segunda-feira, 5 de junho de 2006
FALA® BARATO
“Para o poder absolutista o que importa é a salvação pública, não a opinião ...”.
Praticar, hoje, a liberdade de pensar, escrever, opinar – numa palavra, exercer o direito à cidadania, devia ser um acto normal num País que, desde o 25 de Abril de 1974, deixou de estar formalmente mudo e amordaçado.
Mas, como sabemos, ainda não é assim...
É claro – e, ao escrever isto, também é para sossegar certas almas que já estavam a ficar inquietas e nervosas - que um escriba, nunca pode ter grandes objectivos nem ambições.
A sociedade não muda, por se escrever este ou aquele texto, por se abordar este ou aquele tema, por se levantar esta ou aquela questão.
A função do escriba é simples: levantar os problemas.
E um dado adquirido, porém, que nesta era “informática”, com o boom das novas tecnologias, muita coisa mudou radicalmente.
Os jovens de hoje são diferentes dos da minha geração.
Quem é que lê agora o Eça, o Camilo, o Pessoa, o Lobo Antunes, o Saramago?
Estou a referir-me a ler as centenas de páginas dum livro.
Hoje, a Wikipedia tem o digeste de cada um deles ...
Só que o saber, não é algo adquirido, por ser preexistente...
Só porque alguém estudou os clássicos, os organizou e colocou acessíveis num DVD, isso não quer dizer que esse seja o caminho para a construção daquilo que nos torna, a cada um de nós, um ser único.
Quer dizer, detentores de um bem único e intransmissível: a nossa cultura pessoal.
É que, a fruição, o gozo, encontra-se no percurso a percorrer até à descoberta.
Muitas vezes, o local de chegada é, apenas, o novo ponto de partida para novas descobertas.
O conhecimento, o saber, a cultura, é uma construção que dá trabalho.
A liberdade individual também passa por aí.
Como defendia já em 1820, o “Patriarca da Liberdade”, o figueirense Manuel Fernandes Tomás, “a liberdade de comunicação é um dos mais preciosos direitos do homem”.
Tem de ser bem usado, portanto.
Por todos.
Também pelos mais jovens.
A juventude é importante para o futuro do país, duma cidade, duma freguesia duma terra.
Mas qual juventude?
A que sabe, a que pensa, a que é activa e crítica.
Ou aquela que é excelente pesquisadora do Google, isto é, que se limita a ser esponja absorvedora e acrítica do conhecimento pré estruturado.
E aqui é que bate o ponto: falar é importante.
Mas FALA® BARATO será! ...
Isso, só está ao alcance de Mestres.
Como o “fala barato” do Zé Vilhena.
Mas, esse é doutra cepa: a dos que mantém toda a vida a “gaiola aberta”.
domingo, 4 de junho de 2006
Assembleia de Freguesia de S. Pedro vai reunir sexta-feira
Convocada pelo Presidente, Domingos São Marcos Laureano, vai reunir em Sessão Ordinária, no próximo dia 9 de Junho, pelas 21 horas e 30 minutos, no edifício sede da Junta, a Assembleia de Freguesia de S. Pedro.
A Ordem de Trabalhos é a seguinte:
ANTES DA ORDEM DO DIA
Leitura da Acta da sessão anterior
Informações de carácter geral
ORDEM DO DIA
Informação do Executivo
Proposta de alteração do Regulamento do Mercado de S. Pedro
Toponímia
O que se passa com a Praia do Cabedelo?
Domingo, 4 de Junho, cerca das 11 da manhã, é este o aspecto da Praia da Cova.
Limpa e muito frequentada, a demonstrar que houve, de quem de direito, preocupação com a abertura da época balnear.
A foto de Pedro Cruz, fala por si.
Domingo, 4 de Junho, cerca das 10 horas e 45 minutos, o cenário da Praia do Cabedelo era este.
Suja e pouco frequentada, a demonstrar que, quem de direito, não se preocupou com a abertura da época balnear.
A foto de Pedro Cruz, também aqui fala por si.
Afinal, o que se passa com a Praia do Cabedelo?
sábado, 3 de junho de 2006
Vida de cão é para continuar ! ...
Ser cão, já não é fácil! ...
Ser cão vadio, é mais difícil ainda.
E, cães vadios, é o que não falta na Freguesia de S. Pedro.
Na Cova, na Gala, no Cabedelo e na Morraceira, são inúmeros os canídeos vagabundos..
È uma praga, dirão uns. É um perigo, dirão outros. É uma calamidade, dirão outros mais extremistas.
Será, talvez, uma fatalidade ...
Vida de cão é vida de cão.
Mas, ao menos por um dia, não seria possível atenuar as agruras do quotidiano do cão?
Não estou a brincar. A ideia existe e foi apresentada na Assembleia da República.
O PSD foi o autor do projecto de resolução, que visa instituir um dia nacional do cão.
Estão admirados?! ...
Os deputados, na sua grande maioria, pelos vistos admiraram-se também! ...
Até na própria bancada proponente, a laranja, houve estranheza.
Hugo Velosa, deputado madeirense do PSD, dá a cara pela indignação: “como deputado nunca daria prioridade a um projecto desse tipo. Há matérias muito mais importantes, como a situação da nossa economia e das finanças públicas, da administração pública...”
Por muito respeito que tenha por quem tenha assinado o projecto (para além de Marques Guedes, líder parlamentar do PSD, estão também as assinaturas do vice-líder parlamentar Montalvão Machado, Ana Manso, Arménio Santos, entre outros), Hugo Velosa não consegue compreender a urgência.
Por sua vez, João Rebelo do CDS/PP considera o projecto laranja “totalmente disparatado”, pois do seu ponto de vista, “os dias são para temas mais humanos, como os pais ou as mães”...
Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, que é membro da Sociedade Protectora dos Animais, tal como João Rebelo, diz “que os dias nacionais, são simbolismos, vazios de conteúdo”.
No PS, o tema foi motivo de riso contido.
O deputado Mota Andrade assumiu mesmo: “mais do que o dia do cão , estamos interessados em criar medidas que protejam os animais de companhia e de estimação”.
Quais, é que não explicou! ... Mas adiante, pois isso é o prato do dia ...
Surpreendido com a iniciativa do PSD, ficou também Agostinho Lopes, do PCP, mas preferiu guardar mais comentários, para “depois de conhecer o projecto”.
Coitados dos cães. Muito palavreado, mas acções concretas, nicles! ...
Pelos vistos, não vai haver dia do cão.
Certo, certo, é continuar a vida de cão.
Ser Homem – e pelos vistos, ser cão - não é fácil.
Haverá reacções?
Do Homem será o previsível: resignação expectante! Passivo à superfície, mas atento e crítico no fundo.
sexta-feira, 2 de junho de 2006
Que fazer com este batel?
Foto: Pedro Cruz
Esta é a pergunta que devem estar a fazer, a si próprias, as Instituições Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca, as entidades que há cerca de 5 anos atrás constituíram a parceria Sal do Mondego.
A réplica do batel, o “Sal do Mondego”, construído para fazer viagens turísticas pela antiga rota do sal do nosso rio, continua sem licença e imobilizado no portinho da Gala, depois de ter estado amarrado anos frente a Vila Verde.
Neste momento, a esperança para tentar salvar este projecto, onde já estão gastos cerca de trinta e seis mil euros, parece estar a esvair-se.
Na última reunião, os parceiros decidiram entregar o Barco à Câmara Municipal.
Isto, claro, “se ela estiver interessada”.
Tal fica a dever-se, no essencial, segundo Maria Caeiro Simão, presidente da Junta de Freguesia de Alqueidão e “madrinha do batel, “aos custos de manutenção do barco" e, também, "ao difícil processo de legalização junto da Capitania do Porto”.
Segundo a mesma autarca, em declarações que prestou ao semanário Correio da Figueira, outro motivo que levou a esta decisão, foi o facto de já “não haver a união, o elo que parecia haver no início”.
Como perguntámos há uns dias atrás, neste mesmo Outra Margem, será que vai deixar-se apodrecer, ingloriamente, na lama de um qualquer esteiro do nosso rio, 36 e seis mil euros e a derradeira possibilidade de ver sulcar nas águas do Mondego o último exemplar do “barco do sal”?
Será que teremos de recorrer às fotografias antigas para poder ter a emoção de ver um batel?
quinta-feira, 1 de junho de 2006
Liberdade
Dia Mundial da Criança
... A criança,
Toda a criança.
Seja de que raça for,
Seja negra, branca,
vermelha, amarela,
Seja rapariga ou rapaz.
Fale que língua falar,
Acredite no que acreditar,
Pense o que pensar,
Tenha nascido seja onde for,
Ela tem direito...
..A ser para o homem
A Razão primeira da sua luta.
(excerto de um poema de Matilde Rosa Araújo)
Foi necessária, tanta, tanta, tanta madeira! ...
Muita madeira foi necessária para ligar a Cova ao Cabedelo! ...
Muita madeira, muito trabalho e muito esforço.
E, presumo, muita habilidade e persuasão para negociar a execução da obra.
Foi uma cartada de génio.
Foram gastas toneladas e toneladas de madeira.
Tanta, tanta, tanta madeira, que deve ter sido tarefa difícil e complicada a sua quantificação.
Mas a obra – ou melhor, as obras, dado que houve uma primeira e uma segunda -, ficou vistosa.
E, sejamos justos, continua útil.
Tanta, tanta, tanta madeira se gastou e ninguém arranjou lenha para se queimar! ...
Foi de mestre.
Concretização soberba, esta.
Na claridade do dia, ou no escuro da noite, dá gosto passear pelas passadeiras da praia.
Que madeira tão preciosa, esta, a das passadeiras de S. Pedro.
Ajudou a dar uma nova panorâmica à Terra.
Fácil de ver, aliás: basta aventurar-se circular, aproveitando a tanta, tanta, tanta madeira gasta nas passadeiras da praia, pelo escuro da noite.
De preferência, virado a norte, com a Figueira no horizonte.
quarta-feira, 31 de maio de 2006
Vem aí a nova Ponte dos Arcos
Se as coisas correrem como estão planeadas (o que no nosso País não é habitual), teremos os engarrafamentos de trânsito terminados na Ponte dos Arcos, lá para os primeiros meses de 2008.
É que a obra da nova ponte, depois de um processo atribulado, já foi consignada.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, em declarações prestadas ao Diário de Coimbra, informou que a nova Ponte da Gala «já foi consignada», no passado dia 29 de Maio, manifestando-se por isso «satisfeito», mas não deixando de lamentar que este “caso” tenha «mais de 4 anos. Num país normal a ponte já estava feita, e esta é a diferença de Portugal», salientou Duarte Silva.
E o edil recorda, que assim que tomou posse no primeiro mandato (2001), pediu a um amigo que fez o ante-projecto «sem qualquer encargo», depois seria só dar andamento.
No entanto, o autarca tem uma esperança, que esperamos veja concretizada: ser ele próprio a inaugurar a obra.
Ainda segundo o mesmo jornal, em notícia assinada pela jornalista Bela Coutinho, o presidente da Junta de S. Pedro, demonstrando possuir uma visão larga e abrangente, considera que com esta consignação, «voltei a ter esperança e a acreditar que é possível fazermos um país diferente e contrariar todos os analistas que vão afirmando que, em 2050, seremos o último da Europa dos 20».
Carlos Simão, tece elogios a José Sócrates, que «tem tido coragem e está a trabalhar para que tal não aconteça», sublinhando que todos devem contribuir «para que o nosso país seja um local onde tenhamos o prazer de viver».
Mais: o autarca de S. Pedro enaltece, ainda, o «esforço do presidente da Câmara» e de todos os que «puseram acima dos interesses pessoais e do partido os interesses do concelho».
E prossegue: «com este problema a caminho de ser resolvido, apelo para que se resolva a questão das obras terrestres do Portinho da Gala que tinha verbas previstas inscritas em PIDACC, estando o projecto concluído e pronto para ir para concurso do IPTM em Lisboa». A obra deverá arrancar brevemente, tem um prazo de 20 meses e nas imediações da actual estrutura, incluirá duas vias (no sentido sul/norte) e outra para quem sai da Gala, de forma a não precisar de utilizar a rotunda.
Quanto à Ponte dos Arcos, a nova será feita sem influir no fluxo de trânsito, já que contempla a construção de duas vias de cada lado da actual, e quando estas estiverem construídas, a “velhinha ponte” será desmantelada, unindo-se as duas alas, pelo que, a nova via ficará com quatro faixas de rodagem.
Estuário do Mondego faz parte da Convenção de Ramsar
O Governo propôs no ano passado e foi aceite: o estuário do Mondego, é uma das 5 novas zonas húmidas a integrar a Convenção de Ramsar.
1518 hectares do estuário do Mondego, alguns dos quais situados na Freguesia de S. Pedro, passaram a fazer parte da lista Ramsar.
Que implicações é que isto tem?
Desde logo, o estuário do Mondego ganhou visibilidade.
Integrar a lista Ramsar, leva o Governo a assumir internacionalmente que vai manter aqueles espaços. É, digamos assim, o primeiro passo para a protecção, no caso de se tratar de uma zona húmida ainda sem qualquer protecção. Se, porventura, já pertencer a áreas classificadas, é um compromisso para a sua monitorização e, se for caso disso, recuperação.
O estuário do Mondego é uma das zonas húmidas que dão agora os primeiros passos para uma protecção.
Localizado numa região densamente povoada, o estuário enfrenta pressões urbanas e a ameaça da actividade humana em seu redor.
Mesmo assim, neste momento, a zona do estuário do nosso rio é ainda um local privilegiado, devido ao seu valor ecológico.
Uma das razões de orgulho do estuário é a colónia estável de pernilongos, de que as fotos do João Pita dão testemunho evidente, que Ricardo Lopes da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, admite poder chegar aos 300 casais.
As zonas húmidas são dos mais importantes ecossistemas do nosso planeta, sendo, igualmente, dos mais sensíveis e dos mais ameaçados.
Constituem ecossistemas de transição entre ao ambientes aquáticos e terrestres, encontrando-se entre os mais produtivos do mundo e com uma série de funções , que passam pelo controle de inundações, manutenção de lençóis freáticos, estabilização da linha de costa, retenção de sedimentos e nutrientes e purificação da água, mitigação das alterações climatéricas.
A juntar a tudo isto, zonas como o Estuário do Mondego – de que faz parte a Morraceira -, são um reservatório de biodiversidade e locais de elevados valores culturais.
segunda-feira, 29 de maio de 2006
Vamos ser claros ...
Os responsáveis do Outra Margem, assumiram, desde o primeiro minuto, as suas responsabilidades.
Demos a cara.
Quando criámos este espaço tínhamos objectivos.
Nomeadamente, pensar, discutir, questionar, algo que amamos: a nossa Terra.
Entretanto, as coisas dimensionaram-se e ultrapassaram as perspectivas iniciais.
Os textos e fotografias dos responsáveis pelo Blog, pensamos nós, têm obedecido a critérios e a valores perfeitamente definidos e objectivos.
É claro que criámos expectativas.
Que assuntos iriam ser tratados? Como os iríamos tratar? Em que perspectiva?
Sejamos claros:
1. A nossa razão de existir é a defesa dos interesses da Freguesia de S. Pedro.
2. Somos regionalistas. Nesse sentido, estamos aqui para defender o nosso torrão natal.
3. Ninguém melhor do que nós, os habitantes de S. Pedro, para defender a nossa Freguesia.
Porém, sabemos que os interesses da nossa Terra, têm de ser articulados com o todo concelhio, distrital e nacional. Isto é, a solução para os problemas que nos afectam, passa também pela solução de problemas mais abrangentes.
Para defender os interesse da nossa comunidade, tínhamos à partida uma tarefa exigente: teríamos de sensibilizar uma opinião pública local adormecida e domesticada.
Conseguimos que sectores da população, até aqui amorfos e acomodados, com opiniões, por vezes divergentes, viessem a público dizer da sua justiça.
Mostrámos que as pessoas sabem ouvir e também sabem falar.
E as pessoas, no geral, souberam distinguir o essencial do acessório.
Não somos um espaço para doutores, embora os doutores também tenham aqui espaço.
A nossa forma de comunicar tem sido simples: dizer coisas que interessam às pessoas.
É claro que não somos neutros.
Imagens
A fotografia é reflexão.
Ganha vida na acção.
Acaba por emergir para a meditação.
Estas fotos, foram obtidas na Praia do Cabedelo, domingo, 28 de Maio de 2006 - um dia de calor abrasador, último fim de semana de um final de mês anormalmente quente.
Milhares de pessoas demandaram ao Cabedelo, sequiosas de uma praia tranquila e de águas seguras para as crianças.
Ao fim da tarde, ainda havia sol e águas calmas...
Mas a areia! ...
Este, foi o cenário, com que se depararam os veraneantes que escolheram o areal situado entre o norte do molhe sul e a margem esquerda do Mondego! ...
Alguns ficaram. Mas muitos procuraram outras paragens ...
Se uma fotografia vale mais que mil palavras, estas imagens valem quantas?! ...
domingo, 28 de maio de 2006
S. Pedro: 22 anos de freguesia, três presidentes ...
Opinião
De 1985, até aos dias de hoje, a Freguesia de S. Pedro conheceu três Presidentes.
A saber: de 1985 a 1989, Domingos São Marcos Laureano; de 1990 a 1994, José dos Santos Dias Vidal; de então para cá, Carlos Manuel de Azevedo Simão.
Sem querer particularizar, isto dá que pensar, pois casos de pessoas que se eternizam no poder no Portugal democrático, não são tão raros como isso.
Alberto João Jardim, o chefe da Madeira, é o caso mais mediático.
Mas, há mais, muito mais! ...
Isto coloca uma questão real e concreta: a dificuldade que alguns políticos têm em gerir bem o abandono do poder em democracia.
Nisso, as ditaduras são mais claras e transparentes.
Os chamados insubstituíveis, só saíam da cadeira do poder para o cemitério...
No Portugal democrático, as coisas não são bem assim.
Mas as resistências são muitas ...Não é fácil!...
Muitos resistem ao afastamento do poder, com argumentos patrioteiros: o País, ou a Terra, precisa deles, e eles estão disponíveis e dispostos ao sacrifício pessoal e familiar.
Sejamos claros. Face à situação, que se vive um pouco por todo o País, só há um caminho a seguir, nesta nossa democracia: a generalização da limitação temporal do exercício dos mandatos de todos os políticos.
O povo, abomina a soberba.
A menos que esse pecado mortal se confunda com autoridade.
Mas, para continuar a confundir o povo, é necessário não perder as estribeiras.
Para evitar males maiores, o melhor, mesmo, portanto, é a limitação de mandatos.
Mais do que homens grandiosos, um País, uma Terra, um povo e uma democracia, necessitam de leis justas e de uma tradição de respeito pelos outros.
A democracia é o governo dos homens normais.
Dispensa heróis e iluminados, antes serve a todos.
Nada como estarmos protegidos de quem nos quer fazer tanto bem! ...
Balanço a meio do mandato no G. D. Cova-Gala
Com metade do mandato de 2 anos cumprido, a Direcção do Grupo Desportivo Cova-Gala prestou contas aos sócios, no decorrer da Assembleia Geral que se realizou no passado dia 27 de Maio, nas instalações do Complexo Desportivo do Cabedelo.
A realidade do Clube foi exposta com clareza pelo Presidente da Direcção.
Futebol Senior – esta direcção candidatou-se para evitar a extinção da equipa senior.
O objectivo foi atingido, pois a equipa, que participou no campeonato distrital da 1ª. Divisão, esteve na luta pelos lugares cimeiros até à última jornada.
Futebol de Formação – foram constituídas 2 equipas, que participaram nos distritais de escolas e infantis.
Estas formações tiveram comportamento altamente meritório nas provas em que participaram. Ainda no dia em que decorreu a Assembleia, os infantis foram à Adémia disputar a última jornada da fase final e venceram por 6-3.
Investimentos/Obras (infra-estruturas e equipamentos) - no decorrer deste primeiro ano de mandato o campo de jogos sofreu alguns melhoramentos: construção de novos bancos de suplentes, pintura exterior e interior dos balneários, conservação e pintura das balizas, remodelação da lavandaria e dos sanitários dos balneários, limpeza geral do campo. Foram também adquiridas novas máquinas de lavar e secar roupa, aquisição de redes para as balizas, etc.
Sócios e Quotização – na época que passou, esta foi a maior conquista do Clube: angariou 117 novos sócios. A verba conseguida com a quotização ascendeu a 5 324 €. O que foi notável.
Análise Financeira e Contabilística – neste momento, não existem dívidas por saldar a fornecedores.
As contas apresentam saldo positivo. A realidade financeira, só não é mais satisfatória, porque em 23 do corrente mês teve de ser liquidada uma dívida referente à Contribuição Autárquica, no valor 4 062,34 €.
Com este pagamento ao fisco, a situação contributiva do Clube ficou completamente resolvida.
Agradecimentos – a terminar, o Presidente da Direcção agradeceu a algumas entidades públicas e privadas o apoio que deram ao Clube na época de 2005/2006.
O Relatório e Contas 2005/2006, apresentado a seguir pelo Tesoureiro Miguel Costa, foi aprovado por unanimidade.
Na continuação dos trabalhos, foi apresentado, posto à discussão e aprovado por unanimidade um projecto de alteração dos estatutos.
A terminar a reunião, foram abordados alguns assuntos de interesse para a Colectividade.
Nomeadamente, foi lamentado por Miguel Costa, que “o trabalho que está a ser realizado no Grupo Desportivo Cova-Gala, não foi devidamente apoiado a nível financeiro pela Junta de Freguesia.”
Outra questão pertinente, e que perdura já há alguns anos, é o estado do piso do campo de jogos: parece uma autêntica pedreira.
Domingo de praia ...
As previsões apontam para céu limpo, temperaturas altas e algum vento para a tarde – em geral fraco.
Vai ser certamente um grande dia de praia, este último domingo de Maio.
É aproveitar e ir até ao extenso areal de S. Pedro, que vai do Cabedelo ao Orbitur.
Protejam-se da torreira do sol e dêem uns bons mergulhos.
Cuidem-se. Olhem que o sol pode transtornar.
Apesar de ser um dia sol e estarmos na praia num dia de lazer, continuamos em Portugal.
Um País maravilhoso, onde dá gosto viver: tem o défice domado, a corrupção destruída a descrença colectiva é uma miragem! ...
Mau.
- Querem ver que já apanhei sol a mais! ...
sábado, 27 de maio de 2006
Ficção
Fé ...
“Ao colo da mãe, uma criança de meses quase sufoca, tanto é o calor que sobre ambas derrama o sol a pino.
A mulher arrasta-se penosamente.
Os pés e as pernas estão envoltos em trapos brancos, que a poeira da estrada escureceu.
Prometera – diz ela – se o filho se salvasse, levá-lo a Fátima numa romagem a pé.
À passagem na Gala, já com 2 dias e 2 noites de jornada, tinham cumprido um terço da promessa.
Ainda não há notícia se a criança sobreviveu.”
Qualquer semelhança, entre esta estória e a selecção sub-21, que joga amanhã contra a Alemanha, é pura coincidência.