A apresentar mensagens correspondentes à consulta alberto gaspar ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta alberto gaspar ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A paisagem como identidade

A Convenção Europeia da paisagem, documento assinado por todos os estados membros do Conselho da Europa (2000), foi aprovado pelo governo português em 2005.
Tem como objectivo promover a protecção e gestão e o ordenamento da paisagem.


As “ideias –chave”, a ter em conta neste importante documento, são:
“o respeito pela diversidade da paisagem europeia;
a identidade, o valor cultural, natural e social, os direitos e os deveres das populações para com a paisagem”.

É esta dimensão da paisagem, como um valor social e cultural, que tantas vezes fica esquecida.
É isso, do nosso ponto de vista, que poderá estar verdadeiramente em causa, na putativa urbanização dos terrenos Alberto Gaspar & Cª., Ldª.
A paisagem – esta nossa paisagem – tem de ser valorizada e reconhecida como identitária. Ela só aconteceu aqui, porque resultou das relações que se estabeleceram, ao longo do tempo, entre os nosso antepassados e as condições naturais.
É isso que os órgãos de decisão – Câmara Municipal da Figueira da Foz e Junta de Freguesia de São Pedro – não devam esquecer.

Importar modelos de outras latitudes, ou de outras longitudes, ou de outras culturas, pode não ser o melhor para nós.
O turismo, também por aqui, ao surgir como a “panaceia” económica, quase sempre também serve para impor e desculpar a crescente descaracterização e homogeneização da paisagem portuguesa e, consequentemente, a desvalorização paisagística da nossa Terra.
Isso, a acontecer, é um ónus que alguém vai ter de assumir.

Por isso, pergunta-se:
“quando é que aquilo que está previsto para os terrenos do Alberto Gaspar & Cª., Ldª, e a Junta de Freguesia de São Pedro concorda e considera bom para a Terra", passa do domínio dos “figurões de cá e de lá”, para o conhecimento da população?
Será que estão à espera que, primeiro, se “adapte” o PDM e o PU, de harmonia com os interesses do consórcio espanhol?

sábado, 2 de maio de 2009

O que é que tem inibido o eng. Duarte Silva?

Na última reunião da Assembleia Municipal, em resposta a uma abordagem do deputado Carlos Monteiro, do PS, sobre os terrenos da Alberto Gaspar, Duarte Silva revelou "que apresentou uma proposta alternativa, mas ainda não obteve resposta".
O processo, ao que parece, esbarra no Plano de Urbanização, o tal que era urgente, o tal que tinha de ser aprovado até Dezembro passado, mas que ainda não foi a sessão de câmara para ser sujeito à votação dos vereadores: o valor a pagar pelo promotor espanhol Fadesa, para além do que já pagou, depende de um índice de construção, que só pode ser aprovado após a revisão do referido plano. Quer dizer, uma coisa condiciona a outra e vice-versa.
Entretanto, já foi solicitada a insolvência da empresa. Duarte Silva, agora, de harmonia com o que li no diário as Beiras de ontem, “não descarta a possibilidade de vir a exigir a reversão dos terrenos da antiga transformadora de madeira Alberto Gaspar.”
Se se sabe que essa reversão é possível - e como o que está em causa é a defesa dos interesses do concelho da Figueira da Foz – fica a pergunta: o que tem inibido o eng. Duarte Silva?

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A Cova-Gala e a ditadura do betão

Nos dias de hoje, a Cova-Gala continua a ser palco de um forte investimento na construção.
Habitação, rede viária, zona industrial, implantação de redes de distribuição de serviços, como o gás natural ou a televisão por cabo, são exemplos que todos os dias podemos verificar, até pelos transtornos que por vezes nos causam.
É salutar, tudo o que concorra para a melhoria da qualidade da nossa vida. E, aparentemente, todo este investimento seria nesse sentido. Mas, como em tudo, se existem algumas coisas que são bem feitas, existem outras que deixam muitas dúvidas na maneira como são idealizadas e posteriormente executadas. Ficamos sem saber que interesses estão por trás de determinadas decisões e a quem ou a quê se tem de ceder e agradar.
È certo que existem mecanismos de planeamento e ordenamento do território, que no caso das autarquias são os Planos Directores Municipais, que deviam orientar o crescimento de uma localidade, mas, que na realidade não funcionam, pois consegue-se sempre ajustar as condicionantes ao interesse do projecto de construção.
Em alguns casos existe património que tem de ser destruído para a edificação das novas construções. A valorização desse património poderia representar uma mais-valia para o lugar onde está implantado. E não é só o património construído que está em causa, é também o património natural, com o valor da paisagem tantas vezes desprezado, assim como o património social, que representa a maneira de viver das pessoas.

Infelizmente, em muitos casos a política do betão é mais forte que o interesse comum.
Ainda bem que, na nossa Terra, temos alguns locais em que o betão não entrou. Assim, o seu crescimento ainda pode ser pensado e equilibrado a todos os níveis. Estou a pensar, por exemplo, nos 12 hectares dos terrenos do Alberto Gaspar & Cª. Ldª.


O território da nossa Freguesia sofreu, nas últimas duas décadas, uma autêntica revolução de betão. Com a facilidade concedida pelo crédito à habitação, empreendedores imobiliários e empreiteiros, com o beneplácito do poder local, ávido de receitas, fizeram fortunas colossais. São Pedro não fugiu à regra: alargou-se, transformando-se num gigantesco subúrbio.
Os ‘patos bravos’ ganharam, mas a Terra perdeu, nomeadamente, na beleza natural e no impacte ambiental.
Todos nós, os que aqui nascemos ou habitamos nos tornámos vítimas de uma conspiração do betão, que envolve muitos interesses, desde os empreiteiros aos autarcas.

É curioso notar, que estes atentados foram cometidos quando já existia um Plano de Urbanização, concebido para evitar a desorganização urbanística, mas que, pelos vistos, se transformou apenas em mais um obstáculo, passível de ser negociado e ultrapassado.
Que é o que, ou muito me engano, vai acontecer com a urbanização do Alberto Gaspar & Cª. Ldª.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O que nos vale é que este presidente da república e este governo nos defendem dos males da democracia…

"Os portugueses cuspiram em Gaspar, sem dúvida um dos melhores ministros das finanças que Portugal alguma vez teve. Se não querem Gaspar, ficam apenas com um(a) Gaspar II ou III, sem o prestígio e a solidez do I" –  comentário lido na página online do Correio da Manhã.

Pois é.
Isto da democracia tem muito que se lhe diga. Ele há males que vêm por bem e bens que vêm por mal. Um destes é a possibilidade da escolha. A possibilidade de escolha leva a que as pessoas se tornem cada vez mais esquisitas, picuinhas, exigentes, chatas, complicadas, obsoletas e “fora de moda”.
Para evitar chatices e mal entendidos, a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças foi uma imposição da troika (BCE, CE e FMI) e do Governo alemão, particularmente do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, apurou o Correio da Manhã. Esta terá sido uma das razões para o primeiro-ministro ter decidido manter a ministra nas Finanças, apesar do pedido de demissão de Paulo Portas do Governo.
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, empenhou-se, pelo menos nos últimos meses antes da sua saída do Governo, em apresentar Maria Luís Albuquerque aos seus homólogos europeus, nomeadamente nas reuniões do Eurogrupo e do Ecofin.
Vítor Gaspar, que já estava a preparar a sua saída do Governo, tratou de convencer a troika e a Alemanha de que a escolha de Maria Luís Albuquerque era a melhor solução para Portugal continuar a aplicar o programa de assistência económica e financeira.
E parece ter dado resultado.
É mais do que tempo, portanto,  para que o nosso ensino universitário acompanhe os novos ventos dos tempos  que correm em Portugal.
Proponho, por conseguinte, a quem de direito, a criação da pós graduação “Desenrascanço e Sucesso na Política", avançando desde já, com os nomes dos professores responsáveis para as cadeiras obrigatórias.
- "Relações Familiares e Offshores", regida por Isatino Morais;
- "Democracia e Pluralismo", regida por Alberto João Jardim;

- "Direito Penal e Processo Penal", regida por Fátima Felgueiras;
- "Ética e Liberdade de Imprensa", regida por Avelino Ferreira Torres;
- “Irrevogabilidade”, regida por Paulo Portas;
- “Pragmatismo político”, regida por Passos Coelho;
- “Grande economia”, regida por Cavaco Silva.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Uma curiosidade histórica figueirense com quase 119 anos

Participação cívica dos figueirenses no já longínquo ano de 1900. 

Entre os que assinaram esta Petição, reconhecem-se alguns apelidos que marcaram a vida figueirense no início do século 20.

Representação
"Vêm os abaixo assignados perante os Vereadores da Câmara Municipal da Figueira, respeitosamente manifestar o seu justo e profundo pezar pela projectada venda dos terrenos do Bairro Novo – estrada e esplanada – situados em frente da praia, entre a propriedade do Sr. Baldaque da Silva e a linha dos carros americanos. 
Se foi acertado o procedimento da Câmara que se oppoz à venda dos terrenos, que hoje se acham ajardinados entre a Alfândega e o Largo do Carvão, no caso presente, muito mais grave, não pode a actual Vereação consentir que a Figueira fique privada de uma regalia tão importante.
Fiados na Justiça da causa que defendem, esperam os abaixo assignados que a Câmara Municipal se digne considerar atentamente um assunto que tanto pode prejudicar a Figueira, suprimindo um logar de recreio público, que pela sua situação elevada e pelo vasto panorama que domina, constitue um dos pontos de vista mais belos da nossa formosa cidade.
Figueira, 16 de outubro de 1900.

Manuel Gaspar de Lemos, Joaquim Costa, António Marianno, Adriano Dias Barata Salgueiro, Manoel Gomes Cruz, Ignácio Lopes de Oliveira, Raymundo Esteves, António Wiptnich Carrisso, Francisco Lopes Guimarães, Joaquim Féteira  António Ferreira de Campos, António Marques Falcão, Henrique Pereira Jardim, Joaquim José Cerqueira da Rocha José Gaspar d’Oliveira, Benjamim Mendes, José Joaquim Veríssimo, António Ferreira Carvalho, João Maria Rocha, Álvaro Malafaia,  Manoel de Oliveira Catharina, Adriano Fernandes Águas,  Joaquim do Amaral, David d’Oliveira Braga, António Domingues, António Augusto Vianna, José Augusto Germano Alves, Remígeo Falcão Barreto, João da Silva Rascão,  António Jorge Coimbra, Augusto d’Oliveira, Gentil da Silva Ribeiro,  António Neves da Costa, Joaquim Ramos Pinto,  António da Silva Ferraz, José Luizão Ferraz, Henrique Raymundo de Barros, José Pinto, Abílio José da Costa Pereira, Henrique Mendes, António Gonçalves Mendes, Augusto Duarte Coelho, Francisco da Silva Neves, Jacintho Serrão Burguete, Joaquim Adelino Marques, José da Silva e Castro, João Eloy, Joaquim Duarte Mendes, Francisco Netto Júnior, Adelino Augusto Carvalho, José Maria d’Oliveira Mattos, João José Silva e Costa, Adriano Ignácio Pinto, João da Costa Monsanto, Eduardo da Costa Monsanto, José da Costa Monsanto, Adolpho da Costa Monsanto, Augusto Silvério d’Oliveira, Francisco da Costa Ramos, David Fernandes Duarte, José Lucas da Costa, José Augusto Ramos,  José Nunes da Silva, Manoel da Silva Rocha, Albino Nunes da Cunha, Guilherme Dias da Costa, Joaquim Dias Antunes, António Pires de Castro, João Fernandes Thomaz, Ernesto Fernandes Thomaz, António Neves Alvim, Joaquim Ribeiro Gomes, Augusto Dias, José Évora Poeira, José Maria Martins Junior, António Roque Gázio, Joaquim da Costa Pinto, José Silva e Sousa, Jacintho Gouvêa, António Boaventura Dias Nestório, José Carlos de Barros,  Domingos Lino Gaspar, Francisco Salles da Veiga, César Cascão, Julio Gonçalves Mendes, Visconde de Taveiro (pae), José Ferreira Sopas, António Luiz Soares, João Pinto Duarte, João da Silva Coelho, Cypriano Fernandes Fresta, José Azul, Francisco Fernandes Talhadas, Deziderio Henrique Pessoa, Rodrigo de  Campos Costa, Aniceto Rodrigues Redondo, José Lopes do Espírito Santo, Augusto da Cruz, João Esteves de Carvalho, Joaquim do Souto Junior, Paulo Barbosa da Cruz,  João d’Almeida Manso, Manoel Fernandes Querido, António Jacob Junior, Manoel Almeida Lemos, Arthur Miranda Castella, Jacintho Dias Milheiriço, José Maria Pedrosa Ramos, Luiz Duarte Sereno, Manoel Roiz Formigal, Artur Xavier Lopes da Silva, José Luiz de Meira, Frederico de Carvalho, João Gomes Moreira, Joaquim Cortezão, Balthazar Castiço Loureiro, Augusto Sampaio e Mello, José Augusto Fera, Manoel Pedro Caçador,  Ricardo d’Oliveira Neves, Urbano Conceição Motta, Adrião Felício Martins, Alberto Cardoso d’Oliveira, Caetano Pereira Baptista, José Rodriguez de Jesus, José Maria Brito, António Francisco Galvão, Luiz Penteado, Thomaz Santos Bruegas, Joaquim Vital, Crispulo Alpoim Borges Cabral, João Macedo Santos, João Rodrigues Estrella, José de Azevedo Teixeira, Eduardo Dias Margarido. Francisco da Silva Ramalho, Manoel da Silva Carraco (…)”.

"Esta petição, que foi redigida pelo Dr. Manuel Gaspar de Lemos recolheu a assinatura de cerca de 150 figueirenses e, segundo reza a crónica, “os senhores camaristas ficaram bastante aborrecidos, acedendo, contudo, ao pedido que lhes era feito, e mais tarde, como que a penitenciar-se, vieram até a esforçar-se por, no limite das suas possibilidades, melhorar o aspecto do local, alindando-o um pouco, com algumas obras que ainda hoje atestam, dignamente, a sua passagem pelo Município”.
In Álbum Figueirense, 1937

Nota.
Um agradecimento especial do responsável deste espaço ao Pedro Biscaia, um Amigo de, pelo menos, 4 décadas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Centro Escolar de S. Pedro

Lido no Figueirense de hoje:
"A autarquia figueirense prepara-se para lançar a candidatura da construção do futuro Centro Escolar de S. Pedro, uma obra orçada em cerca de um milhão de euros e que poderá contar com um financiamento até 85% do seu valor. 
Financiamento e permuta de terrenos
O centro, orçado em cerca de um milhão de euros, será completado com a construção de um novo campo de futebol que, para além de receber as equipas do Cova-Gala, estará ao serviço da comunidade escolar. O projecto (somente na vertente escolar) poderá ser financiado pelas verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional até 85% do valor da obra.
Depois de se apontar para uma primeira localização, a autarquia figueirense decidiu avançar com o projecto nos antigos terrenos da fábrica Terpex. Para o efeito, decorrem negociações com um empresário do ramo imobiliário que, através de uma permuta de terrenos, poderá ver viabilizado um projecto de construção habitacional nos actuais terrenos do campo de futebol de S. Pedro, junto à orla marítima.”

Ora, esta é uma proposta já velha e conhecida     (ver jornal As Beiras de 10 de Dezembro de 2007).
“Em causa está “a permuta de um terreno de 25 mil metros quadrados na Cova/Gala, propriedade da Zume, Construções, Lda, do empresário José Pucarinho. Localiza-se perto da antiga fábrica Alberto Gaspar. A troca inclui duas áreas vizinhas, uma urbanizável de 15 mil metros quadrados (aquela a que a Bissaya Barreto se refere) e outra não urbanizável de 17 mil metros quadrados.
Saliente-se que a segunda parcela é o actual campo de futebol de S. Pedro, equipamento que vai ser desactivado, quando for construído um novo.”

Por agora, relembro apenas mais um pormenor.
 “Na área ocupada pelo actual campo de jogos,  só podem ser construídos equipamentos desportivos.”
Como é que se vai ultrapassar esta actual  limitação do PDM?

terça-feira, 13 de maio de 2008

A propósito dos terrenos do campo de jogos do Cova-Gala... Mas, não só!..

Crónica de
antónio agostinho

Nestes dias que antecedem a brasa do verão, a Cova-Gala faz lembrar um “banquete urbanístico”, pronto a ser servido de mão-beijada.
Sempre atentos, os grandes empreendedores da construção civil, depararam-se aqui com um novo “oásis”. Contudo, há sempre quem permaneça sempre insaciável, há sempre quem pretenda mais e mais.
Pelo rumo que as coisas estão a tomar, aqui pela Cova-Gala, no geral, acabaremos por ficar “empacotados”!..
Porém, alguns, poucos, irão ficar “empanturrados” com esta autêntica “orgia urbanística de betão”...

A junta de freguesia de S. Pedro, navegando aliás nas águas do executivo camarário figueirense, tem uma ideia de desenvolvimento local simples e redutora, que só ainda não percebeu quem não quis: cimento, cimento, sempre mais cimento, cimento!...
O lobby da construção civil, cumprindo o seu dever e sempre atento aos seus interesses, está de olho aberto e operacional às zonas apetecíveis. Nomeadamente, aos terrenos onde há 30 anos o Grupo Desportivo Cova-Gala tem a sua “oficina” (construída, a pulso, pelo trabalho, esforço e dedicação de gerações de covagalenses) e os terrenos do famigerado Alberto Gaspar & Ca. Lda. ...

Colocado perante esta realidade de terra queimada e, ao que parece, irreversível, quem ousa ser do contra, isto é, quem tem a desfaçatez o arrojo e a pouca vergonha de ter ideias próprias e diferentes, é alvo de mesquinhas insinuações ...
Nomeadamente, "que existem razões políticas na contestação!.." Como se isso, a ser verdade, numa Terra pertencente a um Portugal livre e democrático desde 1974, fosse sequer questionável ou censurável...
Essa, é a forma mais primária e básica de reagir.

Felizmente, existem alguns que tresmalharam do rebanho e pensam o futuro da sua Terra pela sua própria cabeça, com a consciência completamente livre de interesses individuais ou de grupo.
E, esse direito, ninguém, mas ninguém mesmo, lho vai, nem pode, tirar.
O poder, qualquer poder, é uma coisa extremamente frágil. Por isso, quando um fulano se coloca aos gritos perante uma assembleia, sorrio, e lembro-me que daqui a uns anos, não muitos, ninguém se lembrará dele!..
É a vida.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Quem tem o queijo e a faca?

Mesmo quando me procuro alhear, espreitando o Cabedelo lá ao fundo, olhando para o céu e para as gaivotas, na busca da serenidade do mar dentro de mim, não deixo de receber apelos dramáticos.

“ Anónimo disse...
Desde à uns meses que não lia o blog, muito me admirei com o que se está a passar no "burgo".
A notícia que mais me espantou é a situação do GDCG em relação ao campo de futebol.
Sr. Presidente do GDCG parece ser evidente o facto de que todas as decisões tomadas na AG são lesivas para o clube, e o que ficará na história é simplesmente o facto de que no seu mandato o clube foi expoliado do seu segundo maior bem (o 1º são os atletas e dirigentes).
Qual é o medo de legalizar os terreno por usocapião. è simples e os passos eu posso inumerá-los:
1 - Esritura de justificação com 3 testemunhas com mais de 40 anos.
2 - Publicação em jornal
3 - Um mês depois escritura definitiva
4 - Registos na conservatória
Tão simples como isto, não se deixem enganar por quem julga ser mais esperto (não é inteligente mas sim esperto) do que os outros abram os olhos mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. A decisão de construir as escolas naquele local não tem sentido, antes era num local aparazivel (Alberto Gaspar) mas agora a soluçã é essa? Penso que se querem construir as escolas o mais rápido possível como bandeira para as próximas eleições.
Pensem bem...
21 Julho, 2008 17:05”


Parecendo que vai haver falta de queijo e abundância de facas, não interessa de quem é o queijo e quem vai utilizar a faca?...

segunda-feira, 13 de março de 2017

PDM e agitação e propaganda..(III)

"Para além disso houve várias reuniões, que eu tenha conhecimento, em todas as Freguesias com a participação dos elementos do executivo e técnicos para que a população desse a conhecer os seus problemas. Por exemplo os casos colocados na Freguesia de Paião, 80% foram ultrapassados."
 paulo pinto


Quer dizer que foi «AVULSOS»?..  Por estatística 80% resolvido...
Para dizer que resolveram, PEGARAM NOS PROBLEMAS DOS 25 ANOS e RESOLVERAM 80%!..

Sabemos o que aconteceu no País e na Figueira.
No decorrer de anos e anos, mercê da especulação imobiliária e de um desordenamento do território que remunerou interesses bem colocados junto do poder político, foram sendo construídas selvas de betão ao redor e em zonas especificas da  cidade, nomeadamente nas frentes de mar.
O processo enriqueceu muita gente. 

Na Figueira, ainda faltou concretizar muita coisa, nomeadamente o célebre processo Alberto Gaspar (pelos vistos, chegou a oportunidade de valorizar os terrenos ... Só após os trabalhadores terem o processo fechado? Quem lucra com a mais valia?)
Temos os terrenos que incluem o campo de futebol do Grupo Desportivo Cova-Gala.
Inclui, ou não a Aldeia do Mar, a zona  assinalada na imagem acima?..

Sabemos o que se passou no País, em geral, e na Figueira...
O especulador conseguia a alteração ou a ultrapassagem do PDM... 
Ao conseguir transformar um terreno agrícola, ou industrial, ou com limites de construção, em altura, no local ideal para a construção "pato-bravista", fazia o preço multiplicar-se muitos por cento.
Depois era só repartir o bolo: beneficiava o autarca com dotes para conseguir operar a transformação, o construtor, o fornecedor de materiais de construção, a imobiliária, o banco que financiou as obras e as aquisições das belas habitações e etc. (e mais alguns...)
Quem perdeu?
Quase todos, os que hoje pagamos o restante da factura, nomeadamente a crise da banca.

Dir-me-ão: isso é passado.
Sinceramente, espero que sim.
Então que alguém responsável polticamente na Figueira responda com transparência cristalina a estas duas  simples questões: 
1. qual é a estratégia de desenvolvimento do Concelho?
2. com que instrumentos contam para executar essa estratégia?
Pergunto: a proposta de revisão de PDM DO PRESIDENTE ATAÍDE, actualmente em fase de discussão pública, responde a essas medidas?

Esta revisão do PDM tem objectivos económicos e políticos. 
Já em 2008, João Cardoso, então presidente da ACCIF, dava conta que “nos últimos 10 a 12 anos a freguesia de S. Julião, que abrange o centro da cidade, perdeu cerca de 20 por cento da população, com o aumento da habitação na periferia, situação que não pode continuar a manter-se”. E, sublinhou:  “é hora de mudar”...
E, curiosamente, ou talvez não, é isso que transparece, claramente, pelo pouco que se conhece desta proposta de revisão do presidente Ataíde do PDM. 


Vejamos um pormenor. 
A zona em redor do Parque de Campismo Municipal.
A prioridade racional, ao que julgo saber, deveria passar por "selar" em zona verde, pelo limite das estradas existentes, para num futuro próximo continuar a existir a hipótese de alargar o parque... 
Com esta proposta, não é isso, claramente o que vai acontecer:  o parque vai ficar asfixiado com prédios...
Portanto, caros leitores, a sociedade civil tem de exigir explicações aos políticos em tempo útil: isto é, no período em que o processo está em discussaõ pública. 
O Movimento Parque Verde ainda existe?

Ou seja: agora.
Os políticos, em especial o presidente da câmara, neste caso João Ataíde,  têm responsabilidades e têm a obrigação política e ética, de dar a cara e esclarecer as opções que tomam nesta matéria.
Mas, pelo caminho que as coisas estão a tomar, é claro que os políticos deste executivo de maioria absoluta socialista estão a seguir o caminho contrário: vão refugiar-se nos técnicos e nos pareceres de organismos externos!
Fazem lembrar aqueles imbecis que todos conhecemos, que não sabem usar mais do que um ou dois por cento das funcionalidades que têm no telemóvel, mas correm a comprar outro,  assim que é anunciado um mais moderno e com mais funcionalidades que, claro, nunca usarão...

PROPOSTA DO PDM ( PASMEM-SE DISTO MESMO ) PRESIDENTE ATAIDE: PARA VER MELHOR AS IMAGENS, BASTA CLICAR EM CIMA.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

António dos Santos - o Tróia

Um dia destes, ao fazer uma caminhada pelas ruas da minha Aldeia, passei pela Rua António dos Santos - o Tróia - e deparei com a placa no topo norte da rua (para quem não sabe, é a que vai dar mesmo até à entrada do porto de pesca) no estado que a foto mostra.
Confesso que não gostei e, espero, que depois deste reparo a placa que recorda na toponímia cova-galense um lobo do mar, talvez um dos maiores de toda a orla marítima portuguesa, de seu nome António Santos - o Tróia, volte a ter a dignidade e o respeito que o homenageado, em devido tempo, pela Comissão de Toponímia da junta de freguesia de S. Pedro, merece.


Conheci muito bem António dos Santos - o Tróia, a sua esposa - a dª. Elvira - e as suas filhas.
A sua casa ficava a cerca de 200 metros para sul da casa dos meus Pais. A casa em madeira, embora já não pertença à família, ainda lá está: fica na esquina, lado norte, da rua que dá acesso às antigas instalações do Alberto Gaspar.
Por uma questão de precisão histórica, porém, recorro ao livro A Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, vulme II, de Manuel Luís Pata, que retrata essa figura lendária que se chamou António dos Santos, mais conhecido pelo o Tróia.
Nasceu na freguesia da Sé Nova, em Coimbra, a 15 de Fevereiro de 1912.
Fez 6 campanhas ao bacalhau. Entre as razões que o levaram a ter abandonado a pesca ao bacalhau, não esteve de certeza o medo. Escreve quem o conheceu: "por medo? Não! O Tróia não sabia o que era o medo. Ele tratava o mar por tu, o mar era o seu grande companheiro do dia a dia...
O Tróia deve ter deixado a pesca do bacalhau, não por medo, mas sim por revolta pela desumanidade que imperava naquela vida, que não se enquadrava na sua maneira de ser. Enquanto para alguns capitães o bacalhau representava mais do que a vida dos pescadores, ele, Tróia, vária vezes tinha posto a sua vida em perigo para salvar vidas em naufrágios ocorridos na barra da Figueira da Foz. O Tróia, antes de embarcar para a pesca do bacalhau, já tinha dado provas da sua bravura, quer na sua bateira a remos, quer a nado, cometendo actos de invulgar heroísmo. Ele parecia possuir algo sobrenatural: de noite, acordava e levantava-se da sua cama, quando pressentia que algo de grave se passava nas proximidades da barra da Figueira. E, muitas vezes, o seu pressentimento estava certo. Nessas ocasiões, saltava para dentro da sua bateira, quer em noites de verão, quer em noites invernosas e fazia-se à barra, muitas das vezes antes das sereias dos Bombeiros começarem a roncar a dar o alarme. Quando chegava o socorro já lá andava o Tróia a furar o mar..."

Quem recorda o Tróia, lembra-o como um lobo do mar, possivelmente um dos maiores que existiram na orla marítima portuguesa.
Manuel Luís Pata, ao vivo, assistiu o dois naufrágios em que o Tróia arriscou a sua própria vida para salvar outras vidas.
"O primeiro foi o encalhe da traineira Sagres, nos rochedos do Forte de Santa Catarina. O outro, foi o encalhe do iate de cabotagem Bem Aventurado ao sul dos blocos da barra no Cabedelo." 
Nesta ocorrência, todo o esforço do Tróia foi feito a nado, batendo-se com o mar, a passar cabos do navio para terra. Graças à sua coragem, toda a tripulação se salvou e  alcançou terra. Neste naufrágio, a que assistiu Manuel Luís Pata, o único meio possível de ajudar as vitimas era a nado pois não havia outro meio de chegar ao navio - "só um Tróia teria a força e a coragem para o fazer".

Relatar uma vida cheia como a de António dos Santos - o Tróia não é tarefa fácil. Muito mais haveria a escrever. Porém, esta postagem para além de apenas recordar uma figura com a dimensão humana de poucos, pretende chamar a atenção de quem de direito para a dignidade que merece a preservação da sua memória numa rua da freguesia de S. Pedro.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Vamos então discutir o PDM!.. (13)

Uma reflexão.
Se o presidente Albino Ataíde, com o PDM/2017, tem a pretensão de expandir a freguesia S. Pedro, contando para isso com os terrenos da antiga fábrica Alberto Gaspar & Cª. Ldª., ainda zona industrial, o que se pode traduzir no aumento de 1/3 da população actual, porque carga de água tem a pretensão - ou deixou fechar... -  o Posto de Saúde da Cova e Gala?..
Foi ele mesmo, Albino Ataíde, que disse: "quando construí o de Lavos tão grande, já foi com o intuito de servir a população de S. Pedro"!..

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Eu, assim coisas importantes, gostava mesmo de ver…

A Figueira, em tempo que já lá vai, foi uma cidade, como diria o dr. Santana Lopes, “que já esteve no mapa”.
Para além da praia e do Casino, teve como imagens de marca iniciativas que, realmente, faziam a diferença. Ao correr da pena, recordo três: o Festival da Canção, o Festival de Cinema e o Mundialito.
Mas, como tudo isso pertence ao passado, falemos então do futuro.

Primeiro:
Em Novembro último, com pompa e circunstância, foi apresentada uma iniciativa prevista para os dias 22 a 31 do próximo mês de Maio que, a concretizar-se nos moldes em que foi anunciada, iria recolocar a Figueira no mapa, mas, desta vez, “no mapa mundial”.
Se bem me lembro, estariam entre nós os melhores pilotos de ralis – Walter Rohrl, Juha Kankunnen, Ari Vtanen, Mrkku Allen - e seriam realizados grandes concertos - Tina Turner, Ricky Martin, Enrique Iglésias e André Sardet, foram nomes anunciados.
2009 seria um ano de ouro para a Figueira que se veria, assim do pé para a mão, no topo do mapa mundial do desporto motorizado e do espectáculo.
Faltaria um mês, segundo o anunciado em Novembro passado, para os terrenos das antigas instalações da empresa Alberto Gaspar e a Figueira da Foz receberem durante dez dias cerca de 100 mil visitantes diários, de acordo com as previsões feitas pelos promotores do evento.
Estranhamente, porém, não tenho visto promoção ao invulgar acontecimento. Não quero com isto insinuar que a promoção não esteja a ser feita. A história está cheia de momentos em que apenas os iluminados viram o que deveria ter sido visto por todos. Esses, poucos, ainda que iluminados, são os visionários. O defeito, portanto, deve ser mesmo meu que não consigo vislumbrar a tal campanha.
Mas, lá que ando admirado com o que se passa com “este projecto ambicioso”, que da autarquia figueirense apenas receberia apoio logístico, pois o patrocinador oficial seria o Turismo de Portugal, lá isso ando!..
Eu, assim coisas importantes, gostava mesmo de ver…

Segundo:

Se tal dependesse apenas da vereação camarária – situação e oposição - , de uma penada, as localidades e sedes de freguesia Tavarede, S. Pedro, Lavos e Marinha das Ondas, já tinham sido elevadas a vila.
Na verdade, depois de na penúltima reunião camarária a proposta do PSD, que englobava apenas São Pedro, Lavos e Marinha das Ondas, ter sido retirada, certamente para ser estudada, aprofundada e melhorada, foi agora de novo apresentada e mereceu a unanimidade das bancadas do PS e do PSD.
É certo, que a Assembleia Municipal também tem ainda de se pronunciar e a decisão final é da Assembleia da República, mas, como estamos em ano de todas as eleições, tudo isto tem pernas para andar... Ah, antes que me esqueça, um pormenor certamente irrelevante: antes desta segunda ida a sessão de câmara, penso eu, terá sido feito um acordo de bastidores que permitiu colocar no pacote, também, Tavarede, o que, aliás, é de toda a justiça.
Já que parece estarmos em maré de entendimento, virtualidades à parte, dadas as dificuldades que os dois partidos estão manifestamente a encontrar para encontrar cabeças de lista, para a câmara, a exemplo do que aconteceu em Quiaios e São Pedro, em 2005, para as respectivas juntas, porque não então um “negócio” mais global, que permita uma coligação – descarada ou envergonhada - para realizarem o que prioritariamente deve ser feito no próximo mandato na Câmara Municipal: a diminuição do deficit camarário.
Creio que no final do próximo mandato, daqui a pouco mais de quatro anos, ninguém iria vislumbrar diferença entre ter estado lá o PSD, sozinho, o PS, sozinho, ou PSD e PS, coligados.
Eu, assim, coisas importantes, gostava mesmo de ver.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Natal imobiliário na Cova-Gala...



Para ver melhor clicar em cima da ilustração
...apesar de adiado, há-de ser quando o autarca puder!...

Era para ter ido dia 15 passado, segunda-feira, a votos na reunião de Câmara...
Por imponderáveeis, “foi retirado da agenda da sessão camarária, nesse dia, pelo eng. Duarte Silva...”
Sendo assim, já não foi dia 22 à Assembleia Municipal ...
Mas, como no calendário, o Natal acontece todos os anos ("uma das mais significativas alterações introduzidas ao Plano de Urbanização da Figueira da Foz (PUFF), na proposta agora em discussão pública, é a reclassificação, como solo urbanizável, do sector da Zona Industrial da Gala a norte da EN 109 . Este sector é designado por “Unidade de Zonamento” 28 (UZ 28) . No PU ainda em vigor, no artigo 47º do seu Regulamento, aqueles terrenos estão incluidos no “Espaço Urbanizável para fins industriais “ designado por UZ 19.
O artigo 65º do Regulamento agora proposto fixa os parâmetros urbanísticos do aproveitamento imobiliário a promover. De entre estes parâmetros, cabe destacar :
- indice de construção bruta máximo de 0,7
- os edificios podem ter um máximo de 7 pisos!...;
- se houver alguém que queira construir por lá uma espectacular unidade hoteleira (quem diz uma, diz várias, porque não?...) , poderá fazê-la com qualquer coisa como 17 ou 18 pisos...
Em linguagem de pão-pão-queijo-queijo, o que se propõe, fundamentalmente, é que fique permitida “uma operação urbanística” nos terrenos classificados como de uso industrial, do antigo e agora encerrado estabelecimento industrial Alberto Gaspar SA . De caminho, a UZ 28 passa também a incorporar os terrenos de outras instalações industriais, umas já desactivadas ( Foztreilas, Mendes & Monteiro...) e um par de outras em acentuado estado de degradação. Se estou bem recordado, este últimos terrenos foram adquiridos, nos finais dos anos 70, em regime de direito de superfície, com a finalidade exlusiva de se destinarem à instalação de estabelecimentos industriais.
"), fica a pergunta: Janeiro, próximo, será o mês da solução final?..

domingo, 20 de julho de 2008

Será que estes terrenos estão amaldiçoados?..

O anterior proprietário, a Alberto Gaspar & Cª., Ldª., faliu!...
Agora, a imobiliária espanhola Martinsa-Fadesa, que seria o futuro, vive grandes dificuldades!...
Entretanto, "O fiasco já chegou à Moita."

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Energia eólica na Serra da Boa Viagem, o PDM, os PU´s e a prática do eng. Duarte Silva…

Da NEWSLETTER JULHO 2009 II dos Vereadores do PS, que tive o prazer de receber por email, cito: “sem estudos que suportassem uma decisão séria sobre o assunto, a Câmara apresentou uma proposta da EFACEC para instalação, na Serra da Boa Viagem, de três geradores de energia eólica.
Obviamente que os instrumentos de ordenamento do território (PDM) nada prevêem sobre este tipo de estruturas e, portanto, existe um vazio regulamentar.
Diga-se que a Câmara nem sequer apresentou uma simulação em 3D da situação por forma a se poder aquilatar do impacto visual destes equipamentos, sabendo-se de antemão que serão visíveis a partir da cidade. Da mesma forma, não se sabe o nível de ruído que será emitido e se este será prejudicial às populações.
A proposta da Câmara tem esta redacção singular: “Não havendo ainda uma estratégia definida para a localização de parques eólicos proponho que seja tomada uma decisão sobre a emissão de parecer favorável”.
Os vereadores socialistas votaram a decisão com duas condições: primeira, que os pareceres das diferentes entidades que venham a pronunciar-se sejam positivos; segunda, que a decisão camarária, agora tomada, constitui apenas uma decisão prévia, devendo a autarquia ser chamada de novo a pronunciar-se sobre o assunto.”

Recordo, uma outra situação, esta porventura muito mais grave, onde também "obviamente os instrumentos de ordenamento do território (neste caso o PU) nada previam sobre o tipo de estruturas que lá se pretendiam edificar".
Ou já se esqueceram que neste mandato uma “construtora vendeu apartamentos na Figueira da Foz em terrenos de uso industrial”, os tais terrenos que, em tempos, foram vendidos à Alberto Gaspar para a instalação de uma fábrica, e que após a falência e encerramento da mesma, deviam ter sido reclamados pela autarquia junto dos tribunais, “pois os terrenos são industriais e foram vendidos para esse fim”.
Senhor Presidente e candidato Eng. Duarte Silva: é este um dos “projectos que traçou e que neste mandato não foi possível concluir”?..
E o que é que pensam todos os outros candidatos disto?...

terça-feira, 6 de março de 2007

SERÁ MESMO?


Pereira Coelho, segundo as Beiras: a situação dos trabalhadores está a ser usada como modo de pressionar a câmara a tomar decisões. Por isso, avisa: “recuso–me, terminantemente, a funcionar sob pressão, diria mesmo, até quase sob chantagem”.

É que, segundo o vereador, “alguém já prometeu comprar os terrenos, baseado em supostas decisões da câmara”.

(Um grupo imobiliário espanhol pretende adquirir os terrenos da falida Alberto Gaspar, para urbanização. De momento, porém, os 120 mil metros quadrados em causa ainda estão à espera da revisão do plano urbanístico, pela câmara.)

Notícia completa AQUI.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Desorganização urbana

Foto retirada do facebook, via Isabel Maria Coimbra.

Esta fotografia tem tudo o que se queira: fervor sinalizador (olhai a segurança!), obras (vai uma requalificaçãozinha eleiçoeira?), casario urbano degradado, passeios vedados e intransitáveis (pedimos desculpa pelo incómodo; estamos a melhorar a mobilidade), edificado devoluto (aqui podia morar gente) caindo em ruína (vai uma sandes de pato-bravo?), fachadas antigas abastardadas (a aposta no empreendedorismo) e edificado moderno do melhor gosto (se repararem com atenção lá está o edifício "O Trabalho")... 
Tudo o que se queira. Do melhor da civilização urbana.
A Figueira está entregue aos bichos há muitos anos... E a periferia que se cuide:  atenção aos terrenos da antiga Alberto Gaspar & Cª. Ldª...
Olhar para a Figueira, em 2021, chega a ser doloroso! A  sucessão de crimes,  desde Buarcos ao Cabedelo, passando pela Rua dos Combatentes, é qualquer coisa de chocante e revoltante.
Sinceramente, perdi a esperança de algum dia ver melhoras. Isto é a  barbárie. Aquela visita de ontem ao reino do "breve" em estilo motard, acabou com o resto...
Em verdade vos peço. Em 2021, tentem evitar carreteiras que levem às urnas. Senão estiveram atentos, será a a própria barbárie que vão caucionar.