segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A factura da desilusão final vai ser bem mais pesada, que o desapontamento de enfrentar a realidade...

"Perda constante de população? Falta de capacidade de atração de Empresas e de condições de fixação de jovens? Inexistência de Ensino Superior? Incapacidade de resolução dos efeitos da erosão costeira nas praias do concelho? Inexistência de qualquer estratégia de combate à sazonalidade do turismo? Adormecimento face à proliferação de médias superfícies comerciais na periferia da cidade, mesmo em terrenos naturalmente vocacionados para zonas verdes? Corte indiscriminado de árvores, “sem dar por ela”?

Nada que um placebo do Gabinete da Presidência da Câmara da Figueira da Foz não resolva, via Nota de Imprensa… Problemas? Quais?!…"
Extracto da crónica "Placebo", hoje publicada no DIÁRIO AS BEIRAS, por Teotónio Cavaco.

Contraste


Num concelho cujos mandantes gostam pouco de árvores, é natural que eles não gostem de quem não gosta tanto de cimento como eles.
Num concelho em que a obra é mais importante do que os cidadãos, este contraste era previsível.
O figueirense,  enganado por por políticos, vai-se divertindo a dizer mal de quem ainda se preocupa com o futuro, continuando a defender,  também pelo voto, quem só se lembra dele nas campanhas eleitorais.
Ainda assim, estou com alguma curiosidade em saber se aparecerá por aqui algum daqueles comentadores a quem estas árvores fazem alergia.

Areia da ria de Alvor vai aumentar praia...

A poda está feita...

“Os figueirenses podem estar descansados porque vamos concorrer, vamos renovar [a licença] e seremos os futuros concessionários. Trazemos atrás de nós um rasto de credibilidade, de respeito e de bons contribuintes. As coisas têm corrido bem e esta história de 70 anos, obviamente, tem o seu valor”, Fernando Matos, via DIÁRIO AS BEIRAS.

domingo, 20 de janeiro de 2019

O comércio tradicional foi liquidado na Figueira...



E essa não é uma "falsa questão", professor Fernando Lopes.
Tal aconteceu porque há quem, na Figueira, pode e  manda.

E porque manda, permitiu.
E vocês, comerciantes tradicionais, sofrem as consequências.

Porque há quem, eleito também por vocês, pode e manda na Figueira.
Foi assim.
E, perante os personagens em questão, não podia ser de outra maneira.

A solidão e a velhice que a Figueira trata tão mal

"A vida é vida em qualquer lugar. A vida está em nós mesmos e não no exterior". Dostoiévski.

Estar só, não é estar desamparado. A não ser que a pessoa em questão seja frágil e pense que a solidão é um sítio de onde não se volta.
Eu sempre achei normal e encontrei sentido no isolamento, no silênco e no resguardo do recato.
Foi aí que encontrei espaço e tempo para  a leitura interna: de mim próprio, do meu dia a dia, e dos consequentes erros e acertos. Isso, foi-me permitindo saber quem sou, sem me preocupar para onde vou, pois sempre soube para onde não queria ir.

Cheguei a esta idade sem mágoas. Mas, com decepções.
Não nego que, por vezes, me iludo. Chego a pensar que guardei informação, cultura, afectos e conhecimento.
Nada disso é verdade. Sem dar por ela, fui acumulando solidão e fantasia.
Todos os que chegarem a velhos, vão  acabar por viver a irrelevância, a obsolescência e a solidão. 


A Figueira está a tornar-se uma sociedade de velhos que trata muito mal os velhos.
A ideia e a propaganda de uma requalificação contínua é uma grande e cruel mentira. Os velhos são um embaraço. Um peso que se atura, que se arruma num canto, que se mete num “lar”

A Figueira está a criar um inferno despido de árvores.
As obras recentes em Buarcos mostram o desprezo que os políticos figueirenses nutrem pelos cidadãos.
Cito o João Vaz: "Quem tem dificuldade em aceder a pé à Padaria, Correios, Farmácia, Banco, Centro de Saúde, continua na mesma. É inadmissível que a Lei das Acessibilidades (DL163/2006) seja ignorada pela Câmara Municipal.
Por mais que se apregoem ideais de inclusão, a verdade é que a cidade fala por si: persistem os espaços que estão ao alcance só de uns e onde não se verifica o cumprimento de regras básicas que garantam a inclusão de todos, levando os indivíduos com mobilidade condicionada a sentirem-se, de forma mais ou menos directa, excluídos
."


Enquanto se puder, embora sabendo que não é possível mudar nada, resta ir  vivendo o dia a dia composto de acção, razão e emoção.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Nada a fazer. Começo a ter essa opinião...

1. Não está em causa a existência de qualquer ilegalidade na questão da contratação, por ajuste directo, do familiar de Jerónimo de Sousa, deputado e Secretário Geral do PCP, pela autarquia de Loures, presidida por Bernardino Soares.

2. Em Portugal, seja em Lisboa, Porto, Coimbra, Figueira da Foz, etc., etc., etc., incluindo Açores e Madeira, os políticos no poder, em primeiro lugar, cuidam dos que lhes são mais próximos. A começar pela família...

3. Carlos César é disso um belíssimo exemplo: a família está quase toda empregada no Estado.

4. Depois do "Caso Robles", o único partido a quem reconhecia a "superioridade moral", que me permitia considerá-lo diferente dos outros, era o PCP.

5. Para mim,  quem se inscrevia como militante do  PCP, era por defender convicções e princípios.

6. ... agora, surgiu “este episódio Jorge Bernardino”...

7. Qualquer militante do PCP na Figueira, se tivesse conhecimento de um episódio de um hipotético tratamento de favorecimento de um familiar do presidente da câmara (por exemplo: um sobrinho...),  do presidente da AM (por exemplo: uma filha...), ou de um presidente de junta do nosso concelho (por exemplo: uma filha...), como sabemos governada pelo PS, diria: "isto com o PCP na Câmara não acontecia, pois o PCP tem uma tradição autárquica bem diferente."

8. A uma calúnia, a uma injustiça, responde-se com factos, com argumentos, com transparência, com clareza. Não com demagogia...

9. Jerónimo de Sousa ficou atrapalhado. Disse,  o que diria qualquer outro político: "a família não dever ser utilizada como arma de arremesso".
E Bernardino Soares justificou-se com “os preços do mercado.”
Foi pouco e foi curto.

10. Sei que esta postagem, tal como todas as que publico, vai ter este julgamento: "se não estás por mim,  estás contra mim".
Isso afecta quem tem de escolher entre o poder de um ou de outros. Um espírito livre, não se rege por sistemas tácticos rígidos.
Não desconheço que esta é uma posição que poderá ser algo ingrata. Mas, ao mesmo tempo, esta é a posição que me permite a solidão política em que vivo há décadas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Tão velho que isto é...

Como se tenta silenciar a comunicação social...

A fórmula é simples e antiga: quando é publicada uma notícia que não agrada, corta-se a publicidade ao órgão de comunicação social que teve a "ousadia" de escrever o que "não devia"...
a fórmula é simples e antiga, e agora dando nome às coisas: o JORNAL DE LEIRIA publicou na última edição um trabalho onde alguns empresários criticavam a Câmara da Marinha Grande quanto à morosidade no licenciamento dos processos de obras e aos seus custos.

Passados quatro dias, este mesmo jornal é informado pela empresa municipal TUMG que, por indicação da autarquia, a renovação de um acordo comercial existente entre as duas empresas, renegociada duas semanas antes, ficava, afinal, sem efeito.
Seria triste em qualquer geografia, mas dá mais amargo de boca num concelho que tem no seu ADN a luta pela liberdade, pela qual tanto sofreu. Fica a promessa a todos os leitores, em especial aos da Marinha Grande, que não serão casos como este que desviarão o JORNAL DE LEIRIA da sua linha editorial, que resumimos em quatro palavras: Rigor, Isenção, Causas, Liberdade. 


JOÃO NAZÁRIO

Se estiver com azia, mantenha-se calado!..

""Polémica na Figueira?" - alguma vez? Isso, seria um sintoma do que não existe: vida.

A discussão dizia-nos que estávamos vivos e com a cabecinha a funcionar! Mas, isso, só por si, seria uma coisa fantástica!.. Acham isso possível na Figueira?
Via DIÁRIO AS BEIRAS

Tenreiro e Babo querem Polícia Municipal. Será a criação de uma Polícia Municipal na Figueira, neste momento, um assunto pertinente para o nosso concelho?

A revisão constitucional de 1997 introduziu no artigo 237.º relativo, à descentralização administrativa, uma disposição inovadora: estabeleceu que «as polícias municipais cooperam na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais». Na sequência desta alteração, o legislador veio definir o regime destas novas polícias, estabelecendo que as polícias municipais são serviços municipais especialmente vocacionados para o exercício de funções de polícia administrativa, mas que também cooperam com as forças de segurança na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais.
A criação de cada polícia municipal, que não é obrigatória, compete, em cada município, à respectiva assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal. A deliberação da assembleia municipal que cria a polícia municipal carece de ratificação do Governo, mediante Resolução do Conselho de Ministros, para que possa produzir efeitos.
A polícia municipal depende hierarquicamente do presidente da câmara. Sendo polícias de âmbito exclusivamente municipal, não se permite que os municípios procedam a uma gestão associada ou federada destes serviços municipais.
A articulação da acção da polícia municipal com as forças de segurança com jurisdição na área do município é da responsabilidade do presidente da câmara e dos comandantes dessas forças de segurança.
Na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, vem uma notícia sobre o desejo dos vereadores eleitos pelo PSD Carlos Tenreiro e Miguel Babo de defenderem a criação de um corpo de polícia municipal. Conforme se pode ler no jornal, a proposta enviada à presidência da câmara indica a “criação de uma equipa de trabalho”, liderada pelo presidente, João Ataíde, “com a finalidade de, no prazo máximo de seis meses, apresentar uma proposta que enquadre todas as vertentes funcionais, jurídicas, financeiras e sociais subjacentes à criação da Polícia Municipal da Figueira da Foz”.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o gabinete da presidência adiantou que, “caso a proposta seja agendada”, João Ataíde pronunciar-se-á sobre o assunto em sede de reunião de câmara.
Por sua vez, o presidente da Concelhia do PSD e vereador, Ricardo Silva, declarou: “O PSD não comenta a proposta porque a não conhece”.

Uma nota final.
Recorde-se que a Concelhia do PSD, em dezembro, enviou uma missiva àqueles dois vereadores, deixando claro que, se não renunciassem ao mandato, ser-lhes-ia retirada a confiança política.
A decisão, ainda não foi anunciada. Será que próxima reunião de câmara, a realizar na próxima segunda-feira, 21, iráá trazer a clarificação total sobre este assunto interno do PSD/FIGUEIRA?

Comunistas ao ataque à TVI: "Manipulação, mentira", "torpes e soezes difamações"...

"... o amadorismo de um político de carreira que foi incapaz de antecipar todos os cenários e desfechos possíveis, tornando-se assim na única vítima da sua tentativa falhada de golpe"

Fotografia: Lusa/Cofina Media@Sábado

A irrelevância de Luís Montenegro

Para quem nega a existência de classes. Elas existem até na prisão...

"É um estabelecimento prisional com condições muito acima de outros, até pela notoriedade de quem lá está detido. (...) Também a alimentação está muito acima da média. (...) Não ouço as queixas que me chegam, por exemplo, de clientes que estão detidos no Estabelecimento Prisional de Lisboa (...) O Estabelecimento Prisional de Évora foi objecto de importantes obras de beneficiação e de remodelação com vista ao acolhimento de reclusos que carecem de medidas especiais de protecção”.
- Via OBSERVADOR

"Na abertura do Ano Judicial, Marcelo Rebelo de Sousa pediu uma justiça igual para todos, sem privilegiados nem desfavorecidos".

- Via RTP NOTÍCIAS

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Diálogos ComSentidos‎

"Sem dar por ela"...

Foto o sítio dos desenhos
"E dei comigo a pensar que podar sem saber é como “poder” sem “saber”: invariavelmente dá merda.
E é assim em tudo; não apenas na poda do arvoredo; manda-se porque se pode, sem perguntar a quem sabe, e mainada. E obedece-se sem pensar nem, muito menos, objectar; porque sim, prontos.
Porque o que realmente informa, ou inspira, o exercício deste poder não é uma razão (qualquer razão) baseada no estudo e no conhecimento, mas sim a sua própria consciência de ter poder, razão última porque a sua jactância apenas se completa - ou complementa - na reverência geral, no medo ou na indiferença. E isto é mais verdade quando o poder é absoluto."

"Cautelas e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém"...

 Excepto à galinha... Portanto,
Via DIÁRIO AS BEIRAS
"... confrontemo-los, mas não os mandemos calar, tornando-os nuns pobres coitados, dignos da compaixão de todos os amantes da liberdade. Em nome da liberdade, vamos lá deixar falar os Mários Machados e os Yann Moix deste mundo, acreditando que, quanto mais alto eles gritarem, mais longe se perceberá o tamanho da sua palermice."

"... Yann Moix, o tal escritor francês que diz que “O corpo de uma mulher com 25 anos é extraordinário”, ao contrário do corpo de uma mulher de 50. Até aqui, estamos todos de acordo. Alguém negará que os corpos de 25 anos são muito mais bonitos do que os de 50, de homens ou de mulheres!?"

A piada está feita...

Para ver melhor, clicar em cima da imagem