domingo, 23 de agosto de 2020

MORTE DE D QUIXOTE

Pobres, gritai comigo:

Abaixo o D. Quixote
com cabeça de nuvens
e espada de papelão!
(E viva o Chicote
no silêncio da nossa Mão!)

Pobres, gritai comigo:

Abaixo o D. Quixote
que só nos emperra
de neblina!
(E viva o Archote
que incendeia a terra,
mas ilumina!)

Pobres, gritai comigo:

Abaixo o cavaleiro
de lança de soluços
e bola de sabão
no elmo de barbeiro!
(E vivam os nossos Pulsos
que, num repelão,
hão-de rasgar o nevoeiro!)


Documentário Palheiros de Mira

Daqui

sábado, 22 de agosto de 2020

Nunca esperem por "sapatos de defunto"...

Um postal para a Dulce Cardoso Ponard
Desde 1975 que andam a tentar atropelar-me. Isto não é uma queixa. Por norma, não sou de me queixar. Muito menos, quando consigo dominar as tentativas de atropelo. 
O que tem acontecido. Raramente reagi a insultos e ameaças. Ao longo destes mais de 45 anos, têm sido várias as tentativas e de várias maneiras. Quase sempre com um denominador comum: minadas por uma certa incompreensão do que é a Liberdade e de um evidente fanatismo analfabeto. 
Como actuavam os salazaristas: quem não é por nós é contra nós
46 anos depois do 25 de Abril de 1974, pouco mudou na Aldeia. 
Os pequenos ditadores de aldeia têm ido por aí. E têm tido povo suficiente para votar neles.
Povo, é uma entidade abstracta. Serve para tudo. Se não concordamos, com a boçalidade irresponsável e habitual, sugerem-nos uma ida sem regresso à Rússia soviética. 
Interrogo-me, por vezes: será que aquelas cabecinhas conseguem imaginar que podem existir outros percursos? 
Para estes casos, ignorá-los é a solução. Não se convive com quem nos quer fazer viajar por sítios que não escolhemos. A maledicência e a ignorância desprezam-se. Sem contemplações e sem remorsos.

Via Diário as Beiras

Vergonha - e, a meu ver, profunda...

Para ler melhor, clicar na imagem. 

Algas e descargas submarinas, presumivelmente oriundas das papeleiras, "inundaram" praias da Figueira

«A agitação marítima e a inversão das correntes dominantes, que ontem tomaram a orientação sul-norte, provocaram fortes perturbações nas praias do concelho: na cidade, os efeitos mais visíveis foram a invasão de algas; na Murtinheira, porém, o areal foi “inundado” por uma substância escura e pegajosa, presumivelmente oriunda de descargas submarinas das papeleiras. 
O areal da Murtinheira apareceu cheio de uma espuma viscosa e escura que “se colava aos pés”, como disse ao DIÁRIO AS BEIRAS um banhista, no local. Em causa estarão as descargas das papeleiras, feitas por um emissário submarino, a 1,5 km da costa. Este efluente, diga-se, resulta de dois tratamentos prévios mas, ainda assim, contém lamas e matéria orgânica. 
Sobre esta matéria, o DIÁRIO AS BEIRAS contactou a câmara, mas não obteve resposta em tempo útil.»
Espera-se que tenham tido cuidado com "os cacos", pois podem ser obras de arte...

Paço de Maiorca: PS criticou em 2008 mas absteve-se na votação

Acta nº. 8/2008, da reunião camarária realizada em 14-4-2008, confirma críticas do PS mas também abstenções no processo do Paço de Maiorca.

 Mais pormenores, via Diário as Beiras:

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O desconhecimento e o cuidado a ter com "os cacos", pois podem ser obras de arte...



Conforme o que editei no facebook (aqui e aqui), numa breve passagem hoje pelo Cabedelo, deparei com a obra de arte visível na foto.
Não sei desde quando aquilo lá está. Não sei  quanto tempo lá irá estar.
Alerto, porém, para a qualidade do material usado nesta original forma de protesto e para a estupidez que seria enviá-lo para o lixo.
Passso a citar.
«Uma peça de uma escultura integrada numa exposição de arte contemporânea, patente no Centro de artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, dada como desaparecida, na última semana de Dezembro, foi "mandada para o lixo por engano" admitiu, ao JN, uma empregada de limpeza.
A peça - os "cacos" como já é conhecida - faz parte de um lavatório com um dos cantos partido e estava colocada junto àquele, no chão da sala de exposições. A obra de arte, intitulada "As Frases", é da autoria do artista plástico e poeta Jimmie Durham, norte-americano descendente dos índios Cherokee.
"Não foi por mal que coloquei os cacos no contentor. Foi um engano" confessou a auxiliar de limpeza. "Pensei que aquilo (os cacos) fosse lixo de obras que estivessem a decorrer", contou. Só que o "lixo" vale alguns "milhares de euros" e pertence à obra de Jimmie Durham incluída na exposição, organizada pelo Centro Cultural de Belém intitulada "Eu, Tu, Eles", baseada num conjunto de peças, de artistas nacionais e estrangeiros, da colecção de arte contemporânea do Instituto das Artes .
"Vi os cacos no chão. Perguntei a uma colega se eram para deitar fora. Disse-me que sim, peguei na pá e na vassoura e deitei tudo no contentor" revelou ainda a funcionária.»


Apesar de insólita, a situação não é única. Em 9 de julho passado, dois elementos do executivo da junta de freguesia de S. Pedro foram à Praceta Mário Silva, no Cabedelo, retiraram a placa, que se pode ver na foto, e inutilizaram-na. Foram eles, os senhores António Manuel dos Santos Salgueiro, presidente, e Jorge Aniceto Pimentel dos Santos, tesoureiro. 
Certamente que não o fizeram por mal. Fizeram-nos, simplesmente, porque devem desconhecer que a liberdade de expressão é, na liberdade, um dos direitos mais importantes que se tem. Sem ela, nada mais existe. 
Assim como devem continuar a desconhecer que o entendimento de liberdade, de expressão e opinião, tem no centro o direito de os outros se exprimirem com toda a liberdade, mesmo que isso nos ofenda. O que não era o caso. 
É o direito de os outros dizerem aquilo que mais nos choca, que quem ama a liberdade defende acima de tudo. Não há relativização possível para este critério.

Uma situação que não é nova: "Figueira está há meses sem embarcação salva-vidas de grande capacidade" (2)

Recorde-se: «O porto da Figueira da Foz está há oito meses sem o salva-vidas de grande capacidade do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) Patrão Macatrão, utilizado principalmente em salvamentos a longa distância».

Pergunta do PSD ao governo.

“Quando estará novamente operacional o salva-vidas Patrão Macatrão?” 

Cinco milhões e picos...

Via Freguesia de Maiorca

"A Freguesia de Maiorca agradece a todos os Maiorquenses que ontem preencheram, de forma absolutamente segura e cumpridora de todas as indicações de segurança motivadas pelo COVID-19, o Terreiro do Paço de Maiorca.
Mais do que o cinema, o envolvimento histórico e o sentimento de se poder "reviver" no exterior, agradecemos ao Município da Figueira da Foz por esta iniciativa ímpar e absolutamente reconfortante para todos nós, residentes nas Freguesias rurais e mais distantes da sede de Concelho.
O Leão da Estrela a todos envolveu em boa disposição e saudosismo.
Obrigado à equipa de produção e respectivas entidades municipais pelo excelente trabalho."

FORRETAS

Há quem não deixe escapar um oportunidade... 
Desde que o comércio reabriu, há quem entre em todas as lojas. 
Gabam-se, depois, que assim poupam muito em álcool gel...

Frango de churrasco. E cozido à portuguesa...

Cabedelo: Revitalizar? Reanimar? Revigorar?
"Que conceito de REABILITAÇÃO URBANA é este que afasta a comunidade que ao longo das últimas décadas tem construído aquele lugar?"

revitalizar

"revitalizar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/revitalizar [consultado em 20-08-2020].
revitalizar

"revitalizar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/revitalizar [consultado em 20-08-2020].
revitalizar

"revitalizar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/revitalizar [consultado em 20-08-2020].
Não é novidade. 

Esta é para contar às crianças e lembrar o povo: no Cabedelo, a palavra requalificação quer dizer expulsão e despedimento

A foto fala por si: a edificação que está a ser desmantelada, próximo da nova rotunda, mesmo à entrada do início do processo de requalificação, era o antigo e famoso estabelecimento da "Ti Arminda" onde o povo bebia uns copos e comia uns frangos assados.

O processo de requalificação em curso no Cabedelo expulsou a "Ti Arminda". Mas, mesmo ao lado das ruínas do estabelecimento da "Ti Arminda" já lá está outra chafarica. 

Para vender  o quê? Pasmem: frango assado...

Isto resume o processo de requalificação do Cabedelo: quem lá está há dezenas de anos é expulso para dar lugar aos amigos.

Não vale a pena, dirão muitos de vocês! Isto foi sempre assim, desde Fontes Pereira de Melo, pelo menos. E ainda poderia dizer-se mais: no Estado Novo, era mesmo assim e no novo Estado a que chegamos, continuamos no passado

Portanto, se continuamos assim-assado, não há meio de cozinharmos uma democracia com os condimentos certos. 

No Cabedelo, continuamos com o frango assado e o cozido à portuguesa.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Para quem ainda não entendeu a gravidade da situação, a resposta do senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro aos cidadãos foi feita em nome do Estado.

"O silêncio é a única resposta que devemos dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites".

Esta resposta do senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro aos cidadãos, para quem ainda não entendeu a gravidade da situação, foi feita  em nome do Estado

Um presidente de junta de freguesia representa o Estado.
Perante isto  o que disse, Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz?
"Assunto encerrado". "Os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara", afirmou ainda Carlos Monteiro.

O senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro escreveu uma patetice na resposta que deu ao grupo de cidadãos. É uma patetice responder-se com  sobranceria, ainda por cima em papel timbrado da Junta de Freguesia.
Clarificando a realidade que é a gravidade da situação: o senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro respondeu aos cidadãos  em nome do Estado.

Não foi o cidadão António Manuel dos Santos Salgueiro, nem o militante do Partido Socialista, que respondeu aos cidadãos. Foi o presidente da junta de freguesia de S. Pedro,  que respondeu aos cidadãos da freguesia de S. Pedro, na sequência de uma exposição enviada à Junta de Freguesia relativa a um problema com uma caixa multibanco avariada no mercado local, assinada por dus centenas de residentes.
Perante isto, Carlos Monteir disse: "Assunto encerrado"!
E, decorridos 3 dias, não aconteceu nada numa cidade que tem tudo e em segurança?..

Têm a palavra os cidadãos: da freguesia de S. Pedro e do concelho da Figueira da Foz.

A realidade

Foto Pedro Agostinho Cruz
Quem não gosta da sua Aldeia, do seu cantinho, do seu torrão natal? 
Eu gosto - e muito. Porém, não tenho ilusões...
É uma Aldeia urbana. Todavia, atrasada, pouco desenvolvida, sem massa crítica e, em grande parte, pouco culta. Contudo, habitada maioritariamente por gente honesta, simples e boa. Influenciada, porém, deixa-se ficar refém de vagas de superficialidade. 
A maioria das pessoas que habitam a Aldeia trabalha duramente. Contudo, o futuro para a maior parte dos jovens - e não só... - é incerto. A economia é débil. A Aldeia julga-se cosmopolita. Mas, não é... No fundo, é provinciana. Tem muitos aproveitadores. 
Como outras Aldeias e cidades...

CEMAR vai retomar a sua actividade normal, após a interrupção que durava desde Março deste ano devido à pandemia causada pelo vírus SARS-Cov-2.

Video sacado daqui

"A acção do CEMAR vai, no futuro próximo, estar livre e disponível para se orientar, com redobrada e final disponibilidade, para aquele que, desde 1995, é o seu projecto principal e primordial: a criação do Museu do Mar na cidade da Foz do Mondego. O Museu do Mar onde deverão ser mostradas, e estudadas, quer a História Marítima desta região da Foz do Mondego, na Idade Média e na "Época dos Descobrimentos” (no tempo do Infante Dom Pedro e do "Príncipe Perfeito" Rei Dom João II, Senhores de Buarcos), e nos séculos seguintes, quer a Etnografia e Cultura Popular Marítima das Pescas e dos Pescadores desta região."

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Para memória futura: mais um "assunto encerrado", senhor Carlos Monteiro presidente da concelhia do PS Figueira?...

Como cidadão figueirense, confesso-me preocupado com o que se está a passar na minha Aldeia. 
Como pessoa, com respeito pela política e que não abdica de ser cidadão, tenho a dizer o seguinte: na Aldeia, assistimos a uma ofensiva política sem precedentes. A falta de respeito pelos cidadãos atinge níveis salazarentos. Quem questiona o poder é atacado no seu carácter, ou são engendrados e ameaçados de divulgar putativos episódios pretensamente pouco edificantes. 
Isto é pidesco. Está em risco a nossa liberdade individual. 
Exemplos não faltam. Este, é só mais um.
Os defensores da medriocridade instalada seguem percursos cuja credibilidade raia o ridículo. 
Há, contudo, uma verdade insofismável: nada disto é surpresa para quem sabe o que acontece quando o PS tem dirigentes do calibre dos que estão instalados na cadeira do poder na minha Aldeia. Mais grave ainda: com poder absoluto.
A malta da Aldeia consegue rever-se nisto? 
Será que a Aldeia já é dos idiotas, porque eles são muitos, como antecipou um dia Nelson Rodrigues?

Uma situação que não é nova: "Figueira está há meses sem embarcação salva-vidas de grande capacidade"

Via NOTÍCIAS AO MINUTO

«O porto da Figueira da Foz está há oito meses sem o salva-vidas de grande capacidade do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) Patrão Macatrão, utilizado principalmente em salvamentos a longa distância, disse fonte da autoridade marítima. 
Em declarações à agência Lusa, o capitão do Porto da Figueira da Foz, João Lourenço, manifestou-se preocupado com a situação de inoperacionalidade da embarcação salva-vidas, revelando que a Patrão Macatrão saiu de serviço em dezembro de 2019, depois de ter partido uma hélice por ter embatido, durante a noite, "presumivelmente", contra os restos de um tronco de árvore arrastado pelas cheias do Mondego. "O processo de reparação está a demorar mais do que eu gostava e não sei quando estará concluído. É uma embarcação que tem vários anos de serviço [está no ativo desde 1997] e foi decidido juntar a reparação a uma revisão geral e renovação", explicou João Lourenço. 
O capitão do porto adiantou que a situação o "preocupa bastante, não tanto neste período de verão, mas sobretudo no inverno, em que a Patrão Macatrão tem mais vantagens, nomeadamente se for um salvamento a longa distância, porque pode operar até às 50 milhas" da costa, cerca de 90 km. O salva-vidas tem 13,5 metros de comprimento, cabine rígida e uma "reserva de flutuabilidade" que lhe permite enfrentar condições extremas de mar, mantendo a posição 'sempre em pé'. "Mas estaria mais preocupado se fosse a lancha semirrígida, [outra embarcação que a estação salva-vidas da Figueira da Foz do ISN possui, mais vocacionada para operações costeiras], que é muito mais rápida e pode operar na rebentação, com algumas condicionantes. Mas para isso também temos as motos de água", observou. 
Sobre os procedimentos de reparação, o comandante do porto explicou que há cerca de dois meses, em junho, estiveram na Figueira da Foz técnicos do ISN e Direção-Geral de Faróis para definirem a "lista de trabalhos" a incluir na intervenção, e, mais recentemente, também um responsável do departamento marítimo do Norte. João Lourenço disse ainda desconhecer qual a verba necessária à reparação da Patrão Macatrão: "Uma só hélice é caríssima e depois há toda a lista de trabalhos e de equipamentos novos", argumentou o capitão do porto. Admitiu, no entanto, que o custo poderá ser superior a uma dezena de milhar de euros, montante que "ultrapassa" a disponibilidade financeira do departamento marítimo do Norte e que deverá ser "centralizado" na Autoridade Marítima Nacional. O salva-vidas, habitualmente fundeado na marina, na zona ribeirinha da Figueira da Foz, está há vários meses a seco, nas instalações de um empresa de reparação de iates, na margem esquerda do Mondego, constatou a Lusa no local. 
O alerta para a situação do salva-vidas Patrão Macatrão partiu hoje do PSD da Figueira da Foz, que se manifestou preocupado com a possibilidade deste município do litoral do distrito de Coimbra - que para além do porto comercial, possui porto de pesca e atividade de náutica de recreio - estar sem aquele equipamento nos próximos meses. "A Figueira da Foz arrisca-se a passar o outono e o inverno sem a lancha salva-vidas. Mas uma situação de emergência pode acontecer a qualquer altura, até pode acontecer agora, o mar é imprevisível", disse à agência Lusa o líder concelhio do PSD, Ricardo Silva. O presidente da concelhia social-democrata lembrou, por outro lado, o histórico de acidentes, alguns mortais, ocorridos nos últimos anos na zona da barra do porto, como o naufrágio do arrastão Olivia Ribau, em outubro de 2015, que provocou cinco mortos. "Na altura, o Patrão Macatrão também estava avariado e não pôde ser utilizado", recordou Ricardo Silva.»

Holanda tem plano para penalizar empresas que saiam para países com impostos mais baixos

"De acordo com cálculos independentes do projeto The Missing Profits of Nations, Portugal perdeu para os Países Baixos quase 180 milhões de euros em receita de IRC."