terça-feira, 19 de agosto de 2014

"O sistema" figueirense...

Quem acompanhou a política figueirense nos últimos 30 anos, sabe que grande parte da ficção e da teatralidade a que chegámos na vida politica indígena, foi baseada numa hierarquia da deslealdade.
No decorrer destes anos todos, no interior dos partidos figueirenses houve sempre um esforço de acomodação da discordância, claro, enquanto não era possível passar para o capítulo seguinte – o domínio da traição.
Para isso acontecer, recorda quem tem memória, além de deserções e facadas nas costas, houve mesmo momentos de alta tensão com troca de insultos e mudanças de partido.
Apesar do triste espectáculo, dado em momentos mais quentes por alguns protagonistas famosos por cá, do que mais gostei de ter assistido foi ao espalhafato – deu para ver que, apesar de tudo, quando estão em causa lugares e mordomias, mesmo na Figueira, o âmbito de aplicação do dever de obediência é bastante restrito na política.
Por cá, como vimos ainda recentemente e vamos ver num futuro relativamente próximo, tudo continua como dantes: para a divergência poder passar a traição,  tem que se fazer tudo o que for possível para diminuir as hipóteses dos outros chegarem ou de se manterem no poder...

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