Sonho realizável
"Adoro cidades e vilas com vias pedonais aprazíveis.
Vão existindo várias de norte a sul, e estas artérias sempre se distinguem pelo movimento de pessoas que aqui e ali param para uma conversa e elo ambiente cosmopolita de cafés e esplanadas que atraem visitantes. Por outro lado, são normalmente vivas do ponto de vista comercial.
É este quadro que desde há muito sonho para a Rua da República: a sua transformação em via pedonal buliçosa, promovendo uma maior interação entre os transeuntes e o convite a compras, fora das claustrofóbicas e impessoais superfícies de maior dimensão. Ao longo do aproximado meio km da rua, muitas têm sido as lojas a encerrar, mantendo-se alguns resistentes, teimando em apresentar produtos de qualidade, resistindo apesar da pressão das demasiadas superfícies que “assolam”a cidade.
A artéria sempre se afirmou pelo seu comércio, já quando se chamava R. das Lamas ou R. do Casal das Lamas ou quando adoptou o nome de R. do Príncipe Real, talvez pela proximidade do belíssimo teatro Príncipe D. Carlos, de tão curta e infausta história! Ganhou o actual topónimo em 1910 e por ela desfilaram republicanos de boa cepa, com destaque para a pequena Cristina Torres, à data com dez anos.
Sim, defendo a rua como pedonal, até pela existência de duas artérias paralelas, a Fernandes Tomás e a Saraiva de Carvalho, sufi cientes para o escoamento do trânsito que entra na cidade. E imagino um incremento do comércio nesta via estruturante, histórica, com a implantação de pequenos quiosques, bares e as imprescindíveis esplanadas, acauteladas do vento que por ali volteia!
Sei que os comerciantes deverão ser consultados sobre a matéria e que poderão existir vozes discordantes. Mas bem alertados para o sucesso deste tipo de ruas noutros locais do País, poderão ficar convencidos.
Obviamente caberá à Câmara Municipal um papel vital no processo e aproveito para aplaudir as iniciativas promovidas recentemente na Rua República. Fez alguma falta o tráfego?
Não se mobilizaram as pessoas para usufruírem da “novidade”?
A velhinha República só terá a ganhar com uma alteração profunda do seu paradigma, sendo o seu repovoamento outra questão a reflectir."
Via Diário as Beiras
"Adoro cidades e vilas com vias pedonais aprazíveis.
Vão existindo várias de norte a sul, e estas artérias sempre se distinguem pelo movimento de pessoas que aqui e ali param para uma conversa e elo ambiente cosmopolita de cafés e esplanadas que atraem visitantes. Por outro lado, são normalmente vivas do ponto de vista comercial.
É este quadro que desde há muito sonho para a Rua da República: a sua transformação em via pedonal buliçosa, promovendo uma maior interação entre os transeuntes e o convite a compras, fora das claustrofóbicas e impessoais superfícies de maior dimensão. Ao longo do aproximado meio km da rua, muitas têm sido as lojas a encerrar, mantendo-se alguns resistentes, teimando em apresentar produtos de qualidade, resistindo apesar da pressão das demasiadas superfícies que “assolam”a cidade.
A artéria sempre se afirmou pelo seu comércio, já quando se chamava R. das Lamas ou R. do Casal das Lamas ou quando adoptou o nome de R. do Príncipe Real, talvez pela proximidade do belíssimo teatro Príncipe D. Carlos, de tão curta e infausta história! Ganhou o actual topónimo em 1910 e por ela desfilaram republicanos de boa cepa, com destaque para a pequena Cristina Torres, à data com dez anos.
Sim, defendo a rua como pedonal, até pela existência de duas artérias paralelas, a Fernandes Tomás e a Saraiva de Carvalho, sufi cientes para o escoamento do trânsito que entra na cidade. E imagino um incremento do comércio nesta via estruturante, histórica, com a implantação de pequenos quiosques, bares e as imprescindíveis esplanadas, acauteladas do vento que por ali volteia!
Sei que os comerciantes deverão ser consultados sobre a matéria e que poderão existir vozes discordantes. Mas bem alertados para o sucesso deste tipo de ruas noutros locais do País, poderão ficar convencidos.
Obviamente caberá à Câmara Municipal um papel vital no processo e aproveito para aplaudir as iniciativas promovidas recentemente na Rua República. Fez alguma falta o tráfego?
Não se mobilizaram as pessoas para usufruírem da “novidade”?
A velhinha República só terá a ganhar com uma alteração profunda do seu paradigma, sendo o seu repovoamento outra questão a reflectir."
Via Diário as Beiras
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