Aí está o Álvaro, de novo em grande. O ministro da Economia e do Emprego - não se riam - foi dar uma volta pela Europa e percebeu que a média do valor dos despedimentos é ainda inferior ao da última revisão do código laboral, por isso está já a pensar em baixar isto ainda um bocadinho mais.
Com efeito, a nova ordem é esta: A flexibilidade. Dizem que é uma necessidade, que as coisas mudaram, que o mundo agora é assim, que as pessoas já não podem ter empregos para a vida.
Durante muito tempo concordei com isto. Hoje, no banho, descobri que não.
Quando é que os países, as suas economias, cresceram? Quando é que o mundo se desenvolveu e as pessoas passaram a viver melhor? Foi com leis laborais flexíveis ou boas garantias para os trabalhadores?
Sem dúvida, foi quando os trabalhadores estavam bem protegidos por leis amigas do trabalho e não do capital.
A experiência das economias emergentes, com leis laborais historicamente flexíveis - se é que têm leis laborais - é outra: Empresários muito ricos, muitos milionários, uma enorme riqueza, mas um povo pobre e uma classe trabalhadora completamente explorada.
Esse é o caminho que leva agora a Europa. Desvalorizar o trabalho em nome do capital e do rendimento, com a desculpa de que o futuro é isso mesmo. Que futuro? E de quem?
Via Lóbi do Chá
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