Foto de António Agostinho |
Passa a vida,
mês após mês, com enorme fluidez.
Em Janeiro muda o ano.
Mas é mais um engano: nada muda...
Na realidade,
nada muda:
esta é a verdade.
Nem o som,
nem as cores.
Permanecem as dores,
nada muda.
Mudar de lugar?
Mudo,
não mudo?
Perante a mudança,
mudo?
Nessa mudança,
muda o lugar e muda a vida
vivida?
Tudo muda?
Mudo?
Para quê mudar?
Para ficar mudo?
Não tenho tato.
Continuo um gato.
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