"Nova crise política, nova viagem à Madeira. Num tempo em que a direita insiste em tradições e convenções, o Presidente da República mantém o estilo do seu mandato: a agenda não muda, mesmo que o país esteja mergulhado numa crise política. Cavaco Silva deixa assim um sinal de que não tem pressa em dar posse a um novo executivo."
Tenham calma: a viagem não vai ser feita num barco a remos, talvez o meio de transporte mais lento que existe...
Vão ser, apenas, mais dois dias de profunda reflexão sobre o futuro do país para o Presidente da República.
A gente faz que acredita: Cavaco Silva ainda não deve ter, neste momento, fechada uma decisão...
E até já ouviu Arménio Carlos, da CGTP e Carlos Silva, da UGT...
O que é que a gente há-de fazer?
Rir-se... Eu tenho rido muito...
Encolher os ombros e ir para a praia?
Que pena começar a não estar no tempo dela...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
2 comentários:
Depois da consulta às empresas de família, falta-lhe consultar, mais uma vez, as cagarras...
E a Confraria do Azeite!
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