terça-feira, 16 de abril de 2024
A cassete de Ferraz da Costa, o 1º Presidente da CIP...
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Os ideais de Abril
Coronel Carlos de Matos Gomes, escritor e antigo militar, no Diário de Notícias.
"O 25 de Abril era um movimento social que pretendia justiça social, agregar as pessoas em torno dos mesmos valores. Ora, a sociedade de hoje é a do indivíduo isolado, atomizado. O individualismo está a destruir os ideais de uma vida coletiva de justiça, cooperação, contrato social, aceitação do outro. O que estamos a assistir é a cada um defender o seu território e a juntar-se aos outros para destruir os que estão organizados. O neoliberalismo atual é claramente a negação do que o 25 de Abril propunha, mas também as revoluções do século XX eram o contrário do que foi a Revolução Francesa. Não podemos prever o futuro, mas neste momento há uma oposição entre a civilização de hoje e o modo de vida que o 25 de Abril propunha."
Parede na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa...
Uma imagem vale mais do que mil palavras...
Nota de rodapé: Paulo Otero defende a família tradicional como um "santuário da vida".Alívio no IRS? Luís Marques Mentes: Montenegro mentiu, não foi ambíguo e foi claro
Luís Marques Mendes afirmou ontem na SIC que o Executivo de Luís Montenegro "não mentiu", mas também não foi claro. Criou e alimentou a ambiguidade.
Tal como fez Luís Marques Mendes, a tentar dourar a pílula ("no primeiro casinho da era Montenegro, o Governo não esteve bem"), as esfarrapadas explicações para evitar o mais possível de danos ao Governo e a Montenegro, face à denúncias entretanto feitas, arrasam-se de uma forma muito simples.
Perguntando simplesmente isto: porque é que, em vez de andarem a falar de 1.500 milhões, não falaram antes e só de 200 milhões?
Como explica Filipe Tourais, «Pedro Nuno Santos apontou o embuste.
O “choque fiscal” em sede de IRS, aquela que foi apresentada por Luís Montenegro como a principal medida da sua governação e alegada sucedânea dos aumentos salariais que o PSD também põe à espera da chegada da fada da produtividade, afinal apenas acrescentará cerca de 200 milhões à redução de 1327 milhões já em vigor, inscrita em Orçamento pelo Governo anterior. A revelação do novo Ministro das Finanças em directo no telejornal da noite passada não deixa de ser uma originalidade. Montenegro andou a fazer campanha e a conquistar votos a vender medidas do principal adversário como sendo suas.
De facto, Montenegro coloca o país perante uma enorme impostura, de sua exclusiva responsabilidade e autoria. Mas também podemos olhar para a trapaça como elogio, porventura o maior que António Costa recebeu do sucessor até agora.
Sempre que a governação muda de cor e, apesar das animadas discussões para consumo mediático, o sucessor prolonga no tempo o essencial das medidas do antecessor, o elogio está lá, no meio do amontoado de coincidências plenas que as teatralizações de ambos transformem nas mais estridentes diferenças. Estas produções valem o que valem e não passam de espectáculo.
Infelizmente, os foguetórios não melhoram a vida a ninguém.»
E se a moda pegasse e a praia fosse interditada a azêmolas na zona do Cabo Mondego?..
Aprecebendo-se que a estrada tinha demasiado trânsito (chamem-lhe asno!..) o jumento, seguiu pelo passeio até ao Tucano Beach Bar.
Entretanto, chegaram os Bombeiros sapadores da Figueira da Foz e resolveram o problema: imobilizaram o burro e entregaram-no ao dono.
Hoje, este asno, ao contrário de outros que o fazem habitualmente, é notícia no Diário as Beiras, por ter ido dar uma "espreitadela" até à beira mar figueirense!
Na Figuiera, pode-se ser burro, besta, asno, burrinho, jerico, jumento, macho.
Não se pode é ter a fama...
domingo, 14 de abril de 2024
Simone de Beauvoir nunca provocou grandes empatias e foi sempre objecto de discussões sem fim sobre a sua importância relativa quando comparada com a de Sartre...
«A vida não é uma coisa que se tenha, mas sim algo que passa», disse Simone de Beauvoir que morreu em 14 de Abril de 1986, com 78 anos.
Da série grandes primeiras páginas (continuação)
Capa do Expresso, edição de 12 de Abril de 2024
"... o diabo está nos títulos, que é o que a maior parte das pessoas leem."
Nota de rodapé:
sábado, 13 de abril de 2024
sexta-feira, 12 de abril de 2024
IRS e SMN
O que falta saber? A anunciada descida de IRS era uma promessa eleitoral, mas depois da tomada de posse, o ministro de Estado e das Finanças alertou para os riscos orçamentais e somaram-se outros avisos para os riscos de desequilíbrio das contas públicas. O primeiro-ministro desfez as dúvidas: a descida de IRS avança mesmo este ano, mas não esclareceu uma primeira dúvida: à descida das taxas, haverá também alterações aos escalões de IRS?
Neste momento, nas televisões por cabo os debates são só sobre o IRS. E o salário mínimo?
O "governo compromete-se a aumentar salário mínimo nacional em linha com inflação e produtividade".
Dizer isto, é desconhecer, do ponto de vista técnico, qual é a definição de “Salário Mínimo” e de para que é que este é fixado em algumas sociedades mais evoluídas do ponto de vista social.
O “Salário Mínimo” serve, TECNICAMENTE, para garantir que “alguém com um trabalho a tempo inteiro NÃO vive na miséria”. Se assim é, então o salário mínimo deve ser INDEXADO à INFLAÇÃO (aumento ou decremento do custo de vida) e NUNCA a quaisquer medidas de produtividade.
Lembram-se qual foi o governo "que baixou em Portugal o salário mínimo"?
Pois foi o governo de Passos Coelho e Paulo Portas que, em Setembro de 2012, baixou salário mínimo, pela primeira vez, desde que foi criado. Esta foi uma consequência directa do aumento da taxa social única (TSU) em sete pontos percentuais, que se aplica a todos os trabalhadores de forma indiferenciada.
Esta medida afectou cerca de 10% das pessoas que trabalham por conta de outrem. Na altura, o salário líquido bruto era de 485 euros. Líquido, deduzido da taxa social única de 11%, ficava em 431,65 euros. Passando esta taxa para os 18%, o salário mínimo líquido passou para 397,7 euros.
Tudo foi tratado por igual pelo governo PSD/CDS em Setembro de 2012: um trabalhador que ganhava cinco mil euros por mês, foi tratado da mesma maneira que um desgraçado que ganhava o ordenado mínimo. Brilhante.
Como escreve Carmo Afonso hoje no Público, "vão aumentar o salário mínimo nacional porque o futuro será extraordinário...É fundamental atentar no que diz o programa do governo sobre o aumento do SMN. Dizer que o objectivo do governo é aumentar o SMN é como dizer que o objectivo dos trabalhadores é que o SMN aumente. Não vincula ninguém a coisa alguma."
Ontem ouvimos Miranda Sarmento falar da relação entre o aumento do SMN e crescimento económico.
Isto é muito preocupante. "Os 900 mil trabalhadores que ganham o SMN, podem ir buscar um banquinho para esperarem sentados."
Miranda Sarmento, agora ministro das Finanças, desde Outubro de 2021 certamente que não mudou. Lembram-se dele? O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considerava que o aumento do salário mínimo devia ser "substancialmente inferior" ao que tem sido admitido, que colocaria a fasquia nos 705 euros no próximo ano, isto é, em 2022.
"Dizer que o objectivo do Governo é aumentar o SMN é como dizer que o objetivo dos trabalhadores é que o SMN aumente. Não vincula ninguém a coisa alguma."
A memória é tão curta na Figueira...
Imagem via Diário as Beiras. Para ler melhor clicar na imagem.
Recordo algo que escrevi na edição do mês de Novembro de 2021 na Revista ÓBVIA: