quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Eles mudam tudo, eles mudam tudo, e não mantém nada!..

Via Diário as Beiras

Mais uma falsa partida...

Imagem via Diário as Beiras

Falsa partida: "ferry" para o TROIADELO, afinal, já não é para "breve"!..

Via Diário as Beiras

"... metia cunhas a favor de empresário suspeito"

Via Jornal de Notícias
"Almeida Henriques, ex-secretário de Estado e actual presidente da Câmara de Viseu, recebia avença enquanto esteve no Governo e no Parlamento. A Judiciária do Porto escutou o político e tem provas de ligações perigosas.

O ex-secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional e actual autarca de Viseu, Almeida Henriques, está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto e Ministério Público por suspeitas de ter sido facilitador dos negócios de José Agostinho Simões, empresário detentor da marca Tomi, acusado no processo do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). Através de uma empresa tida por "testa de ferro", o político terá recebido cerca de 120 mil euros pelos serviços prestados enquanto esteve no Governo e no Parlamento.

Ao JN, Almeida Henriques recusou qualquer declaração. No final de outubro, quando o JN noticiou a sua constituição como arguido, o autarca disse: "Só me pronunciarei quando conhecer o que consta do respectivo processo, sendo certo que estarei sempre disponível para colaborar com a justiça".

Para a PJ, Henriques telefonou a autarcas e outros decisores políticos, como Manuel Machado, de Coimbra, e ainda Rui Moreira, do Porto, para que estes recebessem o empresário José Agostinho e assim tentar obter negócios."

Um ideia para rentabilizar o "ferry" para o "novo Cabedelo"...

Ontem, a primeira página do Diário as Beiras, divulgava, em primeira mão o "ferry", que há-de ligar as duas margens do estuário do Mondego.

Ora, está aqui uma janela de oportunidade para a "mercearia" figueirense poder continuar a crescer...
Na Figueira, se há sector económico onde se verifica uma concorrência feroz, é na mercearia... 
Todavia, depois da ocupação terra, ainda temos o rio e o mar: "já há supermercados flutuantes"...

E, assim, expandia-se a "mercearia" e rentabilizava-se o transporte fluvial.
Fica a ideia. Mais uma vez
Agora, à atenção do novo presidente, Dr. Carlos Monteiro.
Bem-vindos ao TROIADELO.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

"Câmara de Gaia, Ajuste Directo de 40.000,00 euros por 1 dia de trabalho"

Via Aventar


"Ajuste Directo de 40.000,00 euros da Câmara de Gaia a Eduardo Paz Ferreira, marido da Ministra da Justiça, por um dia de trabalho.
Por mera, mas infeliz coincidência, Eduardo Vítor Rodrigues viria a ser absolvido, um mês depois deste Ajuste Directo, pelo Tribunal Relação do Porto, num processo em que fora condenado pelo Tribunal de Gaia. Não há nenhuma relação entre os dois factos, até porque a Ministra da Justiça não faz nem influencia acórdãos."

Casos dos presidentes das juntas de S. Pedro e Quiaios: vamos então falar politicamente daquilo que é político - deixem-se de tacticismos políticos e vão ao cerne do problema...


Via Diário de Coimbra
"Em Outubro de 2017, o Tribunal de Coimbra condenou António Matias, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, Figueira da Foz, entre Outubro de 2013 e Junho de 2014, a cinco anos de prisão, ao dar como provados dois crimes de peculato, dois de falsificação de documento e um de prevaricação de funcionário. No essencial, tentou beneficiar a filha enquanto presidente da autarquia, só ficando com pena suspensa porque, notou o Tribunal, não tinha antecedentes criminais. Do julgamento resultaria ainda a condenação de dois elementos da Direcção da Junta (tesoureiro e secretário) e da filha do autarca."

Posição do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, em Julho de 2014, ainda não havia a condenação do Tribunal de Coimbra: "Segundo nota de imprensa da coligação Somos Figueira lida aqui, na reunião de Câmara de ontem, vedada à comunicação social e ao público, "o presidente João Ataíde abordou a situação que se vive no seio do executivo da junta de freguesia de S. Pedro, após o secretário e a tesoureira terem anunciado que pretendiam a demissão das suas funções, na sequência de António Samuel, líder do executivo, ter utilizado dinheiro público, entretanto reposto, para pagar despesas pessoais. O edil defendeu que estas condutas são censuráveis e que, apesar de considerar que há pouca sustentabilidade para António Samuel se manter no cargo, a Assembleia de Freguesia tem autonomia para demonstrar a sua vontade, independentemente da decisão tomada pelo presidente da junta."
Via Diário as Beiras
"Em 6 de Dezembro de 2019, a presidente da Junta de Freguesia de Quiaios Maria Fernanda Lorigo, e o secretário, Carlos Alberto Patrão, foram ontem condenados pela prática de um crime de prevaricação de titular de cargo público a penas de prisão, suspensas, e à perda de mandato. À ex-tesoureira, Ana Raquel Correia, também foi decretada uma pena de prisão suspensa.
Os três arguidos foram julgados por terem favorecido o pai da autarca, Manuel Lorigo, para que este fizesse os serviços de manutenção das Piscinas da Praia de Quiaios. O tribunal considerou que Fernanda Lorigo foi quem teve “o papel mais activo” e aplicou-lhe uma pena de três anos e nove meses de prisão. Já Carlos Patrão foi condenado a dois anos e 10 meses e Ana Correia a dois anos e seis meses de prisão. Todas as penas foram suspensas por igual período.
Os três arguidos terão ainda de pagar ao Estado 8.700 euros em partes iguais."


Em 9 de Dezembro, no decorrer da sessão camarária realizada, foi a seguinte a posição do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
Via Diário as Beiras.
 
Entretanto, a presidente da Junta de freguesia de Quiaios vai recorrer da sentença, o que lhe permite permanecer no poder, apesar de já ter sido condenada pelo Tribunal.
Não há aqui, no mínimo, dois pesos e duas medidas do poder autárquico Figueirense?

Adoro ...isto sim, isto é mesmo um coreto... E lindo como a amostra mostra em todo o seu esplendor

Imagem via Luís Pena
Citando o Diário as Beiras:
"O presidente da câmara mostrou, ontem, as fotografias do projecto do coreto que vai ser instalado no jardim municipal. Trata-se de uma peça arquitectónica contemporânea, em aço, inserida no projecto global de requalificação daquele espaço público e zona adjacente, que arranca no início de 2020. A forma e as cores, salientou Carlos Monteiro, enquadram-se na envolvente paisagística, com rendilhado inspirado em folhas de plátano.
As fotografias foram mostradas na reunião da câmara." 
Em tempo.
Cito o ex-presidente Ataíde, em Dezembro de 2015: “corre o boato de que o coreto estaria nas Alhadas, mas isso não corresponde à realidade. Foi destruído e não tinha nada que o nobilitasse.
Penso que as pessoas têm presente um outro coreto que não conheci e já levei arquitectos ao jardim municipal e dizem-me que agora ele não tem dinâmica arquitectónica para o coreto. Para isso, temos de arranjar um modelo que se adapte àquela configuração – de alameda aberta para o rio. Porém, no fundo, o que as pessoas pretendem é todo o outro jardim de lago, patos e ringue que já não existe!”
... 
Sobre isto, o coreto, já só há lugar para o vazio e para o oblívio.

"Para quando instalação de medidores da qualidade do Ar?"

Sobre a reunião de 1 Julho 2019, quando Ricardo Silva apresentou requerimento relativo à mobilidade urbana, e falou sobre descarbonização e sobre as medições da qualidade do ar...
Passo a citar um comunicado do PSD.

«“A Vereadora Ana Carvalho Oliveira, relativamente à qualidade do ar, pretendeu esclarecer que, quem tem competência da sua monitorização e validade é a CCDRC. Existe uma estação de fundo, em Montemor-o-Velho, e outra na Lagoa de Ervideira, que faz a monitorização da qualidade do ar desta região. É assim que está definido para Portugal, há uma rede de qualidade do ar, que é a QualAR. No entanto, há municípios que o fazem, mas são poucos. O efeito disso é relativo, pois o que é importante é depois comparar com dados que sejam importantes.”

A CIM de Aveiro aderiu ao projecto europeu, Clair City é um projecto de quatro anos ao abrigo do Horizonte 2020 da UE e trabalha directamente com os cidadãos e com as autoridades locais em seis países da Europa. O projecto usa um jogo, uma aplicação para smartphones, concursos, workshops e eventos para descobrir as expectativas e sonhos dos habitantes em relação ao futuro das suas próprias cidades.

O trabalho irá ajudar as autoridades municipais a conceberem planos para satisfazer as necessidades dos seus habitantes, e a fazê-lo de forma a manter o nosso ar limpo e a reduzir o contributo de cada cidade para as alterações climáticas a nível global.

A CIM de Aveiro aderiu Projecto europeu, neste âmbito a Câmara Municipal de Águeda criou: Sm@rt City Lab o projecto dos Laboratórios Vivos para a Descarbonização de Águeda.

Com objectivo de redução das emissões de CO2 vá além dos desafios europeus (20% até 2020 e 40% até 2030)”, para isso instalou 19 sensores ambientais distribuídos por 8 estações que disponibilizam várias informações relevantes.

A iniciativa foi já reconhecida internacionalmente pela Green Destinations, organização internacional que foca os valores da sustentabilidade no âmbito do turismo.

Ainda recentemente, o Município de Águeda foi distinguido como um dos mais sustentáveis do país.

Por estas medidas, é que há concelhos que estão mais desenvolvidos que a Figueira da Foz!

Por cá, a falta de ideias, o populismo eleitoral e, a ânsia em fazer obras, levaram que fossem gastos 6.5 milhões de euros em obras de requalificação urbana, com uma alegada suposta descarbonização, sem conhecer os objectivos atingir e sem qualquer tipo de estudo.

Relativo à qualidade do ar a sul do concelho, nos últimos anos quer a oposição, quer a população têm alertado para o problema, uma vez mais a Câmara Municipal cruza os braços.»

Quem é que anda preocupado com o futuro da Figueira?

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Um artigo do Fernando Mendes, Professor de História e Cidadão da Figueira da Foz sobre o abate do freixo

Via Maria Teresa Rosendo Rito. Para ler melhor clicar na imagem.

Se Ricardo Salgado caísse o que é que aconteceria?.. No mínimo, uma derrocada do sistema...

Via Paulo Morais

"COMO É POSSÍVEL RICARDO SALGADO não estar preso?
(questão que coloco no DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO, 9 de Dezembro, pelo sexto ano consecutivo)
Salgado não foi sequer sido julgado, mais de cinco anos passados sobre a resolução-falência do Banco Espírito Santo. Ricardo Salgado actuou sempre com impunidade, dispõe do cartão “VOCÊ ESTÁ LIVRE DA PRISÃO” – nas costas do cartão está lista dos políticos e jornalistas que foi comprando ao longo de décadas. RICARDO SALGADO é o maior responsável pela desgraça de milhares e milhares de portugueses. Salgado provocou a falência do BES, do BES Angola, do GES, da Rioforte, a destruição da PT… com enorme benefício para si e os seus amigos e cúmplices. Ricardo Salgado esteve sempre ligado a negócios contaminados pela corrupção: aquisição de submarinos aos alemães, abate ilegal de sobreiros que permitiu o negócio imobiliário “Vargem Fresca”; tráfico de influências na privatização da EDP, descapitalização irreversível da Portugal Telecom, eventuais subornos a Sócrates e Vara. No estrangeiro, surge como o banqueiro do escândalo Mensalão, no Brasil; e aos problemas do Petróleo de Angola.
E que dizem sobre esta impunidade absoluta de Salgado o seu amigo Marcelo Rebelo de Sousa? E António Costa, Rui Rio, Catarina Martins, Assunção Cristas e Jerónimo de Sousa? Porque estão todos quedos e mudos, perante o maior escândalo financeiro deste Regime? Revolta esta anomia!!!"

"União das Misericórdias ameaça reduzir camas e fechar valências"...

"A União das Misericórdias ameaça reduzir camas e fechar valências de cuidados continuados de longa duração. Isto se o Governo não aumentar, já a partir de janeiro, o valor da comparticipação por utente.
Actualmente são 62 euros e 25 cêntimos por dia.
As Misericórdias pedem mais 6 a 7 euros no mínimo, segundo dizem, para cobrir as despesas e manterem os serviços em funcionamento."

Em tempo...
"As misericórdias, os maiores proprietários imobiliários nas cidades de norte a sul do país. As misericórdias, onde para meter um familiar num lar é necessário uma doação de milhares de euros, ou uma propriedade e/ ou imóvel que fazem o tal património, e uma propina mensal de muitos salários mínimos. As misericórdias, onde apesar das quotizações cobradas aos "irmãos" tudo custa os olhos da cara, desde fisioterapias a apoios domiciliários passando por actividades ocupacionais. As misericórdias, o albergue do emprego para a vida das distritais do PSD e CDS. As misericórdias dão ultimato ao Governo."

Este, é o Lídio que conheço há 30 e muitos anos: trabalhador, ansioso, nervoso, lutador, perfeccionista, teimoso, chato, perseverante, mas sempre focado no objectivo...

Lídio Lopes, se continuar aquele que conheço, vai continuar a “não estar disponível para aceitar conselhos daqueles que não lhe querem bem”...

Quase 46 depois do 25 de Abril de 1974, Portugal, um estado democrático e laico...

 Via Foz ao Minuto

"No dia 8 de dezembro, a Carapinheira viu o seu parque de máquinas reforçado com uma mini-giratória. O momento foi assinalado com a cerimónia de bênção do novo equipamento que vai ser colocado ao serviço da população e que representa um investimento de 52 mil euros, por parte da Junta de Freguesia da Carapinheira.
Após a bênção, efetuada pelo diácono Lusitano Raínho, o presidente da Junta de Freguesia, Victor Monteiro, visivelmente satisfeito, referiu: «É com muito gosto que passamos a dispor de uma mini-giratória para prestar serviço no âmbito das competências que nos são delegadas»."
Em tempo.
Espero que a moda não pegue na Figueira...
Entretanto, como até o Padre ajudou, "apertem, apertem com ela"...

domingo, 8 de dezembro de 2019

Estaria a pôr em causa a segurança das pessoas, ou foi só ignorância?

Oliveira com mais de dois mil anos cortada para lenha em Alcobaça
Imagem via jornal SOL

"População indignada com destino da árvore, que foi transplantada em 2012 para ser vendida para o Dubai.
Uma oliveira com mais de dois mil anos terá sido cortada e transformada em lenha em Chão do Galego, uma pequena aldeia da freguesia de Turquel, concelho de Alcobaça.
Depois de ter sido mudada de local, a árvore estaria quase seca, mas não totalmente perdida.
A oliveira de Chão do Galego, com cerca de 4 metros de diâmetro no tronco, teria sido retirada do seu local em 2012 para uma espécie de vaso com 7 metros, para posterior venda para o Dubai. O negócio acabou por não se concretizar e a oliveira perdeu algum do seu fulgor devido à mudança e aos verões quentes dos últimos anos. Desconhece-se se o dono do terreno tentou outra solução para a árvore antes de a mandar cortar e transformar em lenha no final de novembro."

Pim Pam Pum!


"Bacalhau Story Centre ou Centro da História do Bacalhau? Desenganem-se os optimistas: a distribuição de subsídios é que garante clientelas. É ela a única política cultural indígena.

Com o ar sorridente e disciplinado de quem nunca tem dúvidas, o sr. Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, disse há dias que ainda não sabe se vai haver um Bacalhau Story Centre ou um Centro da História do Bacalhau. Acrescentou mesmo, um pouco enfadado: “Temos de ver se o nome fica em inglês ou português”.

É uma dúvida que quase o eleva a um personagem de Shakespeare, o incomparável Hamlet. Nada que admire. Deve, ou não, um museu, ou outra coisa qualquer, ter o nome em inglês, para atrair mais turistas, ou em português, já que qualquer dia não há alfacinhas em Lisboa? A resposta, para o sr. Medina, parece ser óbvia: A seguir, para atrair mais turistas, e eles se sentirem em casa, como se estivessem no seu sofá com chinelos de feltro e a comer pipocas, deve Lisboa passar a designar-se como Lisbon ou Lisbonne? Há, claro, o reverso desta medalha de chumbo: se Portugal não tem orgulho na sua própria língua, é porque considera que é uma cultura periférica, chata e dispensável. O desprezo pela língua portuguesa é o mesmo que desprezar a Cultura nacional.
Ninguém parece ter-se indignado com a dúvida existencial do sr. Medina. Afinal estamos cercados de Websumits e de Black Fridays. Mas a simples dúvida faz-nos recordar que lá por fora a Unesco promulgou o Dia Mundial da Língua Portuguesa e que se tenta que o português seja língua de trabalho da ONU.

Quando abrimos os braços ao inglês como exemplo de “modernidade”, está tudo explicado como a nossa pretensa elite olha para uma cultura milenar. Como não falava, Harpo Marx usava uma buzina para se exprimir. Todos percebiam melhor as suas emoções do que quando se escutam, nestes dias líquidos, muitos dos que se contorcem a ensaiar exasperantes bocejos sobre a Cultura.

O que dizem fica a meio termo entre uma buzina, uma sirene e um martelo pneumático. Depois do ruído fica-se sempre com a noção de que eles próprios estão perdidos no seu labirinto. A importância que o sector político devota à Cultura ficou plasmado nos seus programas e nos debates eleitorais das últimas eleições: um imenso vazio de ideias. Nada que admire. A xaranga continuou e está instalada, como uma comédia do velho Parque Mayer: só os “compères” são outros.

Recentemente, na Assembleia da República, assistiu-se a mais um dos cativantes debates sobre a Cultura nacional. Poder e oposição, decidicaram-se ao clássico jogo da cabra-cega, em que um dos participantes, de olhos vendados, procura adivinhar onde estão os outros e quer agarrá-los.

Aqui, numa comovente alteração de regras, estavam todos com os olhos vendados. Hipnotizados pelo “desígnio nacional”, uma macumba em que se julga que com 1% do OE se resolverão os males da Cultura. Enfeitiçados, todos olham para a Cultura apenas como um dote. Isto é, um bolo-rei de subsídios. O fundamental não se discute, mas também o que se pode esperar? As ideias originais não existem, as que se debitam são emprestadas, e o subsídio é uma agradável e fácil sopa dos pobres.

Que importa que não haja uma política para o livro (para apoiar a edição face a uma complexa e predatória distribuição) num contexto onde a leitura é cada vez mais um reduto de resistentes? Para quê discutir a autonomia de museus que vivem à míngua de tostões? Porquê gastar tempo a trocar ideias fortes sobre uma estratégia integrada do audiovisual, que lhe possa abrir novas fronteiras? Isto, entre tantas outras coisas estruturantes.

Desenganem-se os optimistas: a distribuição de subsídios é que garante clientelas. É ela a única política cultural indígena. Costuma dizer-se que a avestruz, quando se vê em perigo, afunda a sua preciosa cabeça na terra. Fica com a ilusão de que, se ela não vê, também não será vista. A generalidade dos partidos políticos comporta-se perante a Cultura da mesma forma que uma avestruz: enterram a sua cabeça, abanam as asas, e esperam que elas se transformem em notas de euro em contacto com o vento. Todos têm medo da Cultura. E, assim, preferem brincar à cabra-cega."

Dever cumprido...

"Venho alertar-vos para uma nova praga que ameaça infestar Portugal. Depois da profusão das Feiras Medievais, temos a Aldeia Natal, a Cidade Natal, a Vila Presépio, a Vila Natal, o Lugarejo Presépio, a Povoação Natal. Denunciei, fiz a minha parte. Quem de direito que faça a sua."
Rui Rocha

Em tempo.
Na Figueira, depois de em 2018 termos tido a Casa do Pai Natal, no Largo Dr. Melo Biscaia, frente ao café Nau, voltamos a ter,  14 e 24 de Dezembro, o Jardim Natal, pois mesmo um "novo" presidente tem de continuar a acreditar no Pai Natal! "Faz parte do sonho"...

Em Montemor-o-Velho, já está aberto desde 30 de Novembro o "Castelo Mágico".