terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Sobre o meu pessimismo: isto não vai acabar tudo bem, os números falam por si...
Garanto: não é uma questão de falta fé. Nas pessoas, em geral. E nos políticos.
Para termos fé é preciso sermos crentes. Um pessimista, como dizem que eu sou, é, apenas, um optimista realista. Que o mesmo é dizer: é um descrente.
A mim basta-me a realidade...
Em Março do ano passado, as pessoas (em geral e os políticos...) confinaram-se por medo do desconhecido. Todos temos um buraco ao fundo das costas...
Em Março do ano passado, as pessoas (em geral e os políticos...) confinaram-se por medo do desconhecido. Todos temos um buraco ao fundo das costas...
Não o fizeram por consciência e percepção da verdadeira dimensão do problema que é o covid dito 19.
O momento que estamos a atravessar é disso a prova, que não pode ser refutada. A "situação dramática" nos hospitais fala por si. Para além dos números das infecções por convid, segundo informação divulgada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação "o stock referente ao tipo B- já só chega para 4 dias e o de tipo 0-, A+ e A- só cobre uma semana de necessidades hospitalares".
O momento que estamos a atravessar é disso a prova, que não pode ser refutada. A "situação dramática" nos hospitais fala por si. Para além dos números das infecções por convid, segundo informação divulgada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação "o stock referente ao tipo B- já só chega para 4 dias e o de tipo 0-, A+ e A- só cobre uma semana de necessidades hospitalares".
As pessoas têm de se convencer que ficar em casa é, neste momento, a prioridade. Não é procurar "buracos" nas tímidas medidas decretadas pelo Governo, para as fintar e sair. Não para trabalhar, mas para passear.
Mais do que a necessidade de um "sobressalto cívico", temos de nos convencer que estamos perante um problema civilizacional. Portugal está a viver os piores dias da pandemia, com o aumento no número de mortes e de infeções por covid-19, que está a deixar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sob pressão, cada vez maior a cada dia que passa.
Os números falam por si. O gráfico acima (sacado da edição de hoje do Diário as Beiras), mostra que esta é a pior quinzena de sempre do território da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Em comparação com o período anterior, o índice de risco “Extremamente levado” subiu 400 por cento – passou de três para 12 concelhos.
Mais do que a necessidade de um "sobressalto cívico", temos de nos convencer que estamos perante um problema civilizacional. Portugal está a viver os piores dias da pandemia, com o aumento no número de mortes e de infeções por covid-19, que está a deixar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sob pressão, cada vez maior a cada dia que passa.
Os números falam por si. O gráfico acima (sacado da edição de hoje do Diário as Beiras), mostra que esta é a pior quinzena de sempre do território da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Em comparação com o período anterior, o índice de risco “Extremamente levado” subiu 400 por cento – passou de três para 12 concelhos.
Portanto: "aqueles que podem confinar devem fazer um esforço" de "aderir à importância" do cumprimento das medidas.
Não esqueçam: a pressão que está a ser exercida no SNS vai ter impacto "nos doentes covid e nos doentes não covid".
E a fava pode calhar a qualquer de nós...
A propaganda, como o humor, é mesmo isto: para nos fazer rir...
Via Diário as Beiras (edição de hoje)
Via OUTRA MARGEMSe o MarShopping Algarve, em Loulé, segundo o Expresso, o maior projecto de retalho na área dos centros comerciais a concluir-se este ano, está já com 90% da sua área comercializada, com data de inauguração marcada para 27 de setembro, e o ‘designer outlet Algarve’ com a abertura prevista para o mês seguinte, vai criar 3000 postos de trabalho, estando neste momento os lojistas no processo de recrutamento, como é possível garantir a criação de 2000 postos de trabalho, com a venda do Horto Municipal?
Via OUTRA MARGEMSe o MarShopping Algarve, em Loulé, segundo o Expresso, o maior projecto de retalho na área dos centros comerciais a concluir-se este ano, está já com 90% da sua área comercializada, com data de inauguração marcada para 27 de setembro, e o ‘designer outlet Algarve’ com a abertura prevista para o mês seguinte, vai criar 3000 postos de trabalho, estando neste momento os lojistas no processo de recrutamento, como é possível garantir a criação de 2000 postos de trabalho, com a venda do Horto Municipal?
Via página do Município da Figueira da Foz no facebook
"Evolução da dívida municipal - de 1997 a 2020 (Câmara Municipal e Empresas Municipais) - e prazo médio de pagamento a fornecedores - 2009 a 2020".
"Claques" de André Ventura hostilizam jornalistas em Braga
Via Diário de Notícias«Indivíduos afectos à candidatura presidencial do Chega hostilizaram no domingo jornalistas e repórteres de imagem, num jantar comício em Braga, após ser noticiado que estavam ali reunidas cerca de 160 pessoas durante o confinamento geral.
Insultos vários, ameaças de violência e até contacto físico com operadores de câmara antecederam o momento em que foi, finalmente, permitida a entrada da comunicação social no repleto salão do restaurante, cerca de duas horas depois do previsto.
"Pouco importa, pouco importa/se eles falam bem ou mal/queremos o André Ventura/Presidente de Portugal", entoaram, com gestos típicos de claque de futebol, enquanto os "cameramen" e repórteres instalavam os seus tripés ou gravadores.
Insultos vários, ameaças de violência e até contacto físico com operadores de câmara antecederam o momento em que foi, finalmente, permitida a entrada da comunicação social no repleto salão do restaurante, cerca de duas horas depois do previsto.
"Pouco importa, pouco importa/se eles falam bem ou mal/queremos o André Ventura/Presidente de Portugal", entoaram, com gestos típicos de claque de futebol, enquanto os "cameramen" e repórteres instalavam os seus tripés ou gravadores.
Durante a sua breve intervenção, a anteceder o líder do partido da extrema-direita parlamentar, o director de campanha e mandatário nacional, além de membro da direção nacional do Chega, Rui Paulo Sousa afirmou: "os nossos adversários estão lá fora, mas alguns estão cá dentro...", motivando mais gestos ameaçadores dos apoiantes na direção da comunicação social.
"É com orgulho que eu digo chega/É com respeito que me vês/E bate forte cá no meu peito/E é por ti que eu canto, André/Ale, ale, Ventura, Ale/Ale, ale, Ventura, Ale/Ale, ale, Ventura, Ale", era outra das "letras" reproduzidas em papel e colocadas em todas as mesas para que os cânticos saíssem mais afinados.
A distrital de Braga do Chega inclui concelhias como Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Barcelos, entre outras. A "plateia" do comício era formada quase na sua totalidade por homens.»
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
"Cerca de meia centena de pessoas estão infetadas com covid-19 na aldeia do Maladão, freguesia e concelho de Arganil, onde residem perto de 180 habitantes, dos quais quatro já faleceram também por causa desta doença. Há ainda 10 internados"
«Um “ajuntamento social, evento social, com almoço ou jantar, com grande número de pessoas, por altura do Natal”, terá estado na origem do surto de covid-19, na aldeia de Maladão – explica o presidente da Câmara de Arganil.
Ao DIÁRIO AS
BEIRAS, uma fonte local
adiantou que a festa teve
lugar num estabelecimento comercial.
Luís Paulo Costa constata que a incidência de covid-19 na aldeia “é muito
significativa e representa
quase metade dos casos
ativos no concelho”.
Quanto aos quatro óbitos registados, “nestes
casos, havia já doença
prévia e grande debilidade funcional e o desfecho
lamentável por via da covid-19 não é dissociável
da doença anterior que as
pessoas já tinham”, sublinhou o edil.
Também a Junta de Freguesia de Arganil, na sua
página do facebook, "lamenta a morte de quatro
pessoas, que eram um
repositório de memórias
de outros tempos”. Em
concreto, o tesoureiro da
junta, Pedro Alves, evoca
a memória da “D. Hortense, da D. Piedade, do
Sr. Miguel e do Sr. Luís,
que partiram repentinamente, numa época em
que a dor dos seus mais
próximos pode ser mais
intensa face a toda esta
situação”.
Para Pedro Alves, “mais
importante do que encontrar culpados ou
bodes expiatórios, urge
que cada um, sozinho e
em família, saiba tomar
conscientemente as medidas preventivas que limitem a propagação do
mal, de modo a que a normalidade regresse o mais
rapidamente possível ao
seio desta comunidade e
à nossa freguesia”. O tesoureiro da junta
deixa “condolências a todas as famílias enlutadas
e os votos sinceros para
que todos os que estão a
ser afetados por esta pandemia recuperem rapidamente e possam assim
voltar aos seus afazeres
diários sem restrições”.
Também o presidente da
Câmara de Arganil admite que os habitantes do
Maladão “estão preocupados, apreensivos, mas
perceberam que é importante assumir as regras e
as recomendações nesta
matéria”.
Segundo Luís Paulo Costa, tem-se registado uma
subida muito significativa do número de doentes
covid-19 no concelho, o
que é uma “consequência
direta daquilo que foi o
comportamento coletivo”
na época natalícia.
“Neste momento, temos
a pior situação do ponto
de vista de casos ativos
desde o início da pandemia (181 casos registados
no boletim epidemiológico da passada sexta-feira)”, disse o autarca. Recorde-se que, em novembro, já Arganil tinha
tido uma situação relativamente preocupante,
com uma escalada muito
grande do número de casos ativos. “Mas a situação
do pós Natal é manifestamente pior”, remata.
|
Lurdes Gonçalves, via Diário as Beiras
Dois anos não é mais do que tempo para o PSD ter arrumado a casa?
Imagem via Diário as Beiras
Recordo que, há dois anos (20 de Fevereiro de 2019), Paulo Leitão, então candidato à distrital do PSD, manifestou “total confiança” na Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.
Recordo que, há dois anos (20 de Fevereiro de 2019), Paulo Leitão, então candidato à distrital do PSD, manifestou “total confiança” na Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.
Paulo Leitão, não deixou espaço para qualquer réstia de dúvida: estava solidário com a Comissão Política de Secção do PSD da Figueira da Foz.
Na minha opinião, que vale o que vale, tem sido desolador para os figueirenses assistir ao espectáculo dado nas reuniões de câmara pela oposição. Isso, não enfraqueceu só o PSD local. O PS tem feito um passeio neste mandato. A maioria absoluta e a divisão no partido da oposição levaram a isso.
Nada do que se passa actualmente no PSD Figueira, surpreende quem tenha estado minimamente atento à política nos últimos 30 anos no nosso concelho.
Nos chamados partidos do arco da governação (recorde-se o que se passou no PS, entre 1998 e 2009...), quando ocupam o poder, as várias tendências, ainda que procurem exercer influência, submetem-se às lideranças, para conseguir o que lhes interessa: um cargo.
Em 2017, perante a hecatombe eleitoral que o PSD sofreu a nível autárquico na Figueira, esperava-se que fosse feito algo nos anos seguintes para tentar recuperar alguma coisa.
A meu ver, com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos militantes.
Durante os anos de Santana e Duarte Silva à frente da câmara da Figueira, os socialistas fizeram a travessia do deserto que agora os laranjas estão a fazer.
A não ser que o PSD Figueira prefira continuar em constantes intrigas palacianas, terá que arrumar a casa e discutir um programa antes de discutir pessoas...
Decorrido um ano, de harmonia com o que li na edição de 20 de Fevereiro de 2020, do Diário as Beiras, Carlos Tenreiro aceitou cumprir um pacto de não-agressão política em relação a Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia, nas reuniões de câmara e no espaço público.
Por sua vez, os dirigentes do PSD, sobre a referida reunião, fizeram um pacto de silêncio e não prestaram declarações.
Não obstante o silêncio, fonte social-democrata disse ao Diário as Beiras, que “aquilo que foi pedido a Carlos Tenreiro foi que cumpra os estatutos do partido”. Outra fonte do mesmo partido, porém, acrescentou que “a reunião destinou-se a promover uma convivência pacífica”.
Segundo o mesmo jornal, nas duas últimas reuniões de câmara, realizadas após aquela “conferência” da paz possível, Tenreiro não fez intervenções visando Ricardo Silva ou o PSD. “Carlos Tenreiro deixou de atacar o partido e Ricardo Silva, mas incumbiu Miguel Babo dessa tarefa”, afiançou um dirigente do PSD local.
“Nunca ataquei o partido; quanto muito, posso ter estratégias divergentes do partido, a nível local”, reagiu Carlos Tenreiro.
O jornalista que assina a peça refere, que "Miguel Babo, de facto, tem estado mais activo nas críticas ao dirigente local e à estrutura que lidera".
“Pura coincidência”, garantiu, porém, o vereador independente, acrescentando que “também há uma nova era de comunicação, por parte da Concelhia do PSD, que muitas vezes contradiz as posições do vereador Ricardo Silva nas reuniões de câmara”.
Não obstante o silêncio, fonte social-democrata disse ao Diário as Beiras, que “aquilo que foi pedido a Carlos Tenreiro foi que cumpra os estatutos do partido”. Outra fonte do mesmo partido, porém, acrescentou que “a reunião destinou-se a promover uma convivência pacífica”.
Segundo o mesmo jornal, nas duas últimas reuniões de câmara, realizadas após aquela “conferência” da paz possível, Tenreiro não fez intervenções visando Ricardo Silva ou o PSD. “Carlos Tenreiro deixou de atacar o partido e Ricardo Silva, mas incumbiu Miguel Babo dessa tarefa”, afiançou um dirigente do PSD local.
“Nunca ataquei o partido; quanto muito, posso ter estratégias divergentes do partido, a nível local”, reagiu Carlos Tenreiro.
O jornalista que assina a peça refere, que "Miguel Babo, de facto, tem estado mais activo nas críticas ao dirigente local e à estrutura que lidera".
“Pura coincidência”, garantiu, porém, o vereador independente, acrescentando que “também há uma nova era de comunicação, por parte da Concelhia do PSD, que muitas vezes contradiz as posições do vereador Ricardo Silva nas reuniões de câmara”.
Na minha opinião, que vale o que vale, tem sido desolador para os figueirenses assistir ao espectáculo dado nas reuniões de câmara pela oposição. Isso, não enfraqueceu só o PSD local. O PS tem feito um passeio neste mandato. A maioria absoluta e a divisão no partido da oposição levaram a isso.
Nada do que se passa actualmente no PSD Figueira, surpreende quem tenha estado minimamente atento à política nos últimos 30 anos no nosso concelho.
Nos chamados partidos do arco da governação (recorde-se o que se passou no PS, entre 1998 e 2009...), quando ocupam o poder, as várias tendências, ainda que procurem exercer influência, submetem-se às lideranças, para conseguir o que lhes interessa: um cargo.
Em 2017, perante a hecatombe eleitoral que o PSD sofreu a nível autárquico na Figueira, esperava-se que fosse feito algo nos anos seguintes para tentar recuperar alguma coisa.
A meu ver, com este péssimo desempenho, vão continuar na Figueira sem jobs para os boys and girls, deixando no desemprego muitos militantes.
Durante os anos de Santana e Duarte Silva à frente da câmara da Figueira, os socialistas fizeram a travessia do deserto que agora os laranjas estão a fazer.
A não ser que o PSD Figueira prefira continuar em constantes intrigas palacianas, terá que arrumar a casa e discutir um programa antes de discutir pessoas...
Repito o que já escrevi.
Perdeu a Figueira, pois uma oposição forte, interventiva e unida, ajudaria o próprio poder a estudar os problemas e a tornar melhor e mais competente a sua prática política.
Os chamados partidos do "arco do poder", na oposição são um saco de gatos.
E as eleições autárquicas são já em Outubro de 2021...
domingo, 17 de janeiro de 2021
Hoje de manhã recuei 46 anos...
Fui dos portugueses que exerceram o direito ao voto para as presdenciais de 2021, de forma antecipada.
Hoje de manhã, estive quase duas horas numa fila para votar. Fi-lo com gosto.
Recuei até ao dia 25 de 1975, aos meus 21 anos de idade, quando votei pela primeira vez, um ano depois de o vermelho dos cravos se ter tornado símbolo de Liberdade.
Nesse dia, já lá vão 46 anos, os portugueses rumaram às urnas massivamente para, pela primeira vez, exercer um direito cuja força não conheciam na sua plenitude: o direito ao voto.
Nesse já longínquo 25 de abril de 1975, a participação foi esmagadora: 91,7% dos 6,2 milhões de eleitores recenseados elegeram os deputados que prepararam e aprovaram a nova Constituição.
Fica para a história como o valor mais elevado de participação em eleições democráticas em Portugal.
Hoje, tudo é diferente. Temos pessoas amorfas, conformadas e controladas. E temos a pandemia.
Todavia, muitas centenas de figueirenses estiveram estoicamente esta manhã (e muitos mais devem continuar com o decorrer do dia...) ao sol, com máscara e afastamento social, ordeiramente e sem problemas de quaisquer espécie, serenamente à espera de cumprir uma obrigação cívica.
Uma palavra para os membros das mesas de voto, que de forma difícil e sofrida, dadas as condições impostas por este horrível momento que estamos a viver em Portugal e no mundo, estão a enfrentar uma jornada de muitas horas de trabalho: obrigado.
Há 47 anos, antes de Abril de 1974, Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África.
O serviço militar durava quatro anos. Quem ousasse exprimir opinião contra o regime e contra a guerra era severamente reprimido pelos aparelhos censório e policial. Os partidos e movimentos políticos eram completamente proíbidos. As prisões políticas estavam cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada.
A 25 de Abril de 1974 viveu-se uma euforia que não dá para explicar.
Quem a viveu, viveu. Quem não a viveu, vivesse.
Peço desculpa, mas não dá para explicar.
Uma palavra para os membros das mesas de voto, que de forma difícil e sofrida, dadas as condições impostas por este horrível momento que estamos a viver em Portugal e no mundo, estão a enfrentar uma jornada de muitas horas de trabalho: obrigado.
Há 47 anos, antes de Abril de 1974, Portugal era um país anacrónico. Último império colonial do mundo ocidental, travava uma guerra em três frentes africanas solidamente apoiadas pelo Terceiro Mundo e fazia face a sucessivas condenações nas Nações Unidas e à incomodidade dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África.
O serviço militar durava quatro anos. Quem ousasse exprimir opinião contra o regime e contra a guerra era severamente reprimido pelos aparelhos censório e policial. Os partidos e movimentos políticos eram completamente proíbidos. As prisões políticas estavam cheias, os líderes oposicionistas exilados, os sindicatos controlados, a greve interdita, o despedimento facilitado, a vida cultural apertadamente vigiada.
A 25 de Abril de 1974 viveu-se uma euforia que não dá para explicar.
Quem a viveu, viveu. Quem não a viveu, vivesse.
Peço desculpa, mas não dá para explicar.
É por isso, sobretudo por isso, que não gosto de André Ventura.
Há domingos assim: importantes
Vou votar hoje.
A Liberdade pode também querer dizer algum esforço e sofrimento.
Porém, ser um homem livre, é o maior objectivo que alguém pode ambicionar.E uma das razões porque vou votar é porque não gosto de André Ventura.
Além de, em geral, não gostar de pessoas que envergonhariam Portugal, caso fossem eleitos Presidente da República, não suporto fanfarrões e pessoas que não olham a meios para atingir os fins.
Gosto de patriotas. Gosto dos políticos que gostam de Portugal.
Gostar de Portugal é respeitar o Povo.
Não gosto de políticos que utilizam o Povo.
Gosto de Poetas.
Quanto a Poetas, gosto especialmente de António Gedeão (Rómulo de Carvalho), Poeta de Portugal.
DEZ REIS DE ESPERANÇA
Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.
sábado, 16 de janeiro de 2021
A serena resposta de João Ferreira aos insultos de André Ventura...
Em tempo, via Alfredo Cunha.
"Jerónimo é vermelho !
Compreendo a indignação aos insultos feitos pelo coiso... o que não compreendo, é que ninguém se indigne com os insultos a um homem bom.
Como é possível que a comissão eleitoral, permita que se chame avô bebado a um rival politico? Vale tudo !
Um grande abraço para o Jerónimo de Sousa
( Quanto a pinturas, ficamos por aqui... nada de brincadeiras na foto )".
Para quando o livro “Figueira da Foz - erros do passado, soluções para o futuro - (parte II, a partir de 2009”?..
Cito, via Isabel Maria Coimbra, porque na minha opinião continua actual na Figueira, em 2021, o livro de António Tavares e João Vaz, "Figueira da Foz: erros do passado; soluções para o futuro (uma perspectiva da gestão autárquica)": "a inépcia e o desleixo deixaram decisões no limbo do incumprimento".
Recorde-se: o livro foi publicado em 12 de Setembro de 2009 e referia-se "ao executivo PSD que antecedeu os dois onde participou o citado ex-vereador do PS", que chegou a ser vice-presidente da Câmara.
Afinal, "tudo se repetiu com o ainda actual (e terceiro consecutivo) executivo PS" - este último sem a participação de António Tavares.
Cite-se de novo o livro, porque não perdeu actualidade: "a este executivo falta planeamento, coordenação, conhecimento da realidade,(...) dinamismo, criatividade". Prosseguindo: "faltou-lhes igualmente visão".
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Martin Luther King
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Nasceu a 15 de Janeiro de 1929. Faria hoje 92 anos.
Nasceu a 15 de Janeiro de 1929. Faria hoje 92 anos.
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