O Poder Local é uma conquista importante e um contributo fundamental na implantação da democracia.
Só depois do 25 de Abril de 1974 é que os eleitores Portugueses começaram a poder escolher os seus autarcas.
É certo que no país real, tivemos vedetas autárquicas como Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Abílio Curto, etc.
Porém, interessa ressalvar, o essencial: desde que estamos em democracia, mal ou bem, quem escolheu foram os eleitores.
2021, é uma eleição especial. Desde logo, pela pandemia que nos perturba o dia a dia. Isso está a condicionar a pouca-vergonha pré-eleitoral que, por esta altura, não fosse a condicionante covid, estaria a decorrer em pleno na Figueira.
Mesmo assim, já houve pólvora queimada no S. João, desportos na areia e inaugurações abrilhantadas por musica pimba.
Falta o samba e está mau para os mega-jantares que os candidatos costumam promover...
Muitas das nossas autarquias são verdadeiras escolas de manipulação
eleitoral.
É urgente uma mudança profunda do modelo de financiamento das autarquias, limitando o despesismo e condicionando os investimentos em função das prioridades nacionais, regionais e locais.
Mas duvido que tal seja viável.
Deixo uma recomendação.
Por favor, leiam a imprensa local e regional. Quase todos os dias, temos notícias de assinatura de protocolos por parte da Câmara Municipal da Figueira da Foz de apoio a um conjunto de entidades e instituições públicas e privadas.
Não sei se estiveram atentos a este exemplo que ontem divulguei?..
Imagem via Diário de Coimbra. |
Se não fosse um leitor atento, não fazia ideia que promessas (=protocolos) faziam parte das competências de um executivo com pouco mais de dois meses de vida.
Leiam a imprensa local e regional. Nem imaginam o que se aprende na imprensa local e regional...
Hoje, por exemplo podem ficar a saber que a autarquia quer ser pioneira na gestão de biorresíduos.
“Esta é mais uma fileira em que a economia circular é fundamental. Estamos preparados para sermos os primeiros a implantar este sistema de gestão de biorresíduos”, afirma hoje Carlos Monteiro, presidente de Câmara com pouco mais de dois meses de mandato pela frente, ao Diário as Beiras.
A implantação do sistema, porém, só avançará quando estejam reunidas as condições logísticas!...
Repito: leiam a imprensa local e regional. Aprende-se muito.