quarta-feira, 18 de novembro de 2015

18ª. Expo Aves da Figueira da Foz


Oh Cavaco, esse governo de esquerda sai ou não sai?...

Bolsas europeias abrem no vermelho. Juros da dívida portuguesa continuam a cair.” [Expresso]

"Há males que vêm por bem": o Pedro conseguiu mesmo alertar para o problema da nossa costa


Gente fina, nem sempre é outra coisa...

A D. Maria João Avilez, agora colunista do Observador, antiga jornalista e uma intelectual burguesa, certinha e de boas maneiras, juntou-se ao Arroja na classificação das "raparigas do BE"...
"Costa vai poder contar com os disponíveis. Vão-lhe ser certamente de muito maior utilidade que os recalcitrantes comunistas ou as azougadas raparigas do Bloco"...
A D. Maria João Avilez não é directora de um colégio de meninas.
Se o fosse, teria de ser de um colégio inglês, onde as alunas andariam fardadas todas da mesma maneira.
Quando muito, poderiam ser distinguidas pelo "sapatinho"...
Pena, é que fique tão visível que anda a fugir o pé para o chinelo e para a mão na anca a alguma gente tão fina e educada - por sinal, algo nada britânico...
E pronto: cá está uma esclarecedora demonstração do nivelamento por baixo de uma senhora das "nossas" elites!..

Qual é a pressa?.. Qual é a pressa?..

A SIC sabe que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, deverá indigitar António Costa como primeiro-ministro já na próxima semana.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Dias felizes....

“Agora vocês têm uma banana maior e mais saborosa”...

ALERTA COSTEIRO

Temos de ser complacentes?..

Cavaco, Portas e Passos têm sido uma troika coordenada e a única dúvida que se coloca está em perceber quem manda, se Cavaco em Passos ou Passos em Cavaco. O argumento da revisão está combinado e surgiu depois de Passos ter dito que não ficaria a assar, isto é, a ideia pode não ser dele, é bem mais provável que seja de Paulo Portas ou de Cavaco, senão mesmo dos dois.
Se os banqueiros lhe disserem que sim Cavaco vai manter o governo em gestão e alinhará com Passos e Portas dizendo à esquerda que pode resolver o problema da crise viabilizando eleições antecipadas aceitando uma revisão constitucional. Cavaco vai completar a nódoa que tem sido na democracia portuguesa e fazer chantagem sobe a democracia, é um nojo mas é o que temos.”
Isto tem nome: é “a estratégia da chantagem”.

Cavaco, não desesperes: quando te sentires deprimido ou inútil, lembra-te que já houve um dia em que foste o espermatozóide mais rápido de todo o grupo.

Naufrágio do Olívia Ribau...

Ou muito me engano, ou já está encontrado o "bode expiatório"...

Ronda pelos parceiros é retomada amanhã, quarta-feira...

"Cavaco Silva reúne-se com os presidentes dos cinco maiores bancos a operar em Portugal."

Em tempo.
São tão familiares e tão justos e imparciais, que quase se pode dizer que são parentes rectos...

"Às vezes, quando escreve, sente-se Outro"... *

"Fica uma nota comum de desencanto perante todas as dimensões do sistema em que vivemos. 
A ausência de respostas determina o vazio na sua voragem mais demolidora: a de deixar espaço aos oportunistas." 

Um citação da crónica de António Tavares publicada, hoje, no jornal AS BEIRAS.

* - Título retirado daqui.

Palavrinha que ainda estou à espera que apareça um dia destes a exclamar: "a-ha!, a-ha, a-ha!, a-ha, vocês levaram a sério, foi tudo a brincar, a-ha!, a-ha, a-ha!, a-ha"...

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Eh pá, um gajo já não sabe o que fazer mais com a crise...

Hoje, Passos “deixou escapar”: Portugal vai ter novo Governo “dentro de duas semanas”...
Depois de 4 anos de confrontos com o Tribunal Constitucional, será que Passos já se cansou do confronto de alguns dias com a Assembleia da República? 
Baralhando, resumindo e concluindo: crente como sou, continuo a acreditar que Passos não é daqueles que tem dificuldade em viver em democracia!

É preciso ter muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita lata, mas muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita lata mesmo... E, depois, um gajo tem uma trabalheira dos diabos para conseguir juntar tudo e fazer com que isto tenha sentido...

"PSD e CDS apresentam projecto para avaliar reposição de quatro feriados"!..

Vamos pensar a sério no futuro?

Mês e meio depois das eleições, com a crise política em compasso de espera, Cavaco Silva está hoje e amanhã na Madeira, com uma agenda de inaugurações de um centro de design, uma adega e um hotel.
Dado que Cavaco, na quarta-feira, já deverá estar em Lisboa, o que não dará tempo para a petição atingir os 3 milhões, que seria a tal maioria absoluta,  e a direita não há meio de vir para a rua, deixo aqui um texto que deveria ser lido com muita atenção pelos Portugueses que querem uma solução séria, legal e responsável para o futuro do seu país: "A RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA".
"Segundo a Constituição, art.º 117.º, os titulares de cargos políticos respondem política, civil e criminalmente pelas acções e omissões que pratiquem no exercício das suas funções, cabendo à lei ordinária determinar os crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos, bem como as sanções aplicáveis e os respectivos efeitos.
No artigo 130.º prevê-se a responsabilidade do Presidente da República pelos crimes praticados no exercício das suas funções, sendo a iniciativa do processo da Assembleia da República e a competência para o julgar do Supremo Tribunal de Justiça."
Não deixem que a normalidade dê lugar a guerra.  Depois, os discursos que proclamam as virtudes de “viver em normalidade”,são inúteis: a vida normal acaba quando as guerras começam.
"A Constituição é muito clara:  o Presidente da República nomeia o Primeiro Ministro, tendo em conta os resultados eleitorais, depois de ouvidos os partidos representados na Assembleia da República.
Ter em conta os resultados eleitorais significa olhar para a correlação de forças no Parlamento resultante do acto eleitoral. E há situações saídas dos resultados eleitorais que não suscitam quaisquer dúvidas, em que ouvir os partidos não passa de uma mera formalidade. Assim, inequivocamente, quando há um partido ou uma coligação de partidos que ganha as eleições com maioria absoluta dos deputados. Também não há qualquer espécie de dúvida quando depois das eleições se constituiu uma coligação formada por dois ou mais partidos com maioria absoluta de deputados no conjunto dos partidos coligados. E o mesmo se poderá dizer quando dois ou mais partidos negoceiam depois das eleições um acordo de incidência parlamentar que assegura, a um deles, o apoio maioritário no Parlamento. Em todos estes casos a decisão do Presidente da República só pode ser – tem de ser – a indigitação como Primeiro Ministro da personalidade que chefia o partido mais votado, a coligação de partidos ou o partido que beneficia do acordo de incidência parlamentar.
Em qualquer destes casos se o Presidente da República não nomear Primeiro Ministro a personalidade acima indicada, se estiver a fazer depender essa nomeação de exigências ou da aceitação de condições que a Constituição não prevê – e a Constituição não prevê nenhumas! –, terá de entender-se que o Presidente da República estará a tentar alterar a Constituição por meios não democráticos ou, no mínimo, a abusar das suas funções, a violar os seus deveres e a tentar alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente consagrado por estar a impedir o regular funcionamento das instituições."

Quando é que tiram este barco daqui?..

Esta foto, que tirei com um telemóvel, é da manhã de hoje.
A felicidade é fugaz.
Tão fugaz, que muitas vezes passa  e nem deixa traço. 
Por outro lado, a dor e o tempo amalgam-se inseparavelmente. 
Alguns atribuem a culpa aos deuses, outros ao destino.
Neste caso, penso que é dos homens.
Este barco naufragou à entrada desta nossa barra há quase um mês e meio.
Uma das funções essenciais do Estado é assegurar a segurança de todos os seus cidadãos. 
Enquanto o Estado não conseguir assegurar a segurança de todos os seus, incluindo os pescadores - os que têm de arriscar todos os dias a vida para continuar a viver - não há consolo nem redenção para a angústia e para a dor.
O sofrimento humano tem limites. A prová-lo, estão os actos desesperados que marcam o nosso tempo.
Pôr-lhe fim, neste caso, é uma decisão que tem de ser urgente.
Tirem o barco, porra... 

Qual é a pressa?..

"Nova crise política, nova viagem à Madeira. Num tempo em que a direita insiste em tradições e convenções, o Presidente da República mantém o estilo do seu mandato: a agenda não muda, mesmo que o país esteja mergulhado numa crise política. Cavaco Silva deixa assim um sinal de que não tem pressa em dar posse a um novo executivo."
Tenham calma: a viagem não vai ser feita num barco a remos, talvez o meio de transporte mais lento que existe... 
Vão  ser, apenas, mais dois dias de profunda reflexão sobre o futuro do país para o Presidente da República. 
A gente faz que acredita: Cavaco Silva ainda não deve ter, neste momento, fechada uma decisão...
E até já ouviu Arménio Carlos, da CGTP e Carlos Silva, da UGT... 
O que é que a gente há-de fazer? 
Rir-se... Eu tenho rido muito...
Encolher os ombros e ir para a praia?
Que pena começar a não estar no tempo dela...

domingo, 15 de novembro de 2015

Nós, figueirenses...

A vida ensinou-me, mesmo antes de ir para a escola primária, que eu era da Cova e Gala - pelo menos em sentido geográfico
A Figueira, ficava do outro lado: aqui era a outra margem.
Durante muitos anos, não me senti figueirense por aí além.
Ir à cidade não era era fácil. A família não tinha transporte próprio e o dinheiro para pagar o bilhete do autocarro, ou do barco - os saudosos Luis Elvira e Gala - não abundava.
Até acabar a Primária, as deslocações à cidade foram escassas e espaçadas, quase sempre a pé, pela velha ponte dos arcos, atravessando a Morraceira (uma ilha que tanta polémica tem dado ultimamente na política local, com uma área de cerca de 635 hectares,  entre o braço sul e norte do Mondego...), seguindo depois pela velha ponte da Figueira (a velha ponte de ferro, que apenas permitia o trânsito num sentido de cada vez). 
Quando chegávamos ao lado norte, encontrávamos empoleirado numa casota, alguns metros acima do solo, o homem que controlava o trânsito na velha ponte, com o recurso a sinais, e o posto em forma de quiosque da Polícia de Viação e Trânsito (a Polícia de Viação e Trânsito foi extinta pelo governo de Marcelo Caetano, sendo as suas funções atribuídas à Guarda Nacional Republicana...).
Estávamos na Figueira.
A seguir à primária, fui continuar os estudos para a Bernardino Machado e a Figueira ficou  muito mais perto: fiquei a perceber que a Cova e Gala, não era só a Cova e Gala, mas também uma parte da Figueira - uma parte esquecida e desprezada pelo poder político, mas uma parte essencial dela.

Hoje, tudo mudou: é muito raro o dia em que não me desloco à cidade. 
Hoje, sou um figueirense convicto. E, é por isso,  que continuo perplexo com o abandono a que, por exemplo, continua votado um diamante turístico como o Cabedelo.
No Cabedelo já se realizaram provas do campeonato do mundo de surf e várias etapas do circuito nacional. O Cabedelo é uma opção de excelência, há muito referenciada como sendo das melhores ondas do mundo para a prática de surf.
Assim sendo, pergunto-me porque é que ainda não existem infra-estruturas que confiram qualidade aos praticantes de surf e a quem visita um local que é, talvez, a melhor varanda turística debruçada sobre o mar no nosso concelho?
Quando me lembro de anteriores campanhas eleitorais, recordo promessas que continuam por cumprir em relação a este local, nesta outra margem
Não é que as promessas e os slogans mentirosos, em campanhas eleitorais, me perturbem grandemente, pois, presumo, que todos estamos habituados e já não esperamos grande coisa...
Isto, porém, é mais que uma mentira. Para um covagalense, que se queira sentir também figueirense, é uma mentira despudorada. A Figueira, em que os políticos me incluem no decorrer das campanhas eleitorais, não é a realidade em que gostava de estar incluído. 
Não somos cidadãos figueirenses de corpo inteiro,  enquanto os políticos continuarem a negar aos habitantes da Cova e Gala o direito à cidadania.
Neste momento, como já aconteceu em anteriores executivos, sinto que a Figueira de Ataíde e da sua maioria absoluta, não é a minha Figueira. 
O executivo figueirense não me representa, porque não olha para a minha Aldeia como olha para a cidade.
Fica um exemplo concreto: as condições em que na Cova e Gala se pratica desporto. E não estou a referir-me, apenas, ao sintético...

No concelho, o que interessa é a cidade dos negócios. É a Figueira dos interesses. 
A Figueira não é um concelho: é uma empresa. Consequentemente não tem cidadãos: tem números.
Mas, isto já vem de longe. “Entre o progresso e a decapitação da beleza natural”, decidiu-se pelo progresso.
O porto fluvial foi a aposta. Com a “construção dos molhes de protecção da barra”, veio a “melhoria da segurança no acesso às zonas portuárias" e o “aumento, embora gradual, na movimentação de mercadorias”.
Mas, em “contrapartida, a outrora praia viu-se transformada, ao longo dos anos Setenta, num depósito gigante de areia.”
Surgiu o dilema: “Turismo ou desenvolvimento comercial”E o vencedor foi “o elo mais forte”.   
Morreu “o que havia feito sobreviver a cidade após o declínio comercial de finais do século XIX. De Rainha das praias transformaram-na em Praia da Claridade. De Praia da Claridade, num amontoado inestético de areia." Na Praia da Calamidade.
Contudo, isto não ficou assim: o molhe norte do porto comercial da Figueira da Foz cresceu mais 400 metros e tornou-se numa "ratoeira" para os pescadores.
Mas, isso que interessa? O importante são os records do porto comercial, os números, sempre os números... 
A ganância ainda vai acabar por dar cabo disto tudo.
Entretanto,  a esmagadora maioria dos figueirenses continua com o futuro adiado na Figueira. 
A Figueira, ainda não é «Nós». A Figueira, continua a ser «Eles».