António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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LIVRO de ELOGIOS
Não sei se o Hospital Distrital da Figueira da Foz tem Livro de Elogios, mas este testemunho do Sr Jorge Tocha Coelho merecia estar lá escrito.
E aproveito a oportunidade para dar mais um testemunho real, “ao vivo e a cores”, da forma como os serviços do Hospital Distrital da Figueira da Foz salvaram a vida do meu filho mais velho, faz agora seis anos.
Um grupo de amigos joga playsation e um deles decide abrir uma embalagem de amendoins. O meu filho comeu dois, repito dois, amendoins mas o suficiente para provocar uma infeliz e muito grave situação de alergia. De tal forma grave que lhe provocou em choque anafilático (basta consultar um qualquer sitio de medicina para perceber a gravidade da situação). Um dos amigos chamou de imediato o 112 (Bombeiros Voluntários) que o conduziram ao Hospital.
E já neste espaço teve a sorte, a felicidade e o eterno agradecimento de ter sido atendido (serviço de urgências) pela Srª Drª Cristina Brandão. Ao constatar a gravidade da situação, e muito bem secundada pelos enfermeiros Joaquim e Gina, deu as devidas indicações e iniciou o tratamento (de choque) para recuperar, restabelecer e reequilibrar o organismo do meu filho. Ficou internado durante 24 horas e recuperou.
Seguiu-se uma longa e exaustiva pesquisa das causas, já em Coimbra (Dr Carlos Loureiro - Centro Hospitalar Universitário de Coimbra/Imunoalergologia), a "construção" de uma vacina apropriada e a prevenção e cuidados que terá que ter para toda a vida.
Este relato é feito pelos pais que, na hora, assistiram e acompanharam o estado do seu filho e o trabalho da equipa. Não falo por interposta pessoa. Por tudo isto, os nomes aqui citados são um Elogio e um Louvor.
Hoje, o meu filho está bem, “salta e pula”, trabalha e vive no estrangeiro, abandonou “a zona de conforto”, e não faz planos de regressar.
Mas, ao ler o texto do Sr Jorge Coelho, eu regresso a um acontecimento que teve um final feliz graças aos excelentes profissionais que acompanharam e salvaram o meu filho.
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