
O certo é que o ajuste directo foi negociado, como forma de compensar o arquitecto.
De registar, para quem consultar a documentação, fica a ligeireza com que foi efectuada a troca de e-mails e a forma como tudo foi concluído, ao sabor e de acordo com a vontade do Arquitecto. 
Vendo as coisas pelo prisma do Arquitecto, é fácil perceber que tentou defender o melhor possível os seus interesses. 
O que é de estranhar, foi a  condescendência da Câmara Municipal e do seu presidente.
Por saber, fica  em que ponto se encontra o projecto de remodelação e se o arquitecto já foi pago. Mas, a troca daqueles e-mails, onde se nota a imposição da vontade dum particular sobre a Câmara Municipal, dá que pensar...

Mas, não pensem muito. Não há mais problemas.
Não faltam investidores interessados, afiançou o presidente Ataíde. 
Como dá para ver, o problema não é que existam problemas.
O problema é esperar outras coisas e pensar que ter problemas é um problema.
E, já agora, a Piscina Mar, se não servir para mais nada, sempre há-de servir para "gratificar os trabalhadores camarários"...

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Piscina-mar: será desta?

Segundo o Dário as Beiras, edição de hoje, "o concessionário da piscina-mar obteve a aprovação, pela Direção Regional de Cultura e pelo júri, da alteração ao projeto de remodelação do complexo turístico, depois de uma primeira tentativa frustrada. Entretanto, a proposta foi reformulada, acabando por ser viabilizada, o que permite aumentar a capacidade hoteleira, de 37 para 50 quartos. As obras deverão começar nos próximos meses. 
Além da unidade hoteleira, o complexo inclui um bar, um restaurante, a piscina de água salgada e um centro de talassoterapia. Os dois últimos equipamentos terão entradas independentes e abertas ao público."
Perante esta novidade, a vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz, Ana Carvalho, disse ao mesmo jornal: “estamos contentes por este concessionário não desistir do projeto, numa fase de incertezas para o turismo, e de estar tão empenhado em investir na Figueira da Foz. Acreditamos que, pelo que aparenta, o projeto será uma mais-valia para a cidade”.
Recorde-se que a autarquia concessionou o complexo da piscina-mar à Prime VIII, do Grupo Prime, no âmbito de um concurso público internacional. A concessão tem um prazo de 50 anos, longevidade que tem em conta o avultado investimento que o privado terá de fazer, de vários milhões de euros. 
O que se deseja, pois já não é sem tempo, é «que haja uma solução para o complexo piscina mar».
Mas, dado o historial deste assunto, será esta solução «suficientemente sólida»?
Como S. Tomé: só vendo...
2021 é ano de eleições autárquicas...

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Reunião de Câmara de ontem foi complicada...

 Via Diário as Beiras


"O presidente da Câmara da Figueira da Foz afirmou, ontem, na reunião e aos jornalistas, que não viabilizará o projeto da piscina-mar, que prevê a construção de uma nova ala, para aumentar a área de alojamento no imóvel classificado, e a redução da piscina. O autarca adiantou ainda que o concessionário deixou caducar o prazo para levantar o alvará de construção, o que pode abrir as portas da resolução unilateral, pelo município, do contrato de concessão. “Aquele projeto não vai para a frente. Não tem pés nem cabeça”, afirmou Santana Lopes. Por outro lado, admitiu que também não simpatiza com a concessão, “por causa da experiência havida”
A piscina-mar foi objeto de discussão, quando Santana Lopes acusou o seu antecessor Carlos Monteiro (atual vereador do PS) de ocultar um desconto de 75 por cento nas taxas municipais sobre as obras da piscina-mar. Isto porque, recentemente, o socialista opôs-se à redução de taxas para o loteamento do Grupo Visabeira nas Abadias, onde pretende construir um hotel e uma estrutura residencial para idosos. O autarca socialista argumentou que a proposta relativa à piscina- -mar está explicitamente contemplada no regulamento municipal, ao contrário da do Grupo Visabeira. E solicitou que ambos os processos sejam analisados na próxima reunião de câmara."

domingo, 3 de fevereiro de 2019

A concessão é isenta de renda e tem um prazo de 50 anos

"A autarquia vai concessionar o complexo da piscina-mar a uma empresa hoteleira com forte implantação no Algarve e vocacionada para estágios desportivos.
Foram duas as propostas apresentadas no concurso público lançado em 2018 pela autarquia, tendo vencido aquela que mais garantias oferece para a reabilitação e exploração daquele imóvel municipal classificado. De acordo com a proposta do vencedor, o projecto original do arquitecto figueirense modernista Isaías Cardoso será reforçado, ao demolir os acrescentos e recuperar tectos originais. A empresa propõe ainda transformar a antiga estalagem numa unidade hoteleira de quatro estrelas, com cerca de 30 quartos, aproveitando os balneários exteriores, junto à piscina, para alojamento. O restaurante, com vistas para o mar, vai manter-se, assim como a piscina de água salgada. Pode parecer um pormenor, mas é um símbolo para os figueirenses mais velhos: vai ser instalada uma peça escultórica para fazer lembrar a antiga prancha da piscina. Para o rés-do-chão, a proposta vencedora prevê um centro de talassoterapia, com piscina interior, e quatro lojas comerciais com esplanada e entrada pela avenida oceânica.
As obras, que deverão arrancar este ano, têm um caderno de encargos que implica um investimento de 3,6 milhões de euros. A concessão, por seu lado, é isenta de renda e tem um prazo de 50 anos. O vencedor do concurso está obrigado a apresentar uma caução de 100 mil euros na autarquia. Caso os prazos e o contrato não sejam cumpridos, ficará sem aquele montante e sem a concessão.
“Finalmente, estamos a ver a luz ao fundo do túnel e estamos com muita expectativa em relação a este projecto. Há quase 20 anos que a câmara tem tentado, sem sucesso, encontrar uma solução para o edifício”, declarou a vereadora Ana Carvalho.
 “Esta proposta é muito favorável para município”, concluiu a autarca.
Via DIÁRIO AS BEIRA

Nota de rodapé.
1. Será que vai continuar a servir para "gratificar os trabalhadores camarários"?
2. Novo-riquismo é uma ideologia que existe.
No tempo que passa está pujante na Figueira.
Caracteriza-se pelo ódio a tudo quanto seja antigo.
Resolvido, ao que parece por 50 anos o problema desta piscina-mar, pode ser que o sonho do presidente José Esteves da construção de uma outra piscina mar em Buarcos esteja mais próximo...

 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

"Gratificar os trabalhadores camarários", disse Ataíde. Ora, aí está um bom exemplo de coerência que define um político...

Segundo a Figueira TV"os vereadores da oposição estão contra descontos em piscina para funcionários camarários".
De acordo com uma proposta  aprovada com os votos contra da oposição, os trabalhadores camarários da Figueira da Foz e seus familiares directos vão ter desconto nos bilhetes de acesso à Piscina Mar, propriedade municipal.
Intervindo aquando da votação da proposta, o presidente da autarquia, João Ataíde (PS), disse que esta pretende “gratificar e dar oportunidade aos trabalhadores de beneficiar de 50 por cento de desconto” nas entradas daquela infraestrutura de lazer, cuja gestão passou, este verão, a ser assumida pela autarquia.
Já Miguel Almeida, do movimento Somos Figueira [PSD/CDS-PP/MPT/PPM), oposição no executivo, questionou a justificação do Presidente da Câmara, contrapondo que “nos tempos que correm, não faz sentido” que os trabalhadores camarários tenham descontos que os munícipes não têm.
“Qual é a explicação? Porque é que o senhor do supermercado ao lado da piscina paga por inteiro e o funcionário da Câmara paga metade? Faz algum sentido”, inquiriu Miguel Almeida, apelidando a proposta camarária de “política para dar ‘likes’ [gostos]”.

Nota de rodapé.
Distribuir, a pouco mais de um ano das eleições legislativas, o "kit económico de frequentador da piscina do mar", é mais um exemplo de uma campanha que é o culminar de quatro anos de propaganda que passa despercebida na comunicação social local, sempre atenta a outros pormenores e festas patrocinadas e pagas pelos impostos dos figueirenses.
“As pessoas só não se queixam, porque não sabem que é assim”, disse Miguel Almeida na reunião camarária onde foi aprovada a proposta de fixação de “preços a aplicar na piscina mar aos trabalhadores do município da Figueira da Foz e familiares”, com cinco votos a favor, do PS, e quatro contra, do movimento Somos Figueira..
O desconto de 50 por cento nos bilhetes da Piscina-Mar (equipamento com uma lotação de 300 lugares, que reabriu ao público a 10 de junho, sob gestão municipal e deverá funcionar até 15 de setembro) irá abranger cerca de 480 funcionários camarários, respectivos cônjuges e filhos...
Aprendam - é assim que se garantem muitos votos no momento próprio... 
O presidente João Ataíde lembrou que os funcionários também têm desconto na piscina do Parque de Campismo, onde pagam metade (2 euros) da entrada normal diária e sustentou que as piscinas “são exploradas directamente pela câmara”.
Tudo com o dinheiro dos contribuintes figueirenses, que não consta que "nadem em dinheiro".

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Finalmente temos farturinha: "dois interessados na piscina-mar"!.. E há um terceio em lista de espera!..

"O segundo concurso público para a remodelação e exploração do complexo turístico da piscina-mar contabiliza dois interessados. O prazo terminou no início deste mês e, neste momento, o júri está a analisar as propostas. Entretanto, ao que o DIÁRIO AS BEIRAS apurou, um terceiro concorrente terá pedido o prolongamento do prazo, invocando motivos técnicos. O veredicto dos jurados será conhecido em breve. "

Será desta que o complexo da piscina-mar da Figueira da Foz vai ser concessionado?
Pelos vistos, não faltam investidores interessados.
Como dá para ver, o problema não é que existam problemas.
O problema é esperar outras coisas e pensar que ter problemas é um problema.
E, já agora, a Piscina Mar, se não servir para mais nada, sempre há-de servir para "gratificar os trabalhadores camarários"...

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O ajuste directo...

No decorrer da reunião de ontem, que segui via internet - um luxo a que só tenho direito uma vez por mês - tive oportunidade de ver Ana Catarina Oliveira, vereadora Somos Figueira, na oposição, interrogar o executivo acerca do concurso para concessão da exploração do Complexo Piscina Mar. 
Em resposta, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, declarou que “é altura de começar a pensar”
Miguel Almeida, também vereador Somos Figueira, na oposição, veio a terreiro para "reclamar uma resposta concreta."  
João Ataíde ripostou: “Vamos abrir e enviar o convite aos vários interessados para se apresentar, com tempo, uma solução”
A reunião camarária, estava no chamado período antes do período da ordem do dia. 
No entanto, a questão levantada por Ana Catarina Oliveira, a proposta de contratação de serviços de consultadoria, no âmbito do processo de reabilitação e exploração do complexo Piscina de Mar, fazia parte da agenda de trabalhos.
Na oportunidade, a vereadora da oposição solicitou mais esclarecimentos sobre o referido ponto e lembrou que, no passado mês de novembro, foi à reunião de câmara um ponto em tudo semelhante, onde o valor era de 15 mil euros. 
As explicações foram dadas pela vereadora Ana Carvalho.
Afirmou que a consultadoria estará a cargo de Carlos Figueiredo (foi o penúltimo dos concessionários do Complexo Piscina Mar). “O acordo foi definido por ajuste directo ao arquitecto Carlos Figueiredo, no valor próximo de 18 mil euros”, disse a vereadora Ana Carvalho
"Só o arquitecto Figueiredo reúne as condições? E com que base chegaram ao valor 18 mil euros?” foram algumas das questões levantadas a seguir pela vereadora da oposição Somos Figueira, Ana Catarina Oliveira
A vereadora socialista Ana Carvalho, em resposta, argumentou que o arquitecto já havia feito o levantamento exaustivo no complexo, trabalho que iria demorar muito tempo se fosse outra pessoa. Isto porque, alegou que o arquitecto “reúne todas as condições”
“Vai fazer o caderno de encargos, acompanhará as propostas, analisa e conduzirá a obra”, disse Ana Carvalho
Miguel Almeida veio novamente à discussão deste ponto.
Admitindo desconhecer que os serviços tinham sido adjudicados ao arquitecto Carlos Figueiredo, o vereador Miguel Almeida fez alusão ao facto de que “em 1998, a câmara lançou um concurso para as obras do concelho, pelo que já existia um levamento total do edifício”. 
“É preciso perceber o que aconteceu a isso”, sublinhou Miguel Almeida, que disse ainda: “Não deixa de ser extraordinário que o arquitecto tenha feito o ajuste directo”. 
“Afinal tem os 32,5 mil euros que ele tinha pedido (com base na resolução do contrato de concessão da exploração, aprovado com os votos contra da Somos Figueira, em junho)”.
Ao que Ana Carvalho argumentou:  “Desconheço que haja esse levantamento rigoroso. A autarquia vai pagar ao arquitecto que melhor conhece o edifício"
Já para o presidente Ataíde, esta é a “melhor forma de resolver o assunto”. 
“Ficamos, neste contexto, com os trabalhos por ele desenvolvidos. É a pessoa mais avalizada para levar isto com serenidade e de acordo com os direitos de autor”, justificou o presidente, fazendo referência à relação de proximidade que Carlos Figueiredo tem com o arquitecto Isaías Cardoso. 
Ao que Miguel Almeida respondeu: “A mim não me custa aceitar que Carlos Figueiredo reúna as condições. O que custa é a forma como o processo foi conduzido. E não foi bem conduzido, constitui uma ilegalidade”.
Resposta de João Ataíde: "Foi o possível em função das circunstâncias. Reconheço que é a solução possível no contexto que foi criado. Achamos que estamos a fazer isto nos termos correctos de boa gestão dos dinheiros públicos”.
E pronto.
A proposta de contratação de serviços de consultadoria, no âmbito do processo de reabilitação e exploração do Complexo Piscina Mar, foi aprovada com três votos contra da Somos Figueira. |
As maiorias absolutas têm uma função bem definida desde que Deus as inventou: servem para isto... 

sábado, 12 de agosto de 2023

Complexo Piscina Mar: "antes da alienação, a autarquia reabilitará a estalagem, onde construirá mais um piso. A piscina será explorada pela câmara"

Originalmente denominada de Piscina-Praia, esta emblemática edificação, foi inaugurada a 05 de agosto de 1953.
Foi uma das marcas do desenvolvimento turístico figueirense da década de 50, do século passado. Ainda hoje é um dos ex-libris da cidade.
Durante os chamados anos “dourados”, muitos foram os acontecimentos sociais e manifestações desportivas de relevo que tiveram lugar na Piscina-Praia.
Ali se disputaram, durante vários anos, os campeonatos de Portugal de natação. Também ali decorreu um acontecimento de nível internacional: duas jornadas dos Jogos Luso-Brasileiros, incluindo competições de pólo aquático.
O edifício foi considerado, em 2002, pelo seu interesse arquitectónico, património de interesse público.
Desde que o equipamento passou da Sociedade Figueira Praia para o Município da Figueira da Foz, cumpria Santana Lopes o primeiro mandato na presidência da câmara (1997 - 2001), o complexo turístico foi concessionado em duas ocasiões. No entanto, os projetos de reabilitação não foram concretizados.
Na primeira vez que o complexo foi concessionado, presidia à autarquia Duarte Silva (2001- 2009). 
Foram realizadas obras, incluindo o início de um centro de talassoterapia, mas o contrato acabaria por ser rescindido pelo município. 
A segunda vez atravessou os mandatos de João Ataíde (2009 - 2019) e Carlos Monteiro (2019 - 2021).
Na sessão da Assembleia Municipal realizada em Fevereiro de 2017, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar.
A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal, PSD Ana Oliveira e da CDU. Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira Vânia Baptista e Carla Eduarda.
A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que, na altura, "mexeu" com o presidente Ataíde.
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão , desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".
Em Janeiro de 2017João Ataíde, presidente da câmara, e a “sua” vereadora Ana Carvalho afiançavam que não faltavam investidores interessados...

Entretanto, Santana Lopes denunciou o contrato de concessão, por não concordar com o projeto do privado, que havia sido aprovado pelo executivo camarário anterior. Previa a requalificação, um hotel de 49 quartos e um novo edifício.
E, assim, de episódio em episódio (há muitos mais), chegámos ao episódio de hoje publicado pelo Diário as Beiras.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Da série telenovelas figueirenses: piscina praia...

Vejamos 2 episódios anteriores:

Recuemos a Março de 2017:
Na sessão da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar.
A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal PSD Ana Oliveira e da CDU. Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira Vânia Baptista e Carla Eduarda.
A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que "mexeu" com o presidente Ataíde.
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão , desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".

Recuemos a Setembro de 2017, ao tempo em que não "faltavam investidores interessados".
E, assim, de episódio em episódio (há muitos mais), chegámos ao episódio de hoje (via Diário as Beiras). 
"A reabilitação do complexo piscina-mar já devia estar em curso, mas o concessionário apresentou uma alteração ao projeto, para acrescentar uma ala. A decisão terá de ser tomada pelo júri do concurso público da concessão, que, por sua vez, aguarda um parecer da Direção Regional de Cultura, por tratar-se de um imóvel classificado. Caso a alteração seja aprovada, o complexo turístico ficará em forma de “U”, em vez do atual “L”, ao acrescentar uma ala, para o lado do Hotel Mercure, que contornará a piscina."
Certamente ainda longe do epílogo desta telenovela, um cidadão fica perplexo. E interroga-se. O que é a verdade ou a mentira? O que é a realidade ou a ilusão? Pois é: nada pode ser tido como certo...
A verdade é aquilo em que se acredita! Nem que seja no Pai Natal!..

quinta-feira, 2 de março de 2017

PISCINA MAR, proposta camarária passou na Assembleia Municipal com os votos contra da CDU e de Ana Oliveira, da coligação SOMOS FIGUEIRA...






Originalmente denominada de Piscina-Praia, esta emblemática edificação, foi inaugurada a 05 de agosto de 1953.
Foi uma das marcas do desenvolvimento turístico figueirense da década de 50, do século passado. Ainda hoje é um dos ex-libris da cidade.
Durante os chamados anos “dourados”, muitos foram os acontecimentos sociais e manifestações desportivas de relevo que tiveram lugar na Piscina-Praia.
Ali se disputaram, durante vários anos, os campeonatos de Portugal de natação. Também ali decorreu um acontecimento de nível internacional: duas jornadas dos Jogos Luso-Brasileiros, incluindo competições de pólo aquático.
O edifício foi considerado, em 2002, pelo seu interesse arquitectónico, património de interesse público.
Na sessão da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar.
A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal, PSD Ana Oliveira e da CDU. Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira Vânia Baptista e Carla Eduarda.
A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que "mexeu" com o presidente Ataíde.
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão , desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Piscina Mar: nem daqui a 100 anos, por este andar...


Na sessão da Assembleia Municipal re
alizada nesse dia, uma  sexta-feira, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar. 

A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal, PSD Ana Oliveira e da CDU. 
Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. 
Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira: Vânia Baptista e Carla Eduarda. 

A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que, na altura, "mexeu" com o presidente Ataíde. 
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. 
Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão, desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".

Não foi necessário esperar 50 anos. 
3 chegaram e sobraram, para constatar a ineficácia da câmara municipal da Figueira da Foz, também na gestão deste assunto...
Estamos num beco sem saída?
Para ler a crónica completa de Silvina Queiroz, clicar aqui.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Se a concessão falhar, que deve a autarquia fazer com a piscina-mar?..

E que tal tirar da manga os investidores interessados que o presidente da câmara de então, e a “sua” vereadora Ana Carvalho afiançavam que não faltavam em Janeiro de 2017.
Recorde-se.
Algum tempo depois, em 30 de Novembro de 2018 era uma farturinha: havia "dois interessados na piscina-mar"!.. E havia um terceiro em lista de espera!..
Portanto, o futuro para a Piscina-Mar, assim como para a Figueira da Foz, após ler a notícia acima, hoje publicada no Diário as Beiras, com a reconhecida competência e coragem que este executivo camarário aplica no tratamento dos problemas, por mais difíceis e bicudos que sejam, só pode ser pujante, radioso e risonho.
Portugal que meta os olhos na gestão da nossa câmara municipal!
A democracia assenta na igualdade entre cidadãos e na isenção dos que exercem cargos públicos. Com socialistas herdeiros de Mário Soares, Almeida Santos, António Guterres, José Socrates e António Costa, ninguém acredita que, tal como os afilhados de Salazar e de Caetano, promovam na Figueira uma democracia assente em práticas caciquistas. Por mim estou absolutamente descansado com a qualidade dos democratas deste executivo. Ámen.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Complexo Piscina Mar: o que vale é que continua a não faltar investidores interessados!..

A Câmara da Figueira da Foz vai lançar uma nova hasta pública para o complexo da piscina-mar, desta vez com um caderno de encargos menos exigente. A primeira tentativa, em 2017, recorde-se, ficou deserta. “Houve muitos interessados, mas, quando chegou a hora da verdade, não concorreram, porque consideraram o projeto pouco rentável”, afirmou a vereadora Ana Carvalho um dia destes ao jornal AS BEIRAS
O vencedor do concurso terá de assegurar a concessão, a construção e a exploração do espaço. Isto é, fazer o projecto e as obras e assumir a concessão por um período de 50 anos. Se alguém vier a explorar aquele imóvel icónico da Figueira da Foz, construído no início dos anos 50 do século passado, terá de investir, no mínimo, dois milhões de euros, mas não terá de pagar renda, já que a autarquia abdicou daquele rendimento, tendo em conta o valor do investimento e a utilidade da reabilitação e da utilização daquele edifício municipal. O concessionário terá, no entanto, de garantir uma caução de 120 mil euros. 
“Esta será a última tentativa, atendendo ao estado de degradação do edifício. Se não aparecer um privado, em última instância, terá de ser a autarquia a fazer as obras”, vereadora Ana Carvalho na edição do jornal AS BEIRAS do passado dia 19. 
A hasta pública do imóvel turístico foi votada, ontem, na reunião de câmara. 
Foi aprovada com os votos do PS (seis) e um do PSD (Ricardo Silva). 
Miguel Babo e Carlos Tenreiro (PSD) votaram contra. O primeiro defendeu que o imóvel deve ser recuperado e explorado pela autarquia. 
Ricardo Silva, por seu lado, justificou que votou a favor porque quando o PSD foi poder na autarquia também concessionou o complexo turístico municipal.

E pronto.
Não pensem muito. Não há mais problemas.
Não devem continuar a faltar investidores interessados
Como dá para ver, o problema não é que existam problemas.
O problema é esperar outras coisas e pensar que ter problemas é um problema.
E, já agora, a Piscina Mar, se não servir para mais nada, sempre há-de servir para "gratificar os trabalhadores camarários"...

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Uma entrevista para memória futura: em termos tácticos, Santana não pára de surpreender...

Passaram nove meses que Santana Lopes iniciou esta segunda passagem pela câmara Municipal da Figueira da Foz como Presidente. Nesta entrevista, manteve as promessas eleitorais e avançou com novos projectos.
Na parte política, que não é abordada neste trabalho jornalístico do Diário as Beiras, a leitura foi clara: agradou a todos - disse aquilo que a FAP gostava de ouvir e deixou a porta aberta ao apoio do PSD Figueira a um independente nas autárquicas de 2025, naturalmente mediante um acordo pré-eleitoral.
Resultado: a previsão de maioria absoluta garantida, se tudo decorrer com normalidade, é óbvia.
Como escrevi na edição de Novembro de 2021 na Revista Óbvia, que continua a ser, obviamente, apenas uma opinião. 
"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista. 
Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021. 
Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento? Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Vamos, pois, via Diário as Beiras, à entrevista dada por Santana Lopes ao Dez&10 na passada quarta-feira.
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz encerrou a quinta temporada do talk-show Dez&10. 
Na entrevista, no dia em que o protocolo a assinar entre o município e a Universidade de Coimbra (UC) foi aprovado por unanimidade e a estrada do Cabo Mondego abriu ao trânsito, o autarca levou ao programa as duas mãos cheias de projetos para o desenvolvimento do concelho. 
Contudo, a materialização de projetos implica investimentos. No caso daqueles que Santana Lopes anunciou, serão, decerto, verbas muito avultadas. No entanto, o autarca figueirense garantiu que, “neste mandato, não haverá dívida que não seja absolutamente unânime”
Por outro lado, afiançou ainda, o município recorrerá a fundos europeus para as obras e medidas anunciadas. Questionado sobre o balanço de nove meses de mandato, Santana Lopes mencionou diversos projetos que tem entre mãos, materiais e imateriais. E destacou: “Mesmo que não tivesse vindo fazer mais nada neste mandato, se só fizesse isto que aconteceu hoje [quarta-feira, referindo-se à aprovação do histórico protocolo com a UC], eu já me sentiria contente. Tenho muito mais para fazer, mas já me sentiria contente”

Universidade de Coimbra no Cabo Mondego 

Os imóveis e os terrenos adjacentes da antiga fábrica de cal do Cabo Mondego estão a ser avaliados pela câmara municipal, tendo em vista a sua aquisição para a instalação da UC, cuja atividade, na Figueira da Foz, arrancará na Quinta das Olaias. “Se correrem bem as negociações que estão em curso, a aquisição é uma hipótese. Pelo menos, para uma parte das instalações da UC”, avançou o presidente da câmara. 
A zona do antigo terminal rodoviário deverá também ser transformada em instalações da UC e em residências para estudantes e outros serviços de apoio aos universitários. Santana Lopes apontou que o objetivo principal para este manado “é trabalhar para a Figueira atingir outro patamar de desenvolvimento”. Isto, acrescentou: “Para as pessoas poderem viver cá e serem melhor remuneradas, para a economia crescer, apostarmos na inovação e na investigação”
O autarca apelou a uma ideia coletiva. “Gostava muito que todos nós assumíssemos, interiorizássemos isto: o grande objetivo, o grande lema, a grande estrada de trabalho é a inovação e a investigação em várias áreas de atividade. A Figueira, para dar o salto para este patamar de desenvolvimento, tem de se destacar a aí”, advogou. 

Nova entrada da cidade e rua da República 

Requalificar a entrada principal da cidade, pelo lado da estação de comboios, é uma antiga ambição de Santana Lopes. Neste seu segundo mandato, afirmou no Dez&10, é mesmo para fazer. 
Para o efeito, vai lançar “um grande concurso de ideias”, com a colaboração da Ordem dos Arquitetos. “Achamos que a cidade pode ser muito mais bonita do que é”. “Vamos fazer uma intervenção, desde a rotunda [de acesso à A14], abrangendo o futuro parque urbano, até à zona da estação. Pode passar por uma solução viária que esconda mais a zona da rua de Coimbra e dos armazéns que ali estão, que ficam ainda mais autónomos para funcionarem comercialmente”, adiantou. 
Ao abrigo desta intervenção, será ainda requalificada a rua da República. Santana Lopes pretende replicar, nesta artéria da Baixa da cidade, uma solução idêntica à Galleria Vittorio Emanuele II, em Milão, Itália. Ou seja, com cobertura transparente, a fim de criar algo semelhante a um centro comercial de rua. 

Desta vez, é “mesmo” para levantar voo 

A construção de um aeródromo municipal é um projeto que Santana Lopes recupera do seu primeiro mandato (1997 - 2001), previsto para a área que entretanto está a ser utilizada para a expansão da Zona Industrial. 
Desta vez, porém, será construído no futuro parque empresarial do Pincho. 
“Mas vai ser mesmo para avançar”, garantiu. A pista terá cerca de 800 metros e “um pequeno hangar”
“Estou a trabalhar para fazer o aeródromo, que está desenhado, outra vez a meu pedido, pelos serviços da câmara”, adiantou. O investimento, cujo montante não revelou, “não é muito significativo e faz um “upgrade” [melhoria] do concelho”, defendeu. 

Campo de golfe regressa à agenda 

Um outro projeto que Santana Lopes pretendeu materializar no primeiro mandato foi um campo de golfe, de 18 buracos, na Lagoa da Vela. Mas deparou com a oposição do então ministro do Ambiente, José Sócrates, que acabou por inviabilizar o investimento privado. 
Desta vez, no entanto, anunciou o presidente da câmara, o equipamento será projetado para uma outra zona do concelho, que não revelou, e terá 24 buracos. O autarca frisou que, no Centro Litoral, não há campos de golfe, equipamentos desportivos que, afirmou, são “uma razão de atratividade [turística] imensa”

Novidades na piscina-mar 

Santana Lopes, desde o início do atual mandato autárquico, deixou bem claro que não gostava do projeto de reabilitação do complexo municipal da piscina-mar. Por sua vez, o seu antecessor Carlos Monteiro, atual vereador e líder do PS local, principal partido da oposição, garantiu-lhe que não se oporá à decisão que o sucessor vier a tomar, incluindo a denúncia do contrato de concessão, por 50 anos, concretizada pelos socialistas. 
O que estava em causa era a construção de uma nova ala, para aumentar a capacidade hoteleira, que reduziria a piscina descoberta. Perante a oposição manifestada por Santana Lopes, o concessionário aceitou desistir da concessão. “O que posso garantir é que não vai ser a câmara a fazer a obra”, afiançou Santana Lopes. “A ver se conseguimos um acordo com o concessionário”, disse ainda. 
Face a este desenvolvimento, vender o imóvel ou voltar a concessioná-lo a privados, eis a questão. “Não excluo nenhuma das hipóteses”, admitiu. Entretanto, o complexo turístico continuará fechado e a autarquia prepara-se para construir uma piscina natural no areal urbano. 

Paço de Maiorca também é para avançar 

Santana Lopes tem uma solução idêntica à da piscina-mar para o Paço de Maiorca, ou seja, concessionar ou vender a privados os dois imóveis municipais e classificados. 
A parceria público-privada, criada por Duarte Silva (PSD) e desfeita por João Ataíde (PS) - ambos já falecidos - , resultou numa fatura de cerca de seis milhões de euros para o município e as obras de adaptação para uma unidade hoteleira não foram concluídas. A solução poderá passar por concessionar o imóvel, por 50 anos, a um fundo de investimento, que o recupere e explore uma atividade económica. “Essa é a mais provável”, avançou Santana Lopes. A outra hipótese é coloca-lo no mercado e ser vendido. “Não sei se vale a pena fazer novamente esse esforço [de investimento pela autarquia]. Mais vale concentramo-nos noutro objetivo”, defendeu. 
“Não excluo a hipótese da alienação”, acrescentou. 
O paço está fechado há vários anos e em avançado estado de degradação.»

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Da série, top figueirense (feijoada de búzios e piscinas)... (5)

Mar de calmaria

"Respondendo diretamente à pergunta se concordo com a construção de uma piscina de marés, sim, concordo. Tenho esta opinião desde o momento em que esta proposta surgiu no programa eleitoral do PS à Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião. A Piscina de Mar é, sem dúvida, uma ideia mobilizadora que gera um consenso alargado nas populações do concelho, uma obra que certamente iria diferenciar a nossa praia e aumentar a oferta que podemos dar a quem nos visita. A proposta do presidente da Junta de Buarcos e São Julião é arrojada. Pressupõe criar uma zona protegida da ondulação, com acessos fáceis e que não choque com a natureza envolvente, ou seja, pretende aproveitar as condições naturais para criar uma infraestrutura singular que não afete, assim, a biodiversidade existente. Por conseguinte, a proposta tem como base uma convivência saudável entre o homem e a natureza. Contudo, para que este projeto se concretize, é necessário a aprovação das entidades reguladoras (Direção Geral dos Recursos Marítimos e Associação Portuguesa do Ambiente) da faixa costeira. Porém, importa salvaguardar que a piscina deve ser um acrescento à nossa costa e não um atentado ambiental. Aliás, por conhecer as intenções do “proponente” do projeto sei que teríamos a garantia de que o espaço envolvente seria sempre respeitado e cuidado. Se este é um investimento prioritário, eu considero que sim. Em primeiro lugar, tem um caráter inclusivo, ao servir aqueles que já não têm mobilidade para se aventurarem nas ondas do mar. Em segundo lugar, numa altura em que muito se reflete sobre novas atrações e meios para potenciar a atividade turística, importa lembrar que a piscina seria a única infraestrutura do género a Sul do Douro, o que traria à Figueira mais uns milhares de turistas. A construção desta piscina não impede que também se invista numa piscina coberta pública. Apesar de serem duas piscinas, as características das mesmas complementam-se, num concelho que quer servir populações residentes e não residentes."

Via Diário as Beiras

sábado, 13 de outubro de 2018

Que se passa?

A edição de 2018 da Feira de Sabores da Terra e Mar não se vai realizar: foi adiada para 2019.
A Figueira, nem na comidinha, é um destino de sucesso garantido?.. 

Em 2017 já havia quem pensasse que "Feira gastronómica da Figueira com Sabor a Mar tinha de ser repensada"...
De harmonia com o que li na edição do jornal AS BEIRAS de 30 de Maio do ano passado,  a terceira Feira de Sabores Terra e Mar “ficou aquém” dos números alcançados na edição do ano anterior, reconheceu a presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar, Isabel João Brites.
“Houve pouca gente, para aquilo que se esperava”, admitiu a dirigente. O certame de 2016, de acordo com aquela responsável, foi frequentado por duas mil pessoas.
A mudança de local, do pavilhão do Parque das Gaivotas para a o complexo da piscina-mar, conjeturou a dirigente, “também poderá ter influenciado os resultados”. Por outro lado, a meteorologia não convidava a sair de casa.
A presidente da Figueira com Sabor a Mar, porém, aponta mais um motivo.
“O presidente da Câmara da Figueira da Foz, nas suas deslocações, sendo também presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra, devia promover os eventos que se realizam na cidade. Ou então que nos disponibilize os contactos, para sermos nós a fazer a promoção, apesar de não termos a mesma influência que ele tem”, sustentou Isabel João Brites. 
“Compete à câmara colaborar e proporcionar condições para que os privados possam realizar iniciativas. Foi o que aconteceu neste caso. Uma vez mais, tudo foi feito para que o evento pudesse ter condições para se realizar”, reagiu o gabinete da presidência da câmara!..
Então que se continue a repensar, para em 2019 se saber o que na verdade queremos!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Resolução do contrato de concessão da obra pública de reabilitação, reconversão e exploração do complexo Piscina de Mar foi aprovada por maioria

Via Diário as Beiras

«A Câmara da Figueira da Foz aprovou hoje, por maioria, a resolução do contrato de concessão da obra pública de reabilitação, reconversão e exploração do complexo Piscina de Mar, que contemplava um hotel e um novo edifício.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, disse que, dentro de um mês, deverá ter uma proposta para aquele espaço, depois de, em junho de 2022, ter assumido um corte com o projeto que estava aprovado pelo anterior executivo.

Na altura, o autarca justificou a decisão com o facto de o promotor não ter levantado alvará de construção dentro dos 90 dias legalmente previstos, após a assinatura do contrato.

Na reunião de hoje, a resolução do contrato foi votada com cinco votos a favor dos eleitos do movimento Figueira a Primeira (quatro) e do PSD (um) e contra dos vereadores do PS (quatro).

Entre as várias hipóteses em cima da mesa, Santana Lopes admite que a piscina possa voltar à dimensão original e também a venda de todo o espaço, embora com a condicionante de que a piscina será sempre de acesso público.

O autarca também não coloca fora de hipótese o município transformar a parte envolvente à piscina em apartamentos para vender, porque se “fazemos concessão a privados vêm sempre com a conversa da rentabilidade da exploração”.

“Acho que [a venda] é um bom caminho porque a Câmara ainda vai buscar alguma receita, que precisa, e acabam as polémicas, porque com todos os privados que lá estiveram aquilo não correu bem”, sublinhou.

O Complexo Piscina de Mar, situado na marginal fronteira à praia, é um dos conjuntos arquitetónicos emblemáticos da Figueira da Foz, classificado como Imóvel de Interesse Público, estando fechado há vários anos.

O projeto de requalificação aprovado pelo anterior executivo municipal previa um hotel de 49 quartos e um novo edifício.»

segunda-feira, 2 de março de 2020

Da série, "procura-se cooperação para piscinas"...

Piscina municipal

"Uma piscina municipal é uma infraestrutura fundamental numa cidade como a Figueira da Foz, com forte ligação ao mar e ao rio.
Consequentemente deverá a Câmara chegar a acordo com o Ginásio sobre a prometida piscina, sendo este clube o que mais ambiciona gerir uma infraestrutura  dessa dimensão.
O Ginásio Clube Figueirense tem consciência que é impossível construir uma piscina coberta sem o apoio da Câmara Municipal, nem sequer é desejável, dado  que não poderá assumir  custos de manutenção.
Talvez por isso, esta questão do terreno e da piscina se arraste há décadas.
Dito isto, é essencial perceber qual o modelo de financiamento, além de um investimento substancial, 6 a 11 milhões de Euros,  uma piscina é uma fonte de  custos permanentes e elevados (energia, manutenção, pessoal, etc.). Normalmente é o contribuinte que paga a despesa”, porque o preço de entrada cobrado aos utilizadores apenas financia  uma percentagem reduzida dos custos. Ainda não se falou deste assunto com  seriedade, porque todos querem uma piscina em seu  nome, mas pagar a fatura é outra “estória”.
Precisamos sim de muito mais cooperação entre  clubes e a Câmara e mesmo  entre o setor público e privado, para que as piscinas existentes possam ser rentabilizadas e melhoradas. É altura de enterrar velhas e inúteis quezílias entre pessoas e  instituições e lutar por uma  Figueira da Foz mais capaz de servir os cidadãos. E isso,  infelizmente, nem sempre  tem acontecido no caso da  “futura piscina do Ginásio”, onde falta uma visão e um pensamento estratégico que vá para além dos interesses efémeros das pessoas que dirigem as instituições.
Acima de tudo, a piscina municipal servirá os jovens que querem aprender a nadar, os adultos que desejam manter a sua forma física e os clubes que têm competição, num compromisso que não exclua ninguém e que sirva a todos."

Via Diário as Beiras

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Com a abstenção dos vereadores do PSD, foi aprovado concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar

Pedra sobre pedra, decisão a decisão, lentamente, assim se vai cimentando o espólio que este executivo vai deixar à posteridade figueirense. 
Neste caso, para os próximos 50 anos. Uma vida. 
Se  a proposta é sólida ou não, teremos  50 anos para ver. 
Entretanto, a opção da oposição, é a abstenção. 
Assim estão os vereadores PSD/Figueira: não tomam posição, vão-se abstendo, que o mesmo é escrever, vão empurrando com a barriga. 
E  já lá vão uns anitos.  Quatro anitos. Quatro
É assim que tudo se deixa construir ou destruir: não tomando posições claras. 
Continuemos a sorrir...

O concurso público de reabilitação, reconversão e exploração do complexo da piscina-mar foi aprovado ontem, na reunião de câmara, com os votos a favor da maioria PS e a abstenção do PSD, que através de João Armando, fez saber que concorda «que haja uma solução para o complexo», mas manifestou dúvidas de que a proposta em causa seja «suficientemente sólida».
A parte da proposta que tem a ver com a arquitetura foi apresentada por Carlos Figueiredo, autor do projeto e último concessionário deste equipamento municipal.  
A obrigatoriedade da manutenção da estalagem e da cobertura (transparente) da piscina, para poder ser utilizada durante todo o ano, mantém-se, assim como a possibilidade da utilização do antigo solário para outros fins – nomeadamente, aumentar a capacidade hoteleira, de 13 para 19 quartos. Confirma-se  a esplanada na Avenida 25 de Abril, com o necessário alargamento do passeio, e as lojas. Poderão ainda ser instalados um ginásio, uma talassoterapia, entre outros serviços. Por outro lado, vai ser colocado um elevador, com acesso à piscina e à zona hoteleira. O actual espaço de restauração também se mantém. 

Entretanto, em vez de 30 anos com possibilidade de renovação por dois períodos de 10 anos, a concessão passou para 50 anos seguidos. 
O concessionário, que vai ter de realizar as obras, cujo valor estimado são dois milhões de euros, e assegurar a exploração, não terá de pagar pela adjudicação da concessão
Para além disso, terá um período de carência de três anos para o pagamento das rendas, destinado às obras – se forem concluídas antes, começam a ser pagas após a emissão da licença de utilização. 
Durante os primeiros três anos de exploração, o valor das rendas será de 5.550 euros por ano. No quarto, quinto e sexto anos, sobe para 8.650 euros. A partir dali, estabiliza nos 14.400 euros.

Se os anteriores concessionários se queixavam da curta validade da concessão, agora, no mínimo, é questionável ter a duração de 50 anos. 
A esta questão, o executivo camarário PS contrapõe que os diversos setores de negócios podem ser explorados por terceiros, desde que o vencedor do concurso público se mantenha. 
E até existe a possibilidade de trespasse, desde que seja aprovado pela câmara
Por outro lado, do ponto de vista do actual executivo, a longevidade da concessão tem a ver com o elevado investimento do restauro e reabilitação do imóvel classificado, construído no início dos anos 50, cujo projeto é do arquitecto figueirense Isaías Cardoso, falecido há poucos dias. 
Além do investimento inicial, o concessionário tem também de garantir a conservação dos imóveis e as condições para o bom funcionamento de todos os espaços concessionados. 
Segundo as estimativas da autarquia, o investimento inicial poderá ser amortizado em 10 anos e os investimentos a efectuar ao longo da concessão (conservação, mobiliário e outros) poderão chegar aos dois milhões de euros. 
A estes, somam-se,  os outros dois milhões previstos para as obras e mobiliário iniciais. 
O concessionário pode recorrer a fundos europeus reembolsáveis com juros baixos ou nulos, por tratar-se de reabilitação urbana

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Da série, top figueirense (feijoada de búzios e piscinas)... (2)

Dez longos meses

"Um dos sinais do atraso de uma região é a sua incapacidade de definir um desígnio, logo, por extensão, de não conseguir estabelecer uma estratégia, e portanto não fazer a mínima ideia de como gerir os recursos existentes internamente, muito menos de perceber como alocar os disponíveis à sua volta.
Não é preciso grande atenção para perceber que na Figueira dos últimos anos as ideias são apresentadas por impulso - sobretudo de calendário partidário e pessoal (e não obedecendo a uma lógica, muito menos pensando em sustentabilidade) – e têm sempre um travo amargo de cópia provinciana, de deja vu… são uns passadiços e um GeoParque no Cabo Mondego “como os de Arouca/do Paiva”, um Museu do Mar “como o de Ílhavo”, uma piscina de marés “como a de Matosinhos”…
A freguesia de Buarcos e São Julião tem uma piscina coberta? Não, só existe a do Ginásio Club Figueirense, mas enquanto se vão trocando acusações vai valendo umas inaugurações de supermercados. 
A piscina de mar da Figueira, edifício projetado por Isaías Cardoso e inaugurado em 1953, considerado, em 2002, património de interesse público pela sua arquitetura, está abandonado e sem que a Câmara pareça interessar-se em encontrar uma solução? Sim, mas o que é que isso interessa?
Mais uma vez, foi atirada há alguns dias a ideia da construção de uma piscina de marés, sem que se tenha realizado qualquer estudo geológico, de impacto (ambiental, económico, social), ou que alguém tenha apresentado um valor dos recursos exigidos para a concretização do projecto ou sequer da localização exata da construção, a qual teria necessariamente de evidenciar a ação do Homem sobre a natureza sem a ofuscar nem beliscar.
Ora, uma vez que esta construção visaria dotar a Figueira de mais um produto turístico (entendido enquanto resultado dos recursos naturais e culturais e os serviços  disponibilizados num espaço geográfico delimitado) na época “alta”, não seria mais avisado investir em produtos que tragam turistas na época “baixa” (dez longos meses…) e que proporcionem melhores condições de vida a quem cá reside e/ou trabalha todo o ano?"

Via Diário as Beiras

Nota OUTRA MARGEM
"na Figueira dos últimos anos as ideias são apresentadas por impulso - sobretudo de calendário partidário e pessoal (e não obedecendo a uma lógica, muito menos pensando em sustentabilidade) – e têm sempre um travo amargo de cópia provinciana, de deja vu… são uns passadiços e um GeoParque no Cabo Mondego “como os de Arouca/do Paiva”, um Museu do Mar “como o de Ílhavo”, uma piscina de marés “como a de Matosinhos”

FIGUEIRA, CAPITAL DO PLÁGIO? E NINGUÉM INVESTIGA?
As vozes dissonantes e desalinhadas, portanto, incómodas, são cada vez mais tidas em conta. 
Daí, o exercício da Cidadania preocupar tanto poderes que utilizam sistemas de governar falidos.
Na Figueira é sempre carnaval. Até no passado sábado e domingo...