Na última reunião da Assembleia Municipal, em resposta a uma abordagem do deputado Carlos Monteiro, do PS, sobre os terrenos da Alberto Gaspar, Duarte Silva revelou "que apresentou uma proposta alternativa, mas ainda não obteve resposta".
O processo, ao que parece, esbarra no Plano de Urbanização, o tal que era urgente, o tal que tinha de ser aprovado até Dezembro passado, mas que ainda não foi a sessão de câmara para ser sujeito à votação dos vereadores: o valor a pagar pelo promotor espanhol Fadesa, para além do que já pagou, depende de um índice de construção, que só pode ser aprovado após a revisão do referido plano. Quer dizer, uma coisa condiciona a outra e vice-versa.
Entretanto, já foi solicitada a insolvência da empresa. Duarte Silva, agora, de harmonia com o que li no diário as Beiras de ontem, “não descarta a possibilidade de vir a exigir a reversão dos terrenos da antiga transformadora de madeira Alberto Gaspar.”
Se se sabe que essa reversão é possível - e como o que está em causa é a defesa dos interesses do concelho da Figueira da Foz – fica a pergunta: o que tem inibido o eng. Duarte Silva?
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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