terça-feira, 16 de abril de 2024

A cassete de Ferraz da Costa, o 1º Presidente da CIP...

"A CIP organizou um Congresso nos dias 21 e 22 de Fevereiro na Alfândega do Porto sob o lema “Pacto Social. Mais Economia para todos” com a participação de especialistas do PSD, PS e independentes, para responder a 6 questões: 1) O que está em jogo nestas eleições; 2) Como fazer crescer Portugal; (3) Como reter talento em Portugal; 4) A competitividade regional multiplica o crescimento? 5) Menos impostos, mais economia? 6) É possível aumentar salários sem aumentar a produtividade? Perguntas pertinentes para uma resposta simples: sim, tudo é possível à custa do orçamento de Estado e dinheiro dos contribuintes, do bem estar da maioria dos portugueses e de maior exploração dos trabalhadores! 

O que ficou inscrito no Programa Eleitoral do PSD agora vertido em Programa do Governo ADA lenga-lenga está toda na resposta da CIP à 6ª Pergunta: “Os salários em Portugal são baixos. (reconhecerem tal é um passo em frente!) A questão que se coloca é a de como aumentar de forma sustentável os salários sem prejudicar a competitividade (erro:queriam dizer lucro) das empresas e o seu futuro. Temos de criar mais riqueza para a poder distribuir (Oh, há quanto tempo não ouvíamos tal prece!). A resposta está no aumento da produtividade, com concentração de recursos (de quem?) em políticas públicas (Ah, os do Estado!) com estratégia económica, mas (cautela!) sem dirigismos económicos que interfiram nas decisões que cabem às empresas (Oh senhores, quem manda é quem paga, já dizia a Drª M. F. Leite)"... 
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Choque fiscal no IRS, uma promessa escrita na água

 Via Jornal Público

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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Brenha sente-se intimidada e ameaçada...

Via Diário as Beiras
«Brenhenses vivem em clima de “medo e insegurança”

A luta pela hegemonia nas direitas está ao rubro...

A vingança serve-se fria e num prato irrevogável

Os ideais de Abril

Coronel Carlos de Matos Gomes, escritor e antigo militar, no Diário de Notícias.

"O 25 de Abril era um movimento social que pretendia justiça social, agregar as pessoas em torno dos mesmos valores. Ora, a sociedade de hoje é a do indivíduo isolado, atomizado. O individualismo está a destruir os ideais de uma vida coletiva de justiça, cooperação, contrato social, aceitação do outro. O que estamos a assistir é a cada um defender o seu território e a juntar-se aos outros para destruir os que estão organizados. O neoliberalismo atual é claramente a negação do que o 25 de Abril propunha, mas também as revoluções do século XX eram o contrário do que foi a Revolução Francesa. Não podemos prever o futuro, mas neste momento há uma oposição entre a civilização de hoje e o modo de vida que o 25 de Abril propunha."

Parede na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa...

Daqui. 

Uma imagem vale mais do que mil palavras...

Nota de rodapé: Paulo Otero defende a família tradicional como um "santuário da vida"

Teve a merecida resposta.

Alívio no IRS? Luís Marques Mentes: Montenegro mentiu, não foi ambíguo e foi claro

Luís Marques Mendes afirmou ontem na SIC  que o Executivo de Luís Montenegro "não mentiu", mas também não foi claro. Criou e alimentou a ambiguidade.

Tal como fez Luís Marques Mendes, a tentar dourar a pílula ("no primeiro casinho da era Montenegro, o Governo não esteve bem"), as esfarrapadas explicações para evitar o mais possível de danos ao Governo e a Montenegro, face à denúncias entretanto feitas, arrasam-se de uma forma muito simples.

Perguntando simplesmente isto: porque é que, em vez de andarem a falar de 1.500 milhões, não falaram antes e só de 200 milhões?

Como explica Filipe Tourais, «Pedro Nuno Santos apontou o embuste. 

O “choque fiscal” em sede de IRS, aquela que foi apresentada por Luís Montenegro como a principal medida da sua governação e alegada  sucedânea dos aumentos salariais que o PSD também põe  à espera  da chegada da fada da produtividade, afinal apenas acrescentará cerca de 200 milhões à redução de 1327 milhões já em vigor, inscrita em Orçamento pelo Governo anterior. A revelação  do novo Ministro das Finanças em directo no telejornal da noite passada não deixa de ser uma originalidade. Montenegro andou a fazer campanha e a conquistar votos a vender medidas do principal adversário como sendo suas. 

De facto, Montenegro coloca o país perante uma enorme impostura, de sua exclusiva responsabilidade e autoria. Mas também podemos olhar para a trapaça como elogio, porventura o maior que António Costa recebeu do sucessor até agora. 

Sempre que a governação muda de cor e, apesar das animadas discussões para consumo mediático,  o  sucessor prolonga no tempo o essencial das medidas do antecessor, o elogio está lá, no meio do amontoado de coincidências plenas que as teatralizações de ambos transformem nas mais estridentes diferenças. Estas produções valem o que valem e não passam de espectáculo. 

Infelizmente, os foguetórios não melhoram a vida a ninguém.»

E se a moda pegasse e a praia fosse interditada a azêmolas na zona do Cabo Mondego?..

Ao que conseguimos apurar o jerico terá fugido do seu abrigo, próximo da «Colina do Elétrico». Talvez, por estar muito calor, ser domingo e haver muitos generosos biquinis pela zona, fez como outros fazem: dirigiu-se até à beira mar, na zona do Cabo Mondego, ao final da tarde.
Aprecebendo-se  que a estrada tinha demasiado trânsito (chamem-lhe asno!..) o jumento, seguiu pelo passeio até ao Tucano Beach Bar.
Entretanto, chegaram os Bombeiros sapadores da Figueira da Foz e resolveram o problema: imobilizaram o burro e entregaram-no ao dono.
Hoje, este asno, ao contrário de outros que o fazem habitualmente, é notícia no Diário as Beiras, por ter ido dar uma "espreitadela" até à beira mar figueirense!
Na Figuiera, pode-se ser burro, besta, asno, burrinho, jerico, jumento, macho.
Não se pode é ter a fama...

domingo, 14 de abril de 2024

Simone de Beauvoir nunca provocou grandes empatias e foi sempre objecto de discussões sem fim sobre a sua importância relativa quando comparada com a de Sartre...

«A vida não é uma coisa que se tenha, mas sim algo que passa», disse Simone de Beauvoir que morreu em 14 de Abril de 1986, com 78 anos. 

Montenegro, um estado de graça maior do que o de Santana Lopes

 Via jornal Público. Ana Sá Lopes

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Da série grandes primeiras páginas (continuação)

Capa do Expresso, edição de 12 de Abril de 2024

"... o diabo está nos títulos, que é o que a maior parte das pessoas leem."


Nota de rodapé: 
"A inventona governamental da descida do IRS", na expressão de Vital Moreira...

André Coelho Lima é uma figura nacional que foi cabeça de lista do PSD por Braga em duas legislativas

"Existe uma direita decente, tem é andado na clandestinidade".
Imagem: daqui

sexta-feira, 12 de abril de 2024

IRS e SMN

"Montenegro fez o anúncio que marcou o primeiro dia de debate do programa de Governo, a descida do IRS já em 2024, mas decisões como as tabelas de retenção ficam para o próximo Conselho de Ministros."

O que falta saber? A anunciada descida de IRS era uma promessa eleitoral, mas depois da tomada de posse, o ministro de Estado e das Finanças alertou para os riscos orçamentais e somaram-se outros avisos para os riscos de desequilíbrio das contas públicas. O primeiro-ministro desfez as dúvidas: a descida de IRS avança mesmo este ano, mas não esclareceu uma primeira dúvida: à descida das taxas, haverá também alterações aos escalões de IRS?

Neste momento, nas televisões por cabo os debates são só sobre o IRS. E o salário mínimo?

O "governo compromete-se a aumentar salário mínimo nacional em linha com inflação e produtividade".

Dizer isto,  é desconhecer, do ponto de vista técnico, qual é a definição de “Salário Mínimo” e de para que é que este é fixado em algumas sociedades mais evoluídas do ponto de vista social.

O “Salário Mínimo” serve, TECNICAMENTE, para garantir que “alguém com um trabalho a tempo inteiro NÃO vive na miséria”. Se assim é, então o salário mínimo deve ser INDEXADO à INFLAÇÃO (aumento ou decremento do custo de vida) e NUNCA a quaisquer medidas de produtividade.

Lembram-se qual foi o governo "que baixou em Portugal o salário mínimo"?

Pois foi o governo de Passos Coelho e Paulo Portas que, em Setembro de 2012, baixou  salário mínimo, pela primeira vez, desde que foi criado. Esta foi uma consequência directa do aumento da taxa social única (TSU) em sete pontos percentuais, que se aplica a todos os trabalhadores de forma indiferenciada. 

Esta medida afectou cerca de 10% das pessoas que trabalham por conta de outrem. Na altura, o salário líquido bruto era de 485 euros. Líquido, deduzido da taxa social única de 11%, ficava em 431,65 euros. Passando esta taxa para os 18%, o salário mínimo líquido passou para 397,7 euros.

Tudo foi tratado por igual pelo governo PSD/CDS em Setembro de 2012: um trabalhador que ganhava cinco mil euros por mês, foi tratado da mesma maneira que um desgraçado que ganhava o ordenado mínimo. Brilhante

Como escreve Carmo Afonso hoje no Público, "vão aumentar o salário mínimo nacional porque o futuro será extraordinário...

É fundamental atentar no que diz o programa do governo sobre o aumento do SMN. Dizer que o objectivo do governo é aumentar o SMN é como dizer que o objectivo dos trabalhadores é que o SMN aumente. Não vincula ninguém a coisa alguma."

Ontem ouvimos Miranda Sarmento falar da relação entre o aumento do SMN e crescimento económico.

Isto é muito preocupante. "Os 900 mil trabalhadores que ganham o SMN, podem ir buscar um banquinho para esperarem sentados."

Miranda Sarmento, agora ministro das Finanças, desde Outubro de 2021 certamente que não mudou. Lembram-se dele? O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considerava que o  aumento do salário mínimo devia ser "substancialmente inferior" ao que tem sido admitido, que colocaria a fasquia nos 705 euros no próximo ano, isto é, em 2022.

"Dizer que o objectivo do Governo é aumentar o SMN é como dizer que o objetivo dos trabalhadores é que o SMN aumente. Não vincula ninguém a coisa alguma."

A memória é tão curta na Figueira...

Imagem via Diário as Beiras. Para ler melhor clicar na imagem.

Recordo algo que escrevi na edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA

"Na Figueira, em 2021 e anos seguintes, concorde-se ou não, a vida política vai passar por políticos como Santana Lopes - aqueles que sabem aproveitar as oportunidades pessoais. 
Santana sempre foi mestre a aproveitar as falhas dos chamados "notáveis", que desprezam num partido enraizado no povo, os militantes. Os "baronetes" das concelhias e das distritais, têm de si próprios e da sua importância uma ideia desproporcionada do peso real que lhes é dado pela máquina partidária dum partido com Povo, como é o PSD. 
Sem esquecer que na "elite" local há quem se oponha, não me admirará que o verdadeiro "proprietário" do PSD Figueira, nos próximos tempos, venha a ser, não alguém que defenda a aproximação a Santana, mas, ainda que por interposta pessoa, o próprio Santana Lopes. E Santana Lopes, se assim o quiser, nem vai precisar de tornar a ser militante do PSD... 
Acham estranho? Lembram-se o que aconteceu ao PS depois de 2009? O PS Figueira passou a partido municipalista liderado por João Ataíde, que nunca foi militante socialista. Para o PSD Figueira, o comboio de amanhã já passou há semanas. 
Ventos e marés podem contrariar-se, mas há muito pouco a fazer contra acontecimentos como o que aconteceu ao PSD Figueira nas autárquicas 2021. Em 2021, que saída tem um PSD Figueira confrontado com uma escolha entre a morte por asfixia ou por estrangulamento? 
Resta Santana Lopes, um político que, como ficou provado na anterior passagem pela Figueira, continua em campanha eleitoral, mesmo depois de ter ganho as eleições?"

Portanto, Ricardo Siva (e quem está acima dele...) apenas conseguiu atrasar o percurso natural do processo político em curso na Figueira alguns anos. 
Como escrevi na minha página no facebook, a aproximação do PSD ao presidente da autarquia, “foi uma questão que acaba por ser natural”. Isto, porque “houve um plenário de militantes em que foi aprovada, por unanimidade, uma moção sobre essa aproximação”.
Não foi isso que acabou por acontecer na sexta-feira, dia 2 de Junho de 2023, com a cooptação de Ricardo Silva por Santana Lopes, o único vereador que os 10,83% conseguidos pelo PSD/Figueira, em Setembro de 2021, permitiu eleger?
Imaginemos que o vereador cooptado por Santana Lopes não era Ricardo Silva, número dois na lista, mas Pedro Machado, que foi quem, efectivamente, foi eleito, ou o número 3, 4, 5, 6, que já nem lembro quem foram, não seria isto que todos pensariam?
Portanto, o problema da equação é - e continua?..., a ser apenas, um: Ricardo Silva e o passado que o vai perseguir para o resto da vida.

A beleza está na simplicidade.
Pensar simples não é para todos.
E a memória é tão curta na Figueira...
Na passada quarta-feira, no Dez & 10, quase 3 anos depois, vejo que a minha análise de Novembro de 2021 sobre o futuro da Figueira está a confirmar-se em plenitude.
Em Setembro de 2025 teremos mais um capítulo.

O momento...

«Esqueçam "esquerda" e "direita", "progressistas" e "reaccionários", "radicais" e "moderados": na actual fase rastejante do combate político, tudo se passa entre figurões "arrogantes" e mansos devotos da "humildade" - o chamado grau zero da actividade cerebral