O grande problema chama-se PSD, um depósito de gente
moralmente atrasada que confunde estratégia com motivação. Há naquele partido,
como de resto na boa parte do país que o inchou, a convicção parola de que “se
fizermos muita força”, “vamos conseguir”. Os equilíbrios complexos de que
depende o futuro de Portugal são assim enfrentados como se o mal do país fosse
uma prisão de ventre.
“Se fizermos muita força”, vamos “trabalhar mais”. “Se
fizerem muita força”, os meninos “vencerão o facilitismo” e educar-se-ão
sozinhos. Se os desempregados “fizerem muita força” irão encontrar “lá fora” o
posto que “merecem”. “Se fizermos muita força” esqueceremos as canalhices do
Relvas, a imbecilidade quase tocante do primeiro-ministro, os assessores de
vinte e dois anos da “jota” pagos a quatro mil euros por cabeça, os sonsos que
são contratados para vigiar e comentar na blogosfera tipos como eu, os
impropérios das cilinhas da “caridade” e os redondismos dos doutores do Porto
que pregam a “contenção” enquanto “apoiam” o Luís Filipe Menezes.
Se fizermos “muita força” pagaremos mais impostos com
alacridade para que um bando de filhos da puta nos aponte o dedo no final do
dia e “denuncie” os nossos hábitos de consumo, o nosso sarcasmo, as nossas
viagens e os pequenos prazeres que ainda nos restam para tentarmos esquecer que
esses filhos da puta existem.
Sim, façam força. Porque nunca uma gosma tão refinadamente
nojenta, uma merda tão difícil de extrair mandou em Portugal.
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