quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Zé Penicheiro não é um artista qualquer

Zé Penicheiro nasce na aldeia beirã de Candosa, Tábua, mas a partir dos 2 anos passa a viver na Figueira da Foz. Em 30 de Junho de 1978, em entrevista que na altura deu ao semanário “barca nova” dizia o artista: “ter nascido em Candosa foi um mero acidente. Considero-me figueirense de raiz, tão novo para aqui vim”.

Filho de um carpinteiro, de ascendência humilde, as dificuldades económicas impossibilitam-no de seguir qualquer curso de Artes Plásticas ou Belas Artes.
Como habilitações literárias “tenho apenas um diploma oficial: o da instrução primária. Frequentei é certo a Escola Comercial e a Academia Figueirense, mas quedei-me por aí, pela curta frequência. Tenho é uma larga experiência da Universidade da Rua, onde aprendi tudo quanto sei e onde conheci as figuras que têm inspirado toda a minha obra”, disse ainda Zé Penicheiro em discurso directo, em 1978, ao extinto semanário figueirense citado acima.
Inicia a sua carreira artística como caricaturista e ilustrador.
Colabora em diversas publicações: jornais do Porto, Lisboa e província, "Primeiro de Janeiro", "A Bola", "Os Ridículos", "O Sempre Fixe", "A Bomba" “barca nova” e outros, publicam os seus "cartoons" de humor.
Criador duma expressão plástica original, que denomina de "Caricatura em Volume", inicia o seu ciclo de exposições, nesta modalidade, a partir de 1948.
António Augusto Menano, Poeta e Escritor Figueirense, em artigo publicado em 18 de Outubro de 2001, no jornal Linha do Oeste traça um esboço escrito sobre o Zé:
“A arte é indivisível de quem a produz, da acção do artista, da sua invenção criadora. A obra de Zé Penicheiro, a sua forma, o modo como se desenvolve artisticamente, traduz o seu diálogo com a matéria”.
E mais adiante: “Zé Penicheiro é memoralista, um moralista, um comprometido. Faz-nos recordar tipos arquétipos de actividades quase desaparecidas numa escrita sobre a pureza estética, que estará patente em toda a sua obra. Compromete-se, está ao lado dos mais fracos, do povo, retrata-os, mostra-os como se de uma “missão” se tratasse, obrigação profunda de retorno às raízes, outra forma de pintar a saudade”.
E a terminar o artigo, escreve António Augusto Menano:
“Mas a arte de Zé Penicheiro não esquece o lugar. Os lugares: a infância, as praias, as planícies, as serras, e as cidades da sua vida, “diálogo” de que têm surgido algumas das sua melhores obras.
Nesta sociedade pós industrial, da informática e do virtual, Zé Penicheiro mantém-se fiel aos seus “calos”, que está na base de um percurso tão “sui generis”.
Zé Penicheiro, a Universidade da Rua na origem de um Artista.
Os bonecos, o nanquim, o guache, o óleo – uma vida inteira a retratar as alegrias e tristezas de um povo admirável.
Que é o nosso!

Não foi a manhã de nevoeiro que o trouxe, foi um submarino

Pedro Marques Lopes
"A nossa capacidade de nos desmerecermos já vem de longe, mas continua bem viva. Adoramos um herói, provavelmente mais porque ele prova que somos fracos do que pelas suas qualidades; e como fracos (os outros, claro, que eu cá sou muito trabalhador e tudo), precisamos de quem nos guie, de quem nos obrigue a trabalhar, de quem nos imponha disciplina. 
Continuamos a ter uma vontade de desprezar os sucessos obtidos como comunidade para atribuí-los a um herói que a tudo se deve, como se fôssemos incapazes de realizar as coisas em conjunto, como se tudo o que se alcança na comunidade fosse fruto de um ser inspirado e abençoado. E se ele nos falar grosso, mostrar que tem mão firme e se se puser num pedestal, acorremos todos a pedir para levarmos o andor. Se, além disso, disser mal dos nossos representantes, torna-se divino. 
Lá está, o vice-almirante é que nos conhece: queremos liderança. O problema é que não é, de facto, dessa liderança que nós precisamos, mas isso digo eu."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

A nova ponte deveria ter duas faixas de rodagem? (2)

 Via Diário as Beiras

Em Maiorca foi encontrado numa poça de sangue, o corpo de um homem"...

Via Correio da Manhã: "Homem morto à porta de casa em ajuste de contas na Figueira da Foz. PJ recolheu provas na casa e inquiriu vizinhos. Há vários cenários em aberto."

BE: no anterior mandato, «foi "muleta" autárquica, objectiva e sem pudor de ficar a constar em placas balofas de certas inaugurações»...

Na placa está bem visível o nome de Pedro Oliveira, eleito do BE nas eleições autárquicas de 2021 para Buarcos e São Julião.
O BE em Buarcos e São Julião, Marinhas das Ondas e Assembleia Municipal foi a "muleta" do PS entre 2017 e 2021.
Na campanha para as eleições de 26 de Setembro de 2021, o desempenho de Rui Curado da Silva, dispensa comentários: falou por si.

Ontem, numa postagem a propósito das iluminações de Natal coloquei esta questão:
BE Figueira vive num mundo à parte?
Este ano, diga-se em abono da verdade, em parte ainda por uma deliberação tomada pelo anterior executivo, o Município figueirense investiu, nas iluminações de Natal 120.276,65€ (IVA incluído), um acréscimo de 4.612,5€, comparativamente a 2020. 
Antes das eleições de 26 de Setembro de 2021, se bem lembro, já tinham tido início os trabalhos para instalar as iluminações do Natal de 2021.
Tudo isto é do conhecimento público. Pelos vistos, a acreditar o que li hoje no Diário de Coimbra, menos do BE na Figueira da Foz, aliás diga-se em abono da verdade, entre 2017 e 2021, compagnon de route do PS autárquico Figueira, nas freguesias da Marinha das Ondas e Buarcos e São Julião e Assembleia Municipal da Figueira da Foz...
Agora, fora do tempo e do espaço, vêm com isto para 2022!..

Sobre este assunto OUTRA MARGEM não tem lições a receber de ninguém, inclusivamente do Bloco de Esquerda na Figueira da Foz e, muito menos, do senhorito Rui Beja.
Em 6 de novembro de 2010, quando a Câmara Municipal da Figueira não tinha dinheiro nem para fazer cantar um cego - quem apoiava então o senhorito Rui Beja? - já OUTRA MARGEM questionava:
“No caso da Figueira da Foz, vai a sua Câmara Municipal continuar a pagar iluminações de Natal e Ano Novo?”.
Para não ser maçador, por exemplo em 3 de Dezembro de 2016, OUTRA MARGEM publicava:
João Ataíde, presidente da CM Figueira da Foz, inaugurou ontem à tarde, pelas 17horas e 30 minutos, a iluminação decorativa de Natal na cidade.
A rotunda da A14 (Pórtico), Rotunda dos Bombeiros Voluntários, Rua da República, Rua 5 de Outubro, Rua Bernardo Lopes, Rua Cândido dos Reis, Avenida 25 de Abril, praça do Forte, Praça de Santa Catarina, Muralhas de Buarcos, Torre do Relógio, Praça Ladesma Criado, Praça Luís Albuquerque, Rua da Liberdade e Jardim Municipal são os locais que vão estar iluminados nesta quadra festiva, um investimento que custou 38 mil euros à Câmara da Figueira da Foz, mais 19 mil do que o ano passado.

Mas, há sempre, quem sendo autarca, pense numa forma diferente de comemorar o Natal.
"Freguesia de Belém, em Lisboa,  troca luzes de Natal por ajuda a famílias carenciadas
Desde 2012 que a freguesia prescinde da iluminação de Natal para poupar 50 mil euros

A freguesia de Belém, em Lisboa, volta este ano a estar sem iluminações de Natal para prosseguir a ajuda anual a mais de 200 famílias carenciadas".

Em 24 de Novembro de 2016, OUTRA MARGEM alertava:
"Até meados de novembro, o portal base.gov já publicou 928 ajustes diretos das 17 autarquias do distrito de Coimbra.
Olhando para anos anteriores, o número de “contratos” deverá ser superior ao milhar quando acabar o ano, já que até agora ainda não foram publicados os contratos relativos, por exemplo, às iluminações de Natal nem às tradicionais animações de Fim de Ano em alguns dos concelhos.
Olhando para a sua dimensão, Coimbra e Figueira da Foz são os municípios onde se registam um maior número de contratos adjudicados e, consequentemente, um maior valor envolvido." - Via AS BEIRAS.

Em 23 de Outubro de 2020, OUTRA MARGEM postava.
Sou pouco de elogiar. Mas, de vez em quando lá vai: ainda bem que temos um executivo camarário que gosta de desafios verdadeiramente desafiantes e não é um mero apontador de problemas. Ainda bem que, com os meios escassíssimos que tem, labuta quotidianamente para fazer o seu melhor no campo da promoção da agitação e propaganda (não esquecer que em outubro de 2021 há eleições autárquicas...). 
Com mais alguns políticos, assim, e há muitos, em vários cantos do território figueirense, dá para resgatar um pouco de ânimo e de fé neste concelho.

Numa cidade onde é sempre Carnaval, que não tem transportes colectivos em condições durante todo o ano, mas  tem «o comboio de Natal e de São João, cuja utilização é gratuita, a circular por diversas artérias da cidade», não era de esperar do Bloco de Esquerda e do senhorito Rui Beja algo mais do que a mera prestação de espectadores comodamente instalados na bancada do poder socialista?
OUTRA MARGEM, conforme pode ser comprovado clicando aqui esteve sempre atento, crítico e actuante.
O Bloco de Esquerda e o senhorito Rui Beja podem provar o mesmo?


Perfeitos, nós?.. 
Claro que não... 
Mas, já fomos mais imperfeitos...
A sério. 
Que clima temos na Figueira! Que bem que se come! Que bom e barato é o vinho! Que bem escrevem os nossos prémios Leya! A quantidade de queijos franceses que já se podem comprar nos supermercados figueirenses!..
Estou a falar a sério!
As belezas da nossa terra!
As praias!.. Então o Cabedelo está maravilhosa!..
Que simpáticas são as pessoas! 
Desculpem, mas começa a ser inegável: é que não se está nada mal na Figueira.
Eu sei que já estive mais insatisfeito...
Na Figueira é sempre carnaval. Resta-me, aguentar e cara alegre. O que não tem remédio, remediado está!
Há muitos anos que percebi que rir é o melhor remédio. 
Mas, se porventura,  os prezados leitores notarem que vos estou a contagiar com esta doença, aconselho-vos a consultar um especialista.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Poupanças fofinhas à direita...

Jornal Público, edição de 28 de Dezembro de 2011

Para ver melhor clicar na imagem

A indústria do medo

by Carlos Garcez Osório 

"As notícias que compõem a imagem deste post não são muito fáceis de descobrir. Estão disponíveis, mas não fazem “parangonas”. Porquê?

O ano passado, muito mais importante que o número de infectados, eram os valores relativos a internados e a óbitos. Este ano, é exactamente o contrário.  Porquê? 

A quem convém manter um povo mal informado e em constante pânico? 
Parece óbvio que a variante dominante (omicron) é muito mais infecciosa, mas menos letal. Basta ver os números para perceber que a sua gravidade é bastante menor que a da gripe sazonal. E em tempos da mera gripe nunca ninguém se lembrou ou sequer imaginou impor este tipo de restrições à liberdade. 

Mas o pior de tudo é este medo propagandeado e quase unanimemente aceite. Quase toda a gente concorda com as restrições e (que jeito que dá à “pequenez” humana) sobe ao pedestal para exigir comportamentos aos outros. 

Tudo em nome de uma “responsabilidade” que ultrapassa muito a prudência e a consciência e se aproxima do zelotismo. Os paradigmas são o medo e a submissão.

Eu não peço que concordem comigo. Apenas peço que pensem. Por vós próprios."

A nova ponte deveria ter duas faixas de rodagem?

Via Diário as Beiras

BE Figueira vive num mundo à parte?

Este ano, diga-se em abono da verdade, em parte ainda por uma deliberação tomada pelo anterior executivo, o Município figueirense investiu, nas iluminações de Natal 120.276,65€ (IVA incluído), um acréscimo de 4.612,5€, comparativamente a 2020. 
Antes das eleições de 26 de Setembro de 2021, se bem lembro, já tinham tido início os trabalhos para instalar as iluminações do Natal de 2021.
Tudo isto é do conhecimento público. Pelos vistos, a acreditar o que li hoje no Diário de Coimbra, menos do BE na Figueira da Foz, aliás diga-se em abono da verdade, entre 2017 e 2021, compagnon de route do PS autárquico Figueira, nas freguesias da Marinha das Ondas e Buarcos e São Julião e Assembleia Municipal da Figueira da Foz...
Agora, fora do tempo e do espaço, vêm com isto para 2022!..

Deus é aquela máquina: escreveu certo por linhas tortas...

A sofisticação, sempre acreditei, é uma necessidade dos básicos...

Cabedelo: quem "obra" assim merece ser reconhecido como grande político.

 Vídeo António Agostinho

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Uma realidade ignorada pelos políticos: um País vazio...

A aldeia de um homem só. “Desapareceu tudo, saíram todos, faleceram os meus pais… fiquei eu” – reportagem de Artur Cassiano.

É o último habitante de Casas da Serra, aldeia na serra do Barroso, em Boticas. A "luz" só chegou em 2009, a água ainda é da fonte, o aquecimento é da "lareira de chão". José Ferreira vive sozinho, desde 2007, na casa centenária de granito e madeira dos avós.

CANCELAMENTO: PROGRAMA DE ANIMAÇÃO - Passagem de Ano

Via Município da Figueira da Foz

"O Município da Figueira da Foz informa que, decidiu cancelar o programa de animação da Passagem de Ano da Figueira da Foz 2021/2022, previsto para o Coliseu Figueirense, em virtude do artista principal, Matias Damásio, ter testado positivo à COVID-19.

O espectáculo pirotécnico, no formato descentralizado, com lançamento em 6 pontos: praias da Leirosa, Costa de Lavos, São Pedro, Figueira da Foz, Buarcos e Quiaios, irá manter-se."

Erosão costeira na freguesia de S. Pedro: o Quinto Molhe é há muitos anos uma enorme preocupação. Os políticos, com estas obras, tornaram o Cabedelo noutra...

Já tínhamos o enorme problema do Quinto Molhe.
Este inverno, como previ em 9 de Abril de 2017, muito antes do início das obras, o Cabedelo tornou-se noutro bico de obra do litoral no nosso concelho.
Como escrevi, já lá vão mais de 4 anos: "longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo está a ser alvo de um atentado ambiental". 
O resultado já está à vista. 
Foto António Agostinho
Tudo foi alertado. Tudo está dito. Agora, o que está feito no Cabedelo, já se viu, apesar de ainda não estar concluído, tem de ser rectificado. Como diz o arquitecto Miguel Figueira"o problema não é se se protege, mas como se protege."
Imagem via Diário de Coimbra

Na Figueira nem tudo está perdido: "o PS pode ser uma excelente força política na oposição"...

O PS foi poder autárquico no nosso concelho e na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, de 2009 a 2021. Nada fez de concrecto neste assunto. Agora na oposição, como se pode ver via Diário de Coimbra, por "iniciativa do PS", propõe-se isto...
Foi preciso o PS ter vindo para a oposição "para dar o primeiro passo efectivo para a desagregação da actual freguesia de Buarcos e São Julião"!..

Por continuar actual, recordo uma postagem OUTRA MARGEM de 23 de Junho de 2012: 18, 10 ou apenas 1 freguesias para a Figueira?... A verdadeira questão, quanto a mim, não é essa…

A seguir, cito Silvina Queiroz"Defendo com total convicção a devolução das freguesias às suas populações, revertendo a famigerada “reorganização administrativa do território”, operada em 2013, contra ventos e marés, nas costas dos fregueses e sem ligar peva às suas opiniões!
Mataram-se Brenha, Borda do Campo, a mais jovem, Santana e em S. Julião o método foi similar mas depois “evoluiu” para a manutenção dos dois nomes, com a subalternização da freguesia correspondente à área da sede do concelho em relação a Buarcos, com menor área, menor população e menor importância. Constando esta matéria do Programa de Governo, não se entende por que razão já foi chumbado, também com os votos do PS, em sede de Assembleia de República, um Projecto de Lei que pretendia a devolução das freguesias agregadas e extintas às populações, se essa fosse a sua declarada vontade. Tarda o assunto a voltar a subir a Plenário e espero que isto não seja um jogo de “engonha”, morrendo na casca o pinto! Os fregueses afectados por esta “reorganização” já manifestaram por diversos modos e em diversas sedes que são a favor da reversão. Eu estou com eles, por inteiro!"
Recordo também uma petição que correu na Internet em 2017: «Por Buarcos e São Julião com Freguesias constituídas por órgãos autárquicos e territórios distintos e autónomos».
Pedro Rodrigues Jorge, um dos proponentes da proposta, num texto de opinião que pode ser lido clicando aqui,  defende que “as populações destes diferentes territórios nunca foram auscultados e depende de nós, simples e humildes cidadãos, corrigir tal «crime» praticado sobre a população de São Julião e a população de Buarcos para que possamos devolver a sua identidade social, autonomia territorial e administrativas aos cidadãos de Buarcos e São Julião”.

Recorde-se que na Assembleia Municipal realizada no passado dia 20 do corrente a CDU apresentou uma MOÇÂO que foi aprovada.
«Pela reposição das freguesias “perdidas”
No início da segunda década deste século, por “força” da chamada “Reorganização Administrativa do Território”, A Figueira da Foz perdeu quatro das suas freguesias: S. Julião, Brenha, Santana e Borda do Campo, tendo Vila Verde perdido território.
Desde essa hora que defendemos a reposição das freguesias, desde que auscultadas as populações. Está claro, nesta nova hora, que todas se sentem igualmente injustiçadas e dispostas a lutar pela reversão.
A Lei 39/2021, de 24 de Junho, está a escassos dias de ver cumpridos os 180 dias previstos para a sua entrada em vigor.
É tempo, pois, de a Assembleia Municipal se manifestar sobre esta questão que tanto lesou populações do nosso concelho. Daí que hoje assuma o compromisso de tudo fazer para que sejam ultrapassados os constrangimentos já vertidos na referida Lei. É necessário dar voz à insatisfação das populações envolvidas e respeitar-se a vontade dos cidadãos, procedendo à reposição das freguesias em causa.»

Ainda não é desta que é para «breve»...

OUTRA MARGEM, 23 DE MAIO DE 2019

"De obra em obra, o presidente da câmara afiançou que “em breve” será colocado asfalto na estrada “Enforca cães”, provisoriamente interditada por razões de segurança. Em paralelo, mas mais perto do mar, será aberta uma via pedonal e ciclável, para ligar o concelho, pelo norte e pelo sul, ao resto do país, através de uma via europeia para peões e ciclistas. Incluída naquele via pedonal e ciclável, a autarquia pretende que na ponte que vai ser construída entre Vila Verde e Alqueidão possam também circular viaturas ligeiras. “Com esta ponte e a ligação da “Enforna cães”, estamos a unir mais o concelho”, defendeu Carlos Monteiro."  

Diário de Coimbra, 26 DE DEZEMBRO DE 2021

domingo, 26 de dezembro de 2021

Homenagem ao talento e mérito improváveis: o político do ano em 2021 na Figueira da Foz foi...

Toda a equipa 
ANC-CARALHETE NEWS, responsável pela edição da OUTRA MARgazine, como sabem uma agência profissional, competente, séria e credível!, esteve a consultar exaustivamente os arquivos: não há memória de alguém ter conseguido perder o cargo de presidente de Câmara, nas condições e com as vantagens que Carlos Monteiro tinha à partida para as eleições que tiveram o seu desfecho em 26 de Setembro de 2021. Para perder assim, sublinhe-se, é necessário ter talento e mérito. Aliás, ter mesmo muito talento e imenso mérito. Improváveis.
Se por talento e mérito perdeu, graças ao que fez à Figueira em pouco mais de 2 anos de presidente "por sucessão", sem talento e sem mérito para mostrar em tão pouco tempo a verdade a um eleitorado, regra geral desatento, comodista e pouco esclarecido, imaginem o que não seria a Figueira, fruto da sua governação presidencial, em 2033: daqui a 12 anos, a Figueira seria o desastre perfeito, total e absoluto...
Registe-se, porém: esta homenagem estende-se à equipa que ajudou o homenageado OUTRA MARgazine a ser distinguido como o político do ano 2021 na Figueira da Foz: Ana Carvalho, Mafalda Azenha, Nuno Gonçalves, Diana Rodrigues e (menos) Miguel Pereira. Para além do talento e do mérito de Carlos Monteiro, tudo só foi possível, em pouco mais de 2 anos, porque o trabalho foi executado devidamente caldeado com rigor, disciplina e espírito de grupo de uma equipa genericamente fraquinha e subserviente, comandada ferreamente pelo presidente de Câmara mais "breve" que a Figueira conheceu eleito democraticamente. 
Talento e mérito absoluto, portanto, de Carlo Monteiro. Um desiderato apenas ao alcance de raríssimos eleitos. 
Carlos Monteiro, tem outras qualidades: é teimoso e resiliente. Ainda não desistiu da política, apesar da política, como se viu recentemente, ter desistido dele. Ao volante do mini, viu a camarada Raquel Ferreira ultrapassá-lo. 
Qualquer outro, meteria pé nos travões... 
A vida é a vida e a realidade. O revés do  "homicídio politicamente assistido" não foi ficção. Ocorreu mesmo em  2021 e tem autores:  foi perpetrado pelo voto popular nas eleições do dia 26 de Setembro. 

sábado, 25 de dezembro de 2021

Se ainda fosses vivo no dia de Natal de 2021, como te compreenderia Jesus...

A existência de Jesus Cristo, filho de José e de Maria, é consensual entre a religião e a ciência. 

Teria para aí uns 6 ou 7 anos de idade quando iniciei a minha formação cristã. Aprendi logo que os cristãos defendiam a vida humana - toda e qualquer uma, acima de qualquer outro valor. 
Passados 60 anos, estão na moda as teorias liberais. 
Dizem que o liberalismo se preocupa, acima de tudo, com o indivíduo, abjurando quem os não distingue nas massas dos colectivismos que tudo reduzem a leis deterministas. 
Confesso: nesta manhã do dia de Natal de 2021, na ressaca de uma noite de Natal passada com os mais chegados que ainda podem estar presentes, depois de todos termos testado negativo ao covid-19, espero que me percebam por me sentir baralhado por ver liberais crentes a defender medidas políticas e económicas, baseadas em fórmulas e modelos matemáticos, erguendo tabelas, índices e médias e alegando valores estatísticos acima dos interesses do egoísta conforto da vida humana individual, como que acreditando num darwinismo social e económico da sobrevivência dos mais fortes ou adaptáveis às leis abstractas de um mercado impessoal. 
Confesso, porém, alguma compreensão, quando observo empedernidos materialistas colectivistas preocupados com a dignidade dessa vida humana individual e a defenderem políticas de solidariedade social que visam apoiar toda e qualquer vida. 
Eu sei que Jesus Cristo perceberia tudo isto. Jesus Cristo, se ainda estivesse vivo no dia de Natal de 2021, seria encarado pela sociedade como um utópico esquerdista. 
Como eu te compreenderia Jesus Cristo. Já agora que estou em dia de confissões íntimas, permitam que escreva sem se ofenderem, que me sinto mais cristão do que os que batem no peito e se perdoam a si mesmos com más confissões e ainda piores justificações. 
Continuação de bom dia de Natal para todos.