segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O racismo não está só presente no futebol português: o "desporto-rei" deu-lhe apenas mais visibilidade...

Já gostei muito de futebol. Houve tempo em que ia todos os fins de semana ao futebol. Joguei, fui dirigente, fiz reportagem do jogo para jornais e rádios.
Porém, nunca fui fanático. Sou mesmo sportinguista, na verdadeira acepção da palavra.

Nos últimos 10 anos fui-me desligando do mundo futebolístico. Perdi interesse pelo jogo, que deixou de ser um espectáculo que me divertia, para passar a ser um negócio tomado de assalto por mafiosos e interesses vários. Fui perdendo o gosto pelo jogo e, hoje, já nem consigo concentração nem estofo para conseguir ver na televisão uma partida completa.

A actuação das direcções dos clubes, a violência gratuita e o comportamento pueril e frívolo das claques, a meu ver, inúteis, a presença maciça nas televisões de comentadores clubistícos no pós jogo, que nada acrescentam ao entendimento do desporto, generosamente avençados, a deficiente qualidade (não sei se propositada ou por falta de qualidade...) das arbitragens, o que contribuiu para a falta de verdade e competitividade do nosso futebol, levaram-me à apatia e ao desinteresse em relação ao chamado "desporto-rei".

A escalada não é de ontem: já tem anos. Ontem, a chegada do racismo ao futebol português, foi mais um episódio, grave, porco e ignóbil.

Cada vez me sinto mais distante do futebol. 
Mas, atenção: em Portugal, país considerado de brandos costumes, o racismo não existe apenas no futebol - basta andar na rua para ver a realidade. Ou ir ao facebook...

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