“Antes de o Bloco o "inventar", Rui Tavares tinha
escrito o "pequeno livro" do terramoto de 1755. A coisa foi um
"sucesso" e Tavares andou de capela em capela para promover a sua
obra com a inevitável ajuda do comadrio do "meio". Tanto à esquerda
como à direita, o livrinho foi incensado e Tavares passou a existir oficialmente
O Bloco enfiou-o, presumivelmente pelo incontestável "prestígio"
intelectual da criatura, como independente na sua lista para as europeias de
2009. Em princípio não seria eleito mas os resultados colocaram-no em
Estrasburgo e à solta. Percebeu-se depois - o Bloco percebeu - que Tavares,
afinal, não vestia outra camisola a não ser a sua. Já tinham decorrido pelo
menos quatro anos desde que o homem havia adquirido o estatuto de subtil, lavrado
publicamente graças à sua alegada "originalidade", e nada o impedia
de o exibir lá fora contra a sua "barriga de aluguer" política. O
país, evidentemente, ignora que Tavares sente encarnar a figura de mais um dos
intermináveis salvadores da pátria a partir do lado esquerdino da mesma. Mas, à
cautela, Tavares formou um partido com quinze (15) porta-vozes porventura para
obrigar a pátria a reparar nele. Isto foi o suficiente para suscitar um tumulto
irrelevante na pequena tribo das esquerdas que vagueia entre o bicéfalo Bloco,
o dr. Louçã e os dissidentes fashion destes três que, tal qual Tavares,
imaginam que Portugal não se safa sem o seu pernóstico "contributo".
Com esta feira de pequenas vaidades urbano-depressivas, estas almas perdidas todas
juntas apenas ajudam à "respeitabilidade" institucional do PC
enquanto esperam por uma entrada ordeira e oportuna no PS que, vai para 40
anos, se habituou a recolher tresmalhados deste jaez. Um pequeno terramoto para
nada.”
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