Revelado num papel secundário na série "Duarte & C.ª", em 1987, foi porém como protagonista da série policial "Claxon", da RTP, estreada em 1991, que se tornou conhecido do grande público.
Os sábados, pelos idos de 1991, tiveram 13 noites de Claxon. Crime, mistério, sexo, muita acção, violência e um sem número de alusões à nona arte da nossa juventude, esta fantástica série foi gravada em 35mm com pós produção cinematográfica, provavelmente a pensar no grande ecrã, quando se ficou por 13 fantásticos episódios televisionados.
António Cordeiro protagonizou o anti-heroi Claxon, um detective desorganizado que se movimentava nas sombras da noite e nos meandros do submundo do crime na cidade corrupta.
Claxon foi uma série fora do que de melhor produziu a ficção nacional.
António Cordeiro trabalhou também no teatro e no cinema, nomeadamente nos filmes de João Mário Grilo, "O Processo do Rei" (1990), e "Os Olhos da Ásia" (1996).
Mais recentemente fez "Índice Médio de Felicidade"(2017), de Joaquim Leitão, e "Um Gato, Um Chinês e o Meu Pai" (2019), de Paco R. Baños.
A telenovela "Espelho d`Água", da SIC (2017/18), está entre os seus últimos trabalhos.
O actor lutava, desde 2017, contra a progressão da Paralisia Supranuclear Progressiva, uma doença rara e degenerativa, que aos poucos lhe tirava a qualidade de vida.
Fisicamente António Cordeiro deixou-nos ontem. Até sempre, Claxon.
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