Esta, foi a lista com que o Partido Socialista concorreu às autárquicas de 2021 na Figueira:
Penso que ninguém acredita que será por muito tempo.
Esta, foi a lista com que o Partido Socialista concorreu às autárquicas de 2021 na Figueira:
Na Figueira inova-se pouco: também na política. Quando apareceu a lei a limitar ao máximo 3 mandatos autárquicos aos presidentes de câmara, os autarcas passaram a sair a meio do último mandato, deixando a presidência da autarquia para um seu delfim.
Foi o que aconteceu no mandato de 2017/2021. O Dr. João Ataíde, em Abril de 2019, foi para Lisboa para ocupar a secretaria de estado do ambiente e Carlos Monteiro, que o acompanhava desde 2009, subiu a presidente de câmara. Nada de novo. O poder é dificílimo de atingir e a passagem de testemunho sem ir a eleições afigura-se o caminho mais curto para assegurar a presidência de uma Câmara. A população, pouco habituada e pouco atenta à transparência dos métodos e pouco exigente no escrutínio, tem dado a vitória a quem assim se comporta. Em Lisboa, António Costa, eleito em 2013, e desejando o governo, trespassou a câmara em 2015, a meio do mandato, a Fernando Medina. Este, em 2017, venceu as eleições, mas perdeu a maioria absoluta governando a partir de então com um acordo de coligação com o Bloco de Esquerda.
Em 2021, sabemos o que aconteceu.
Em Lisboa: Moedas apareceu e ganhou a Câmara a Medina.
Na Figueira, Santana Lopes retirou Carlos Monteiro da presidência. Tanto em Lisboa como na Figueira, os socialistas, até ao último momento, pensaram que governariam nos próximos anos.
A propaganda ajuda a explicar muito do que se passou. Apesar de haver muita gente, muito comentador "independente" a dizer que estava tudo bem, viu-se o resultado no final do dia 26.
Para vencer as eleições autárquicas de 2021 Carlos Monteiro, prometeu tudo e mais um par de galochas. Só que apareceu Santana. E à medida que foi aparecendo Santana, os outros candidatos - em especial Pedro Machado e Carlos Monteiro - foram desaparecendo.
Santana, habituado a ser considerado um cadáver político há muito tempo, fez o seu percurso. No fim do dia 26 aconteceu o que se estava a prever: na Figueira, Pedro Machado e Carlos Monteiro estavam politicamente mortos e só eles é que não sabiam.
Via Diário as Beiras sabemos que, ontem, Santana Lopes e Carlos Monteiro estiveram reunidos cordialmente a preparar a sucessão.
No próximo domingo, os vereadores do executivo camarário eleitos na lista do PS tomam posse como autarcas da oposição. O presidente em exercício regressa ao ensino (é professor na Escola Secundária Joaquim de Carvalho). Por seu lado, a vice-presidente, Ana Carvalho, retoma o seu posto de trabalho no Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (em Coimbra), Nuno Gonçalves poderá vir a ser chefe de gabinete do presidente da Câmara de Montemor-o-Velho (Emílio Torrão) ou trabalhar no sector privado e Mafalda Azenha retoma a sua atividade na área jurídica.
Imagem obviamente sacada daqui |
"Deixo de ser presidente da Câmara, mas continuarei a ser um cidadão figueirense solidário e disponível, para quem considere a minha colaboração útil.
Via Diário de Coimbra
Domingo, 17 de outubro, pelas 15h00. Centro de Artes e Espectáculos.
Notas:Após a compra do empreendimento turístico Costa Terra à Semapa, da família Queiroz Pereira, a Discovery Land Company, que se especializou na instalação de resorts de luxo, adquiriu, segundo o Jornal de Negócios, ao mesmo grupo económico o parque de campismo da Galé, onde estarão a residir mais de meio milhar de utentes, na sua maioria reformados.
O parque de campismo era o derradeiro obstáculo que impedia a plenitude do projecto turístico conhecido por Costa Terra e que tem passado por algumas vicissitudes. Agora será mais fácil concretizar a instalação de um campo de golfe e 292 residências – o preço mínimo de um lote é 3,4 milhões de euros – e oferecer aos futuros residentes o pôr-do-sol que terá encantado Madonna, Rania da Jordânia, Nicolás Sarkozy, Carla Bruni, Carolina de Mónaco ou Kristin Scott-Thomas e, mais recentemente, George Clooney.
Um dos actuais utentes revelou ao PÚBLICO como os contornos do negócio que não conhecem deixou “assustada” a esmagadora maioria das famílias, que ali encontraram o seu espaço, algumas há mais de 30 anos, para aproveitar um pouco desta “zona paradisíaca”.
É praticamente certo que o parque irá ser desmantelado para dar lugar a um outro inicialmente dinamizado pelo empresário suíço Andreas Reinhart, que em 2008 o vendeu ao grupo de Pedro Queiroz Pereira. O projecto, entretanto, sofreu novo sobressalto e, em 2019, a Discovery Land Company assume a propriedade de um território com cerca de 200 hectares. E é desde aquele ano que se ouve falar da venda do parque, mas até agora ninguém informou os seus utentes do que se está a passar. Apenas respondem aos constantes pedidos de esclarecimento com a frase sistematicamente repetida: “para já não há nada”. Mas a intranquilidade que a expressão gera sustenta uma pergunta: “Quando é que acaba o ‘para já’?”
Embora reconheçam que a venda do parque “é um negócio legítimo e legal, é insuportável a gestão do silêncio que está a ser feita”, comenta um dos utentes que prestou declarações ao PÚBLICO, acrescentando que comprou a casa em madeira onde vive há anos e que ainda a está a pagar. “Cada um lança o seu palpite” e é num ambiente de grande tensão que se passou a viver no parque de campismo da Galé.
E é nesta inconsistência quanto ao futuro que o desfrutar tranquilo do espaço único para se observar “o pôr-do-sol que alimentou tantos amores e as preces de tantos sonhadores” pode desaparecer do olhar de quem “não tem dinheiro para estar nos resorts”, lamenta-se o utente, que esperava desfrutar a paz da sua reforma no Parque de Campismo da Galé.
O dia-a-dia calmo, tranquilo, “é agora pesaroso”, acentua outro residente, vincando a sua indignação: “Tem de haver uma solução para os mais pobres, senão qualquer dia não temos acesso à praia” nesta zona da costa alentejana.
O receio que o parque de campismo da Galé possa estar a chegar ao fim está a provocar um crescente mal-estar, não só nos que actualmente aproveitam o espaço, como de muitos que por lá passaram ao longo das últimas três décadas. Este era um dos últimos redutos para pernoitar numa zona onde a oferta é sobretudo dirigida a quem tem os bolsos mais recheados
Um grupo de utentes do parque está a dinamizar uma campanha de solidariedade que envolve organizações e cidadãos portugueses e estrangeiros que viveram ou passaram pelo parque, incluindo o mundo artístico, para que seja mantido “o cantinho para viver a nossa reforma.”»
Via Diário as Beiras
"Pedro Machado renunciou ao mandato. Ricardo Silva, vai desempenhar o papel de de «fiel da balança»."Ontem, "Ricardo Silva (PSD), alegando motivos pessoais, não participou na última reunião do actual executivo."
O que já tinha acontecido na penúltima.
"No fim da reunião, os vereadores foram almoçar juntos, a convite de Carlos Tenreiro e Miguel Babo, um gesto de convívio democrático no final do mandato."
"Os diretores dos quatros agrupamentos de escolas do concelho e da escola não agrupada (Joaquim de Carvalho) subscreveram «uma homenagem de agradecimento» ao presidente Carlos Monteiro, e ao vereador com o Pelouro da Educação, Nuno Gonçalves, «por tudo o que fizeram pela educação no concelho»."