segunda-feira, 31 de maio de 2021
Os próximos meses não vão ser fáceis, mas ainda bem que há eleições...
Numa reunião camarária tipo chá canasta, fiquei a saber que a duna artificial do Cabedelo tem os dias contados...
Os portugueses vão ter de decidir um dia o que verdadeiramente querem...
Foto PAULO NOVAIS via Diário de Notícias |
Se bem me lembro, o fenómeno Passos Coelho, presidente do PSD entre 2010 e 2018 e primeiro-ministro de Portugal, entre 2011 e 2015, resultou de uma estranha e bizarra aliança de conveniência entre a cacicagem menezista , alguns debitadores de tiradas blogo-liberais e os últimos ressentidos do cavaquismo.
Passos Coelho, na altura, foi apenas um instrumento que soube usar bem os seus instrumentistas.
Depois de termos visto para que serviu, será que que queremos voltar ao mesmo?
Agora, temos a evolução na continuidade: o venturismo, a doença senil do coelhismo...
Champions? Vergonha...
Miguel Mattos Chaves fez a apresentação formal da candidatura
Foto sacada daqui |
domingo, 30 de maio de 2021
A PROPÓSITO DO MEL: UM PENSAMENTO PARA QUANDO TIVER DE PASSAR POR UMA MESA DE VOTO:
Nada de novo: ano eleitoral é sinónimo de mais obras das câmaras
Chega, ou querem com mais molho?...
«Ventura confessa que "única obsessão" é chegar ao poder...
"Só tenho um único sonho, uma única obsessão que é levarmos ao governo de Portugal, para transformar de vez a face deste país", afirmou Ventura, já aos gritos, com uma música orquestral em fundo, com os delegados a aplaudi-lo, alguns de pé, depois de ter falado durante 27 minutos para apresentar a sua moção de estratégia global.
Num congresso em que têm sido públicas as críticas entre delegados e dirigentes, o presidente e deputado do Chega relativizou o problema, dizendo tratar-se de "dores de crescimento".
"Não me preocupam as divisões e disputas", disse, para quem são a "prova de um partido que quer crescer", embora também tenha admitido que "sem disputa ideológicas" o "partido seria muito melhor".
Um dos temas que dividiu a discussão interna foi a revisão do programa do partido que, anunciou Ventura, será decidido na primeira reunião do conselho nacional após o congresso.»
OUTRA MARGEM, um blogue para os simples...
Já fui alvo de algumas tentativas de envolvimento em polémicas, para as quais, com toda a franqueza, não tenho a mínima aptidão e, muito menos, pachorra.
Há questiunculas com que não me interessa perder sequer um minuto.
Não vale a pena, portanto, ter objectivos existenciais últimos e derradeiros que me consumam permanentemente. Essa é, de resto, uma maneira infantil de encarar a vida, que felizmente na maior parte dos casos o tempo se encarrega de corrigir. Quando muito, na adolescência, vivi dois ou três casos que me trouxeram obcecado e em estado de exaltação.
Recordo um grande amor, uma paixão impossível, uma revolução que ficou parada pouco depois do arranque e depois recuou.
Quando era racionalista gostava de ter a capacidade de impor o meu modelo social, pois pensava «saber» ser melhor para a comunidade. Agora, penso diferente: penso que a comunidade deve escolher livremente.
Confesso que vivo mal com quem tem certezas e convicções políticas absolutas. Sou relativista. Percebo que isso possa irritar quem tiver «causas».
sábado, 29 de maio de 2021
Vamos efabular em torno do congresso do Chega...
Vamos efabular um pouco. Rui Rio tem no Ventura um casamento com uma mulher impossível. Olhamos para o Ventura e para o Rio e a primeira coisa que nos ocorre, é: «como é que ele conseguiu nos Açores?» ("Os Açores foram um primeiro sinal: as sondagens diziam que o PS ganharia folgadamente, depois a direita acabou por ter mais votos que a esquerda toda junta.") A segunda é: «o que vê Ventura no Rio?» O conjunto de respostas possíveis a estas perguntas tem contribuído para aquilo que parecia impossível: inflacionar os egos de Rui Rio e Ventura. Estes pormenores das suas vidas privadas - e, por força das circunstâncias e opção dos dois, pública - tem vindo a defini-los mais do que qualquer outra coisa.
A rejeição de que, aparentemente, Ventura está a ser alvo é-lhe insuportável e inaceitável. "Se o Chega estiver disposto a ceder apenas apoio parlamentar ao PSD, sem entrar para o governo, não será comigo".
Num casamento, chamar-se-ia a isto a ira da cornuda, da rejeitada, da mulher que perdeu o melhor do seu marido troféu.
Tomará consciência do que Ventura lhe fez e viverá o resto dos seus dias isolado, ressabiado e amargurado. Porventura, condenado a assistir ao renascimento de Passos Coelho.
A vingança vai ser servida fria. Quando Rio chegar a perceber isso será tarde de mais...
Autárquicas de 2021: vamos ao que interessa?
Estas eleições serão interessantes. Não sou futurologista, nem tão pouco analista, muito menos absolutamente independente e tenho as minhas dúvidas sobre muita coisa.
Estas serão eleições atípicas. Muito por culpa do Santana: se concorrer, o que continuo a duvidar, vai mexer no mapa dos mandatos e, certamente, na divisão de votos.
Estou curioso também para ver o que é que a CDU e o BE têm para apresentar. Portanto, neste momento ainda é muito cedo para avançar com cenários.
Como sempre, vou estar na primeira fila, não sentado, mas atento e refletivo sobre o que vai desfilar em caravanas.
O PS, o PSD e o CDS já iniciaram a pré-campanha.
Para já, a estratégia tem passado pelo lançamento dos candidatos, dando-lhes visibilidade. PS e PSD já inundaram as rotundas de cartazes com Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Ideias, para já, tirando Miguel Matos Chaves do CDS, avançaram poucas e soltas.
Já deu para ver, que há falta de melhor, há quem prefira chamar pára-quedistas aos outros candidatos, do que discutir ideias e programas. Penso, porém, que isso já não interessa a ninguém. Por isso, como figueirense interessado naquilo que é importante para o desenvolvimento do concelho, sugiro aos diversos candidatos que a campanha autárquica ganhe elevação e se discutam questões como:
- Que cidade queremos para os residentes;
- Que investimento queremos para o concelho;
- Qualidade urbanística, como evitar mais erros e melhorar aqueles que foram feitos nas últimas décadas;
- Estacionamento como factor de relançamento do comércio tradicional e da baixa comercial;
- Figueira da Foz, cidade da moda ou capital do quê?
- Qual o papel da praia na estratégia municipal;
- Como resguardar os edifícios tradicionais da Figueira da Foz e do concelho da ameaça imobiliária;
- Como fazer crescer a Figueira da Foz, perspectivas de avanço sobre áreas agrícolas, de reserva ou Parque Natural ou a destruição continuada do património distintivo e tradicional da Cidade;
- A segurança dos cidadãos;
- A Ilha da Morraceira, para quando uma intervenção protectora e de fundo;
- Devolução da margem norte do Mondego à população e recuperação da margem esquerda;
- Ciclovias;
- Reflexão sobre o Cabedelo, no sentido de conseguir entender como não se deve actuar para não destruir locais especiais e recursos públicos...
Estes são apenas alguns assuntos que podem estar em cima da mesa nas eleições autárquicas de 2021.
Os principais partidos (PS e PSD) deveriam apresentar um documento de intenções, contratualizando com os eleitores duas coisas:
Primeira. Se forem poder, quais as linhas genéricas de actuação e os principais projectos que pretendem desenvolver.
Segunda. Se forem oposição, qual a sua postura sobre esses mesmos projectos.
A minha experiência pessoal diz-me que as oposições não são construtivas, votam contra propostas que no fundo não discordam, apenas para ganhar espaço de crítica. Por esse motivo, acredito que os partidos na oposição devem desempenhar as suas atribuições de fiscalização, mas também de acção, apoiando quando devem apoiar.
As eleições autárquicas estão à porta. Cada um ocupa o seu espaço na discussão política. A mim o que me interessa fundamentalmente são as ideias.
Estou à espera das propostas, dos temas, das questões e, sobretudo, as soluções dos diversos candidatos.
Sejamos optimistas e vamos acreditar que a seu tempo isso será uma realidade.
Dentro desse espírito, avanço já com algumas questões e reflexões que gostaria de lançar, não apenas enquanto espectador, cidadão, contribuinte, mas essencialmente como figueirense:
- Qual a linha de rumo do município?
- Quais as actividades económicas estratégicas?
- Qual o papel das freguesias fora da sede do concelho na área do turismo.
- Recursos humanos municipais: qual a situação actual, quais as necessidades? É necessário aumentar ou reduzir, formar ou requalificar?
- Política de estacionamento na baixa da cidade.
- Ordenamento da ocupação indevida de passeios: contribuições para a sustentação de um turismo de qualidade e da imagem da cidade!
- Património histórico: catalogação, descrição, identificação, iluminação, animação e dinamização!
- Que papel cabe ao município na dinamização do emprego.
- O Hospital Distrital da Figueira da Foz. Os Centros de Saúde. Necessidades e meios para o bem estar e saúde da população concelhia, retirando a propaganda política.
- Mobilidade: acessibilidade dos incapacitados físicos e dos carrinhos de bebé.
- Requalificação, arborização e embelezamento dos espaços públicos.
- Instrumentos de planeamento territorial: PDM.
- Estuário do Mondego.
- Percursos pedestres. Uma mais-valia para os figueirenses e para o turismo.
- A ocupação das zonas ribeirinhas e frentes de mar.
- Dinamização e programação musical do CAE.
- Segurança pública. Protecção Civil: incêndios certos e derrames marítimos possíveis.
- Competências delegadas nas Juntas de Freguesias e com que financiamento.
- Figueira da Foz, aposta no crescimento ou no desenvolvimento?
- Grandes urbanizações ou espaços urbanizados equilibrados, bem planeados e melhor executados.
- Estacionamentos junto às praias.
Ninguém tem resposta para tudo, mas são assuntos que interessam a quem se preocupa verdadeiramente com a Figueira e com os seus residentes. Os que votam! Ficou o meu contributo.
Termino com um apelo aos candidatos: tenham consciência que existe vida para além dos partidos, dos fóruns, das associações, dos mercados e dos cafés. Existe uma população com necessidades e com expectativas. Existe sobretudo uma crescente necessidade de valorização do conteúdo. A embalagem é o que menos deveria contar.
sexta-feira, 28 de maio de 2021
Espero que em 2021 corra tudo bem...
Os ataques rasteiros e anónimos são organizados. Sempre houve e sempre haverá ataques pessoais de baixo nível nas campanhas eleitorais. O obectivo é simples e resume-se em duas palavras: abater e desmoralizar.
Lembro-me o que insinuaram há uns sobre um político nacional, de seu nome Portas. Coisas abjectas como, por exemplo, que não saberia e não poderia saber o que é gerar uma vida humana e outras que têm a ver com a homossexualidade do mesmo...
Isso é baixo, reles e próprio de gente tacanha e medíocre.
A campanha para as autárquicas na Figueira em 2021 não vai ser fácil.
Preparem-se...
Trazer à colação ideias e argumentos políticos, é uma coisa.
Fazer ataques à vida pessoal, é coisa diferente.